Apenas mais um Blog.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Bons Ventos Sopram por Aquí.

Em Pernambuco, começaram os trabalhos de terraplanagem da área onde será construída a refinaria Abreu e Lima. Perguntado sobre se Pernambuco teria mesmo condições de receber um empreendimento desse porte, o consultor empresarial Francisco Cunha em entrevista a TV Universitária, respondeu que sim, e que desde a época de Abreu e Lima. O presidente Hugo Chaves, da Venezuela, teve um papel preponderante para que a refinaria viesse a ser construída em Pernambuco, no porto de Suape. Ele tem uma grande admiração por Simon Bolívar, e por extensão ao Abreu e Lima, pernambucano que lutou ao lado de Bolívar pela independência da Venezuela. Uma conjunção política favorável, com o presidente do Brasil Lula, nascido nesse estado, terminou por possibilitar a realização de um sonho acalentado há muitos anos pelos pernambucanos. As condições para que fosse possível o momento promissor de desenvolvimento atual, já vinham sendo elaboradas desde o governo de Eraldo Gueiros, com o início da construção do porto de Suape. Para que se tenha uma idéia do porte dessa obra, trata-se de um investimento da ordem de 4 bilhões de reais, portanto quatro vezes o valor pelo qual foi vendida a Companhia de Eletricidade de Pernambuco, CELPE, privatizada durante o governo estadual anterior, pelo então governador Jarbas Vasconcellos. O valor do movimento de terras já em andamento, é quatro vezes o realizado para a duplicação da rodovia estadual que liga o Recife à cidade interiorana de Caruaru, segunda maior cidade do estado. Também pode-se dizer que iguala o movimento de terra para a futura duplicação no estado, da BR 101, cuja extensão é de aproximadamente 300 km. A oferta de emprego na etapa inicial de construção da refinaria já é maior do que tem sido a capacidade local de mão de obra para o preenchimento das vagas. Assim, operadores de modernas máquinas de terraplanagem tem sido contratados em outros estados, apesar de que encontra-se em andamento um programa de capacitação de formação de pessoal promovido pelo governo do estado. A refinaria está prevