Apenas mais um Blog.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Desejo a TODOS...



Chegou o final de mais um ano.

O que posso de melhor desejar a vocês, além de saúde, para o ano que se inicia?

Escolhi  desejar talvez o inusitado.

 Algo que as pessoas não costumam desejar umas as outras.

Mas sabe de uma coisa, acho que deveriam!

Talvez o meu pai tenha chegado muito perto, quando olhava para mim, e recomendava "Juízo".

O que desejo a vocês, é  algo que também procuro.

Trata-se de uma virtude de valor inestimável.

Desejo-lhes, e também a mim, sabedoria!

Porque desejar sabedoria é mais do que desejar a felicidade.

Afinal, com sabedoria, a busca da felicidade se faz pelos meios verdadeiros. Nunca pelos meios falsos ou enganosos.

... e a conquista da felicidade faz-se pelo "viver melhor".

Viver melhor = sabedoria.

Por isso a sabedoria é reconhecida, pela felicidade. 
Felicidade apesar das vicissitudes da vida.

Tenham pois muito sucesso nas suas buscas por mais sabedoria.

E que assim possamos todos viver cada vez melhor.

A você um grande e alegre abraço festivo!

J. Jucá Jr.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Recado para o Stanley.




Stanley Michalsky de New  Hampshire, U.S.A., concluiu a última série de abdominais, e finalmente deixou de lado a cadeira romana onde se exercitara.

Os 90 minutos que passara na academia de ginástica, haviam sido precedidos de uma hora de natação na piscina do clube ao lado da casa onde mora.

Foi incrível a regularidade com que ele malhou todo este ano, pois  quanto mais Stanley sofreu decepções e tristezas, mais ele se exercitou!

Quão musculoso o Stanley termina o ano de 2010!


Caro Stanley, parabéns!

Você também cuidou  das conexões maiores com a vida. 

Por isso que no conjunto da obra prossegues bem.

Achei típico da tua parte, 
que terminastes o ano agradecendo  aos que puderam compartilhar contigo das experiências destes 
últimos dois anos.

Sei que foi para ti, 
que nem um trem fantasma: 
um susto a cada esquina.

Mas entre gritos de pavor e gargalhadas soltas, 
sobreviveste!

Dessa vez até parece que alcançastes mesmo a iluminação! 
Não deixe contudo que isso te acomode.

Vá em frente e deixe que a tua mente te ilumine.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Procrastinação.

Reunião anónima dos procrastinadores adiada!) chaveiros
Procrastinadores Anônimos Encontro Adiado!


Adiar o que precisa ser feito, é inerente a condição humana. Por isso somos todos em maior ou menor grau, procrastinadores. Costumamos procrastinar das coisas menores às maiores. E sabemos que algumas procrastinações podem ser fatais.

O assunto tem sido objeto da atenção de pesquisadores, que a princípio tem perguntado: o que é mesmo a procrastinação?

Dizem os especialistas, que alguns dicionários definem a procrastinação como um "adiamento". Assim, o The Free Dictionary afirma ser "vagareza como consequência de não tratar de resolver algo" ("slowness as a consequence of not getting around to it"). 


Essa é contudo uma definição contestável, e os estudiosos da questão alegam que ela põe a postergação ao lado de conceitos semelhantes, relativos a programações e priorizações.

Se alguém adia uma viagem à Indonésia devido a uma previsão de tsunami, não devemos entender isso como uma procrastinação!

Portanto a procrastinação talvez signifique algo mais.

Diz Timothy Py Chyl, um pesquisador da questão: "Toda procrastinação é atraso, mas nem todo atraso é procrastinação".

Diz-se que a procrastinação é um tipo muito especial de adiamento, de natureza irracional.

O dicionário citado como o que melhor descreve essa característica, é o Oxford English Dictionary (ODE):
"O senso de adiar quando o preferível seria não fazê-lo".

O próprio Samuel Johnson, autor do primeiro e mais importante dicionário de Inglês, depois de ter definido o termo como adiamento, o reformulou: 


"uma das fraquezas gerais, a qual, apesar das recomendações dos moralistas e das admoestações da razão, permanece em uma maior ou menor extensão em cada mente".

Mas, poderia a procrastinação ser uma coisa boa?

Imagine alguém que procrastinou o quanto pode aquele projeto, que finalmente foi cancelado.

- Sim! A procrastinação pode ser uma coisa boa! Mas só se por acaso.

Entretanto, se você colocou o projeto de lado decididamente, por achar que não era uma boa idéia, não foi uma procrastinação!

E finalmente, Piers Steel, autor do artigo "The true meaning of procrastination" diz que costuma-se usar incorretamente a palavra procrastinação, para descrever adiamentos úteis, pois não procrastinamos, se estamos sendo prudentes. Ele ilustra a afirmação, com um comentário, de descrição bastante técnica.

"Se a alguém é dada a tarefa de descongelar nitroglicerina, é preciso que seja alertado para que o terá de fazer a um velocidade adequada, pois se feito mais rápido que o devido, haverá o risco de uma explosão. Nesse caso, partes do  corpo humano ali presente, seriam aceleradas em diferentes direções e a velocidades associadas a dos satélites em órbita."

Nessas condições, estaria certo dizer que alguém está procrastinando o seu trabalho?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eis o Que Nos Acontece!


"Eis o que nos acontece em música: primeiro é preciso aprender a ouvir de alguma maneira um tema, um motivo, é preciso percebê-lo, distingui-lo, isolá-lo e limitá-lo em uma vida própria. Depois é preciso algum esfôrço e boa vontade para suportá-lo malgrado sua estranheza, ser paciente com seu aspecto e expressão, e benevolente com sua esquisitice. Chega enfim um momento em que nos acostumamos a ele, esperamos por ele, sentimos que nos faria falta se não aparecesse; e agora ele continua a nos compelir e encantar inexoravelmente até que nos tenhamos tornado seus humildes e enlevados amantes que do mundo nada desejam de melhor que ele e ele somente.
Mas isso não nos acontece apenas com música. É assim também que aprendemos a amar todas as coisas que amamos agora. (...) Até aqueles que amam a si mesmos o terão aprendido por essa via; não há outra. O amor, também, tem de ser aprendido."

Friedrich Nietzsche, A gaia ciência

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Apenas Um dos Males Humanos!



Raramente a irracionalidade de um preconceito é mostrada assim, sem nenhum pudor.

Os preconceituosos ao contrário, preferem em "condições normais de temperatura e pressão", esconder essa triste realidade. Até os Sociopatas, distinguem o bem do mal, e por influências culturais ou medo de punição, são capazes de conterem-se.

São necessárias condições muito especiais para que rompam-se as defesas, quebrem-se as barreiras que impedem essa feiúra de aparecer, para que só então ela possa finalmente brotar sem vergonha.

Certamente o episódio serve para constatar que quanto maior o preconceito, menor a inteligência.

Afinal, os votos da região Norte e Nordeste não foram necessários para eleger Dilma, que ganhou com diferença superior aos dois milhões de votos, nas regiões Sul, Sudoeste e Centro-Oeste.

Também o clima emocional pode ter embotado o senso geográfico dos bipedes contrariados da net, ao esquecer que Rio de Janeiro e Minas Gerais, não são estados nordestinos. 

Como disse Friedrich Nietsche:

"É frequente que as maledicências a nosso respeito não se dirigem de fato a nós, mas sejam a expressão de uma contrariedade, um mau humor de causas bem diversas." 

Eu acredito nisso!


Acredito também que os equivocados são uma  minoria não representativa dos brasileiros do Sul.


... e acredito também, que isso passa!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Já Que Não Somos "Idiótes".




Os filósofos Mário Sérgio Cortella e Renato Janine Ribeiro, transformaram um interessante diálogo entre os dois, em um livro de título bastante sugestivo: "POLÍTICA Para Não Ser Idiota".

Eles começam por resgatar o verdadeiro significado da palavra grega idiótes, usada para significar aquele que é voltado apenas para sí, despreocupado com os outros e, ainda se acha muito esperto, por causa disso!

Eles consideram o fato de que vivemos hoje o paradoxo, de serem considerados idiótes, os que se interessam pela política! 

Entretanto, os verdadeiros idiótes são os que não ligam para que os outros escolham em seu lugar, aqueles que vão nos governar. Tudo porque assim preferem, a ter que desenvolver o seu interesse por questões públicas, qualquer que seja o âmbito.

