Montmartre é bem ao norte de Paris. É uma área onde na sua parte mais elevada, foi construída a Basílica de Sacré – Coueur. Basílica do Sagrado Coração (de Jesus). Os visitantes que finalmente chegam lá, é porque já caminharam desde o Metro Abbesses, passando por praças e confluências de ruas estreitas, cuja atmosfera é um desafio a que dela possa ser feita uma descrição tão exata, que a ela não venhamos faltar com a justiça. Digamos que de lá não tive mais vontade de sair! E eu havia apenas acabado de deixar o Metro, e apenas despontara em Montmartre. Qualquer um sentiria estar em um lugar muito especial e procuraria valorizar os instantes ali, como os de um momento inesquecível pela sua rara beleza, enriquecida pelas presenças arredor. Pessoas vivendo um merecido domingo, dia para se alegrarem – assim era o que a mim pareceu! Músicos ao clarinete e pianola, tocavam com muito gosto no meio da praça, clássicos populares franceses. Alguns eram da “Belle Époque”. Quem à uma proximidade respeitosa deles os escutava, maravilhava-se aplaudindo-os ao final de cada execução. Havia também na praça um belíssimo carrossel e sobre as crianças, elas “criançavam” a valer, bem próximas dos seus limites extremos. Mas terminamos prosseguindo, para logo perceber que aquela atmosfera está presente em todo caminho na direção do Sacré-Coueur. Não mais que a uns 100 metros dali, há um “Funicular” que nos evita subir os incontáveis degraus, que nos separa das alturas onde se encontra a altíssima Basílica do Sacré-Coueur, cujo campanário tem a altura de 80 m.
Não é uma construção antiga. A idéia de construí-la é posterior ao desastroso resultado para a França, da guerra Franco-Prússia de 1870. Católicos franceses comprometeram-se em levantar fundos para construí-la no topo da colina de Montmartre. A sua construção, no estilo neo-romano-bizantino, foi iniciada em 1876. A sua construção foi concluída em 1914 e, a sua consagração ocorreu em 1919. Na realidade aquele “Funicular” nos transporta do profano ao sagrado. Lá em cima, é claro que fora do Sacré-Coueur, ainda é Montmartre e há degraus em abundância. Pessoas ainda aglomeram-se sentadas, e há artistas populares exibindo-se bem alí. Homenagens de guitarristas ao Jimmie Hendrix, de um vocalista ao Elvis Presley, e até uma banda se exibindo ao som de “Satisfation” dos Rollig Stones. Montmartre é um lugar dito de contrastes, também por esse aspecto. Ao cruzarmos a porta da Igreja, naturalmente que depois de subirmos muitos outros degraus, aconteceu que estava sendo iniciada uma missa. Os 60 minutos seguintes, esses sim, foram indescritíveis, porque o sagrado a gente não sai contando! A grandiosidade do interior da Basílica. A reverência dos que estavam lá pelo ato religioso. O coral angelical composto só pelas freiras afinadas. A escolha das peças que foram executadas pelo organista em um órgão de som magistral. Os acordes finais? Foram gravíssimos! Pense nisso! Ao final, o celebrante e dois auxiliares, um deles com um turíbulo do qual exalava incenso, vieram em minha direção. Foi aí que fui acordado, para vê-los passar. Tive uma ligeira sensação de “Tô que tô, onde é que tô”. Mas num instante retomei a minha participação inicial. Aquela antes de adormecer. E gostaria de dizer que achei muito bom, gostei de verdade. Desculpem a irreverência, que pode haver no que vou revelar: já assisti missas horríveis! Mas, faz dez anos que assisti também, meio que sem nem saber, vindo a descobrir somente do meio para o final, uma missa celebrada na imensidão da Basílica de São Pedro, pelo Papa João Paulo II (a propósito, dessa vez fui a Roma e não vi o Papa). Vocês querem saber uma coisa? A missa que hoje assistimos tem a minha preferência. Digo mais, não importa a sua orientação espiritual ou religiosa, ou até mesmo que você seja ateu. Estar ali e deixar-se envolver pelo lado sacro da atmosfera de Montmartre, o faria provávelmente voltar no próximo domingo. É isso que fiquei desejando fazer! E dessa vez, ficarei acordado até o fim. Até a hora do cheirinho de incenso.
Não é uma construção antiga. A idéia de construí-la é posterior ao desastroso resultado para a França, da guerra Franco-Prússia de 1870. Católicos franceses comprometeram-se em levantar fundos para construí-la no topo da colina de Montmartre. A sua construção, no estilo neo-romano-bizantino, foi iniciada em 1876. A sua construção foi concluída em 1914 e, a sua consagração ocorreu em 1919. Na realidade aquele “Funicular” nos transporta do profano ao sagrado. Lá em cima, é claro que fora do Sacré-Coueur, ainda é Montmartre e há degraus em abundância. Pessoas ainda aglomeram-se sentadas, e há artistas populares exibindo-se bem alí. Homenagens de guitarristas ao Jimmie Hendrix, de um vocalista ao Elvis Presley, e até uma banda se exibindo ao som de “Satisfation” dos Rollig Stones. Montmartre é um lugar dito de contrastes, também por esse aspecto. Ao cruzarmos a porta da Igreja, naturalmente que depois de subirmos muitos outros degraus, aconteceu que estava sendo iniciada uma missa. Os 60 minutos seguintes, esses sim, foram indescritíveis, porque o sagrado a gente não sai contando! A grandiosidade do interior da Basílica. A reverência dos que estavam lá pelo ato religioso. O coral angelical composto só pelas freiras afinadas. A escolha das peças que foram executadas pelo organista em um órgão de som magistral. Os acordes finais? Foram gravíssimos! Pense nisso! Ao final, o celebrante e dois auxiliares, um deles com um turíbulo do qual exalava incenso, vieram em minha direção. Foi aí que fui acordado, para vê-los passar. Tive uma ligeira sensação de “Tô que tô, onde é que tô”. Mas num instante retomei a minha participação inicial. Aquela antes de adormecer. E gostaria de dizer que achei muito bom, gostei de verdade. Desculpem a irreverência, que pode haver no que vou revelar: já assisti missas horríveis! Mas, faz dez anos que assisti também, meio que sem nem saber, vindo a descobrir somente do meio para o final, uma missa celebrada na imensidão da Basílica de São Pedro, pelo Papa João Paulo II (a propósito, dessa vez fui a Roma e não vi o Papa). Vocês querem saber uma coisa? A missa que hoje assistimos tem a minha preferência. Digo mais, não importa a sua orientação espiritual ou religiosa, ou até mesmo que você seja ateu. Estar ali e deixar-se envolver pelo lado sacro da atmosfera de Montmartre, o faria provávelmente voltar no próximo domingo. É isso que fiquei desejando fazer! E dessa vez, ficarei acordado até o fim. Até a hora do cheirinho de incenso.
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