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sábado, 15 de janeiro de 2011

O Que São Fotos?

Susan Sontag, filósofa, escritora e crítica de arte, nasceu e viveu em New York. Também foi lá que morreu na flor da idade, em 2004, quando tinha apenas 71 anos.

Obsecada pela fotografia, viveu sua última relação homo-afetiva com a fotógrafa também americana Annie Leibovitz, e escreveu o clássico "Sobre fotografia", que resultou dos seus seis ensaios sobre o assunto.

Publicado em 1977, seus editores têm razão ao comentarem que "cada página do livro levanta questões interessantíssimas e fundamentais sobre o tema, e o faz da melhor maneira possível".

Minha leitura de "Sobre fotografia" ocorre quando mais uma vez volto o meu interesse para as fotos, e passo a me ocupar um pouco mais da sua prática tranquilizante.

Não me escapam da apreciação as belas fotografias que atualmente são ainda mais abundantes. 

A mim tem interessado vê-las e não apenas olhá-las. Ao estilo de quem não apenas ouve, mas realmente escuta.

Os olhos de hoje parecem ainda mais insaciáveis, e os instrumentos para apreender as experiências e compartilhá-las são cada vez mais amplamente disponíveis.

Para não me afogar de vez nesse mar de imagens que hoje nos alcança principalmente pelos meios digitais, reservei um espaço virtual para que, em especial, eu possa ali guardar e admirar as belas fotos de autoria de amigos.

Ao colecioná-las, agora percebo que de certa forma estou colecionando o mundo. E que o resultado mais extraordinário da atividade fotográfica é, mesmo, como disse S.S., "a sensação de que podemos reter o mundo inteiro na nossa cabeça".

Diz S.S. que "A necessidade de confirmar a realidade e de realçar a experiência por meio de fotos é um consumismo estético em que todos hoje, estão viciados".

No olhar daquela que tanto pensou sobre o que são as fotos, persiste assim a idéia segundo a qual a humanidade, de certo modo, continua na caverna de Platão ao regozijar-se em ver a realidade do mesmo jeito que seus ancestrais: através das imagens.





Foto de Chö Zang (Serginho)
Café próximo à Praça Sergel
(Sergels Torg)
Estocolmo a -21 Graus Centígrados.
21 de dezzembro de 2010.



Foto de Chö Zang.
Der Park



Foto de Chö Zang.
Stockholm Mobil.



Foto de Chö Zang
Winter - Estocolmo.



Foto de Augusto Pereira.
Gangotri (Himalaya)



Não resisti a deixar
 desse jeito!


A foto de cima é de Augusto, 
e mostra o Taj Mahal refletido no espelho d'agua.

A foto de baixo, é de Kleber Mendonça Filho (Klebinho).
Em Lençóis Maranhenses.
(Nela está, mostrando o vento, a sua direção e a hora do dia, 
Emilie!)



E, para concluir, de uma breve antologia de citações sobre fotografia ao final do livro, destaquei as seguintes:

"Desejei reter toda a beleza que surgia à minha frente e por fim o desejo foi satisfeito."  (Julia Margaret Cameron)

"A maioria de minhas fotos é compassiva, bondosa e pessoal. Elas tendem a deixar o espectador ver por si mesmo. Tendem a não fazer pregações. E tendem a não fazer pose de arte." (Bruce Davidson)

"A vida em si não é a realidade. Somos nós que pomos vida em pedras e seixos." (Frederick Sommer)

"Estou sempre fotografando tudo mentalmente, como um exercício." (Minor White) 

"A câmera é meu instrumento. Através dela dou uma razão a tudo o que me rodeia." (André Kertész)

"Fotografo para descobrir como algo ficará quando fotografado." (Garry Winogrand)

"Agora se pode fotografar tudo." (Robert Frank)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Acreditar é Preciso.



O famoso economista americano John Kenneth Galbraith, recomendou certa vez ao jornalista que o entrevistava, 
que ele nada perguntasse sobre economia aos economistas em geral. 


Na sua opinião todos tem patrão. 
Assim, 
as suas opiniões haveriam de coincidir com a dos seus empregadores. 


Intrigado, 
o entrevistador perguntou: 
- E a quem eu devo perguntar? 


Ao que o JKG respondeu de imediato: 
Pergunte a mim!

John Kenneth Galbraith, que era de fato um pensador independente, 
infelizmente morreu em 2006. 
Precisaríamos então, 
para descobrir através dele as reais perspectivas econômicas mundiais, 
e em especial as do Brasil,  
recorrer ao espiritismo. 

Enquanto JKG não baixa, 
nos resta em busca da sensatez, 
recorrer as abundantes fontes de informações, 
atualmente disponíveis.

Teremos por um extremo, 
opiniões reticentes, 
plenas de ponderações pessimistas, 
considerações amargas, 
e quando inevitávelmente positivas, 
acompanhadas de condições a serem atendidas pelo governo. 


Pertencem a essa linha os que preferiram antever em 2009, 
que a crise mundial iria "haitizar" o Brasil.

O contraponto a essa visão, 
convenhamos, 
foi a expressa pelos economistas do governo, 
e naturalmente, 
pelo próprio ex-presidente Lula. 
O presidente que encontrou o antônimo para Tsunami: 
marolinha.

Se pudéssemos indagar ao John Keneth Galbraith:
-  Na sua ausência a quem mais devemos perguntar? 


Uma boa resposta que ele poderia nos dar, seria:
- Pergunte a quem tem acertado mais ao longo dos últimos anos.


Seguindo o conselho, obteríamos a seguinte resposta:
Não importam os eventuais ajustes que o novo governo necessite fazer.
O curso atual do país, não comporta retrocessos.


As conquistas ao longo do governo Lula, tornaram-se irreversiveis,
por mais que precisem ser continuadas e ampliadas.