Eximir-se de participar, indisposição para ouvir as mais diversas opiniões sobre os mais variados assuntos, despreocupação em desemvolver idéias próprias bem fundamentadas, e não externar com propriedade as suas idéias, são  aspectos que  caracterizam as pessoas idiótes.

A idéia básica é a de que não vivemos em Domus (casas) e sim em con-domínios, e a política deve ser vista como convivência coletiva, e portanto de interesse comum.

Vejo a ausência permanente de pessoas nas reuniões de seus condomínios residenciais, como o indicativo de um desinteresse de abrangência maior, evidenciado pela omissão nos períodos eleitorais.


Esquecem-se de que quem não gosta de política é governado pelos que gostam. Além de que como já diziam os antigos: "Os ausentes, nunca tem razão".


Para concluir, nós que "brincamos" mais esse carnaval político, por isso vivemos hoje a sua "quarta feira de cinzas". Como não somos idiótes, destaquei para que relembrássemos, alguns pontos  que comentaristas políticos  consideraram relevantes, no elogiado discurso de ontem da nossa presidente:



Minhas amigas e meus amigos de todo o Brasil,

É imensa a minha alegria de estar aqui.

(...) A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!

(...) Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa.

(...) Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à própria sorte.
A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida.
Minha convicção de assumir a meta de erradicar a miséria vem, não de uma certeza teórica, mas da experiência viva do nosso governo, no qual uma imensa mobilidade social se realizou, tornando hoje possível um sonho que sempre pareceu impossível.

(...) Trataremos os recursos provenientes de nossas riquezas sempre com pensamento de longo prazo. Por isso trabalharei no Congresso pela aprovação do Fundo Social do Pré-Sal. Por meio dele queremos realizar muitos de nossos objetivos sociais.

(...) Definitivamente, não alienaremos nossas riquezas para deixar ao povo só migalhas.

(...) A visão moderna do desenvolvimento econômico é aquela que valoriza o trabalhador e sua família, o cidadão e sua comunidade, oferecendo acesso a educação e saúde de qualidade.

(...) Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio.
A partir de minha posse serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.
Nosso país precisa ainda melhorar a conduta e a qualidade da política. Quero empenhar-me, junto com todos os partidos, numa reforma política que eleve os valores republicanos, avançando em nossa jovem democracia.


Agradeço a imprensa brasileira e estrangeira que aqui atua e cada um de seus profissionais pela cobertura do processo eleitoral.
Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento.
Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras. As criticas do jornalismo livre ajudam ao pais e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório.
Agradeço muito especialmente ao presidente Lula. Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda. Conviver durante todos estes anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu pais e por sua gente. A alegria que sinto pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida.
Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós.
Baterei muito a sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta.
Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade. A tarefa de sucedê-lo é difícil e desafiadora. Mas saberei honrar seu legado.
União pela educação, união pelo desenvolvimento, união pelo país. Junto comigo foram eleitos novos governadores, deputados, senadores. Ao parabenizá-los, convido a todos, independente de cor partidária, para uma ação determinada pelo futuro de nosso país.
Sempre com a convicção de que a Nação Brasileira será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ela.
Muito obrigada,

Obs: 


1.O discurso está transcrito na íntegra, no blog o Tijolaço, de Brizola Neto: http://www2.tijolaco.com/


2. Para conhecer o resultado das apurações em qualquer dos mais de 5000 municípios brasileiros, clique sobre o título acima (Já Que Não Somos "Idiótes").

sábado, 30 de outubro de 2010

E Agora, Vamos Todos Votar!



Programa Final do Horário Eleitoral.


Chegamos ao final de mais uma campanha eleitoral para presidente da República.

A necessidade de um segundo turno, reacendeu as esperanças de quem viu de perto a possibilidade maior de perder já no primeiro turno. 


Por outro lado,   pelo menos inicialmente, trouxe uma natural frustração àqueles que estiveram muito perto de ganhar ali as eleições.

Em ambas as etapas, foi confirmado o importante papel da internet, veículo de campanha eleitoral de todos os candidatos. 

Assim como já havia acontecido nos Estados Unidos, a net foi um campo fértil de informações, veiculação de opiniões as mais diversas sobre os candidatos e suas propostas, e até de mobilizações. 


A internet tornou-se uma vez mais, um importante elemento para influenciar o resultado final.

É curioso que assim como ela foi de fundamental importância para o resultado final,  também o foi no primeiro turno, só que em uma direção aparentemente oposta a do segundo. Assim indicam hoje, as pesquisas.

Ficaram muitas lições para ambos os lados. Os adeptos da candidatura do PT, descuidaram-se ao não perceber e não neutralizar a tempo, a onda de ataques de baixíssimo nível, os quais inundaram a rede com mentiras, calúnias e  infâmias.

Por outro lado, a necessidade de um segundo turno, concedeu o tempo necessário para trazer as discussões para o campo da racionalidade. 

Verdades foram repostas, os preconceitos destilados no primeiro turno e as ações fundamentalistas foram discutidas, e as suas motivações foram compreendidas.

Os eleitores que haviam sido confundidos diante de tantas maledicências, puderam finalmente se reposicionar com consciência.

Ao fazerem, como passaram a mostrar todos os Institutos de Pesquisas, e principalmente à medida em que cai o número de indecisos, a vantagem é da candidata Dilma Roussef, à frente com uma margem de 8 a 10 milhões de votos.

Não é verdade que os erros cometidos pelos Institutos de Pesquisa no primeiro turno, comprometam a sua credibilidade para os números agora apresentados. Nenhum Instituto errou ao indicar que Dilma Roussef venceria o primeiro turno.

Somente um fato extraordinário, que certamente ficaria para a história como um exemplo pouco provável de fatalidade, poderá mudar a menos de 15 h para o início da votação, o resultado considerado mais provável.

Diante do imponderável que caracteriza a vida, será sábio manter-se prudente embora confiante, e torcer pelo resultado que desejamos.

Considero que o segundo turno serviu para trazer luz, a muitos fatos que embora documentados e portanto reais, jamais seriam revelados por uma parte predominante da mídia, que mais uma vez aparece como uma extensão do partido do candidato Serra.

Coube a milhares de militantes digitais, através da net, por e-mails, redes sociais, Twitter e inúmeros blogs, divulgá-los. 

Entretanto, considerando a alienação de muitos pela política, a falta de acesso de outros à internet, as posições irredutíveis por motivos irracionais e até as posições conscientes dos que optam pelo jeito já testado do PSDB de governar(?!), existiram dois  aspectos fundamentais que contribuiram para fazer pender a balança.

1. A comparação entre os resultados obtidos pelos 8 anos de governo do PSDB, com igual período do governo do PT. A propósito, uma reportagem da Revista "Isto É", desde ontem na bancas (http://www.istoe.com.br/capa), deveria ser lida e depois guardada, por todos os leitores e eleitores lúcidos, que reconheçam que contra fatos não há argumentos.

2. É uma tremenda força de expressão afirmar, que face a extraordinária popularidade do presidente Lula, ele conseguiria eleger qualquer um que indicasse. Dilma Roussef pode demonstrar a que veio nas diversas oportunidades de enfrentamento com o seu adversário, e conquistou a confiança dos que passaram a conhecê-la melhor. Isso terminou acontecendo, apesar de todos os esforços do seu adversário, de desconstruir a sua imagem.

Por vezes a mim pareceu, que em lugar de entusiasmo pelo candidato Serra, muitos dos seus eleitores sentiam motivação maior em, derrotar Lula.

Quando alguns equivocadamente afirmavam não ver a diferença entre eleger Dilma ou Serra, ressaltavam ainda mais os seus preconceitos, além da incapacidade de enxergar as visões opostas das duas correntes políticas, que põem em jogo  o futuro do nosso pré-sal e da própria Petrobrás. 


É provável que mais uma vez, apesar das dificuldades criadas, o empenho da rede Globo, revista Veja, jornal Folha de São Paulo entre outros, não tenha sido capaz de alterar o resultado natural das urnas.


Sobretudo, vivemos uma perspectiva de campanhas cada vez mais democráticas, a medida que meios mais modernos de comunicação que utilizam a internet, rompem o monopólio da informação tradicional, comprometida com interesses de grandes grupos econômicos, tornando-se  tão poderosos quanto elas.


E finalmente não se pode deixar de considerar, que desta vez, o feitiço virou contra o feiticeiro, em alguns episódios que ficarão marcados na história dessa campanha:


A exploração da questão do aborto pelo candidato  Serra, veio a se contrapor, a descoberta de que a sua mulher Monica Serra, já o havia praticado.