O que aconteceu por aqui, 
ao longo do período de 2003 a 2010, 
foi verdadeiramente extraordinário.
Tão extraordinário que tornou-se inegável.


Dia 03 de janeiro de 2011.
O ex-presidente Lula acordou cedo,
pegou sua vara de pescar, 
e saiu em seu carro,
 sem seguranças.
Foi pescar com a consciência do dever cumprido,
e sentindo-se mais do que reconhecido por quase 90% dos brasileiros.


Em seu governo, às vezes tão gratuitamente criticado,
e outras vezes nem tanto,
a transferência de renda no Brasil ocorreu às maiores taxas do que em qualquer outro país.


O mercado interno alcançou níveis semelhantes ao dos Estados Unidos da America nos anos 70.


A classe C movimentou R$ 380 bilhões de reais, o que é mais do que movimentaram as classes A e B.


A pobreza caiu de 22% da população para 7%.


O estado de pernambuco cresceu e cresce, a taxas chinesas.


Parte desses dados, foram publicados no New York Times, 
em reportagem de Tina Rosenberg, 
que recebeu o respeitado prêmio Pulitzer, 
por um livro sobre "Os fantasmas que rondam a Europa depois do comunismo."


A outra parte sou eu mesmo quem diz, 
mas todos sabemos,
que são dados incontestáveis.


Esses dados entretanto, 
jamais chegariam aos leitores através da 
Veja, Globo, e Folha de São Paulo.


A propósito, 
os resultados obtidos não são episódicos, 
mas expressam sim, uma tendência.


No plano internacional, 
a Europa e os Estados Unidos tiveram, 
na opinião do economista Delfim Neto, 
que combater os endividamentos tanto públicos como privados. 


A solução tem sido emitir moeda e baixar os juros. 
Nos Estados Unidos a economia levará 10 anos para se recuperar.
 Isso significa que enquanto isso, não deverá haver uma redução da emissão de dólares nem forte elevação dos juros.
 E esses são os motivos que garantem  grandes investimentos no Brasil e a continuação de um real forte.


Ao receber o país do governo anterior, 
o chamado risco-país, 
medido pelo banco J.P.Morgan, era de 1436 pontos.
Equivalente a países como o Paquistão e Burundi.
O risco país atual do Brasil é 174 pontos. 


O aumento das reservas internacionais, que em 2002 eram de U$ 37,8 bilhões, passaram para quase U$ 285 bilhões.


O dólar, caiu de R$ 3,94 para menos de U$ 1,70.


A relação dívida/PIB, que era de 60,6% em 2002, passou a 40,1% em 2010.


A taxa de juros reais (além da inflação) desceu sete pontos percentuais.


O crédito, 
considerado pelos economistas como de fundamental importância para o crescimento, 
aumentou em 20 pontos percentuais e ficou perto de 50% do PIB.


Em 2010, o crescimento do PIB alcançou 8%!


Em 2016, é viável que o país se torne a quinta economia do mundo, à frente de países como Inglaterra, França, Itália, Espanha, Canadá....


Portanto, para conquistar 87% de aprovação ao final de 8 anos de governo, é preciso sim, ter conseguido tornar o país verdadeiramente melhor.


Os avanços na área econômica, aconteceram ao mesmo tempo que os avanços na área social.


Há muito por ser feito!


Porém, Roma não se fez em um dia.
Mas houve um dia, em que Roma começou a ser feita.
Em relação ao Brasil,
o ponto de partida coube acontecer sob a liderança de quem menos se esperava, 
e ainda, 
para alguns, 
sob a liderança de quem menos se desejava.


As pessoas de bom senso que ainda duvidavam, 
terminaram por se render a essa realidade. 
Sem dúvida que ao fazê-lo, 
deram uma demonstração de inteligência.


Em seu discurso de posse, 
Dilma Roussef afirmou que o Brasil poderá vir a ser o melhor país do mundo para se viver.
Temos o potencial para isso.
E está se generalizando como nunca antes aconteceu, 
a crença de que isso é de fato possível.


Apesar de que nem sempre os frios índices que apontam para um grande desenvolvimento econômico 
signifiquem transferência de renda, 
e portanto benefícios sociais; 
no Brasil atual, 
uma das  características do governo Lula, 
foi a mobilidade social. 
Ele próprio tornou-se um símbolo dessa realidade.


Apesar dos graves problemas que esperam por solução principalmente nas áreas da saúde, educação, segurança pública e infra-estrutura, o momento atual é de confiança nos resultados que teremos a médio prazo.


Para mim, 
Lula cumpriu um papel extraordinário, 
quando além do mais, 
resgatou a auto-estima de uma parte considerável dos brasileiros. A começar pelos 40 milhões que saíram da pobreza.


Estamos sim, 
mais próximo de dias melhores para todos, 
o que só nos pode deixar felizes.


O que está acontecendo por aqui é inacreditável,
mas convenhamos, é verdade!


Recorramos então a Sigmund Freud, 
"o pai da psicanálise",
para conseguir entender porque continuam infelizes, 
os que não conseguem enxergar essa realidade.

Não tenho dúvida que em um amanhã muito próximo, 
será um novo dia.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Encerrando Ciclos.

Father Time Overcome by Love, Hope and Beauty .
Simon Vouet (1590 - 1649).

O Autor do texto é desconhecido. 
Ele foi transcrito com modificações, 
pelo escritor Paulo Coelho.

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.


Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.


Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu….
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.


Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.


Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor a fazer é deixar que elas realmente possam ir embora…
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração… e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.


Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.


Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!


Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa – nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.


Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Esqueça quem você era, e passe a ser quem é.
FELIZ 2011!

O Sexto Sentido.

Uma Volta ao Mundo, Dançando!