Ao Caso Erenice, sob investigação, se contrapôs o caso Paulo (Preto) Souza, nunca investigado, e por cima de tudo defendido depois de uma tentativa de negativa de sequer conhecê-lo.


E para fechar com chave de ouro, a farsa da bolinha de papel, que além de fazer jus a adjetivação de enganador para candidato, ainda provocou uma crise interna na TV Globo, face a insatisfação dos seus próprios jornalistas com relação a tentativa da emissora de falsificar um vídeo, tornando a emenda pior do que o soneto.


Por último, parece ter ficado a lição de que é ineficaz o apelo à mentira, a sordidez, e a farsa. 


A teoria de evolução de Darwin nos levará ao dia no qual as campanhas serão éticas, para não começarem já derrotadas. 


Melhor usar a inteligência, a criatividade e o humor, do que o contrário.


Tenha pois um bom domingo, 
e que Deus nos livre de Serra!




terça-feira, 26 de outubro de 2010

Você é Indiferente às Privatizações?


A revista Newsweek de 18 de outubro, trás uma importante matéria sobre a privatização da água.

Há vinte anos que só faz aumentar o interesse de grandes grupos econômicos internacionais, na compra de fontes do líquido ainda mais precioso que o petróleo.

Isso acontece, quando se tem em conta que a cada 20 anos duplica o consumo de água na terra, e que considerando a população crescente e a poluição de muitas fontes, o problema só tende a se agravar.

A Organização das Nações Unidas prevê que no ano 2040, a demanda de água tenha superado em 30%, a capacidade de suprimento.

Companhias como a True Alaska Bottling e a S2C Global, tem feito elevados investimentos para a retirada, acondicionamento e transporte a longas distâncias de grandes quantidades "do produto".

A água que em épocas de abundância tem sido dada como tida, afinal é só abrir a torneira e ela flui a preços ainda  razoáveis, tende a tornar-se uma "commoditie", pela qual será preciso pagar um preço nem sempre accessível a todos. 

Os processos envolvidos na aquisição das fontes, os contratos de exploração, o seu acondicionamento em barris e transporte para o destino final, lembram muito a forma como se faz com relação ao óleo.

Também as ressalvas às privatizações em geral, são semelhantes. Os especialistas desconfiam da eficácia do mercado para controlar o equilíbrio entre a demanda e o consumo, e admite que em consequência das privatizações da água o seu preço aumentará.

Aumentará, do mesmo jeito que aumenta o preço da energia elétrica na privatização de empresas do setor, aumenta o petróleo para quem o privatiza, e qualquer outro bem que antes de domínio público, deixa de ser.

A grande novidade em relação a água, é que trata-se de um recurso natural que há mais de 2000 anos é de domínio público.

A tendência é de termos no futuro, um mundo que assim como acontece com o petróleo, estará dividido entre os que tem água, e os que não a tem. As consequências poderão ser igualmente trágicas, e  até acarretar novas guerras.

No caso da água, tem o agravante de não haver um substituto. De acordo com a articulista Jeneen Interlandi da Newsweek, "nem mesmo a Coca-Cola, substitui a água".

Como sabemos, um produto privatizado, e que tem a sua comercialização de acordo com leis do mercado, não é para os que façam o melhor apelo moral para tê-lo, e sim para os que puderem pagar mais por ele.

O Dr James Olson, advogado americano especialista em direitos sobre a água, diz: "Mercados não ligam para o meio ambiente (...) eles não ligam para os direitos humanos. Eles ligam para os lucros."

Diz-se que até recentemente, a privatização da água era um assunto pertinente apenas a America latina, onde na Bolivia, uma multinacional chamada Bechtel, na década de 90, terminou por deixar sem água milhares de Bolivianos que não tinham o dinheiro para pagar.

O problema só foi resolvido com a reestatização.

A reportagem da Newsweek mostra, que hoje, a privatização da água acontece até no Alaska, de onde a água de um lago em Sitka, tem sido transportada para a Índia.

Portanto, é fácil perceber que esse é mais um tipo de privatização, cujos candidatos a presidência do Brasil que dela forem a favor, precisarão negar durante a sua campanha eleitoral. Não se afirma que vai fazer, o que se sabe de antemão que será um malefício para aqueles a quem pretende representar.

O Sexto Sentido.

Uma Volta ao Mundo, Dançando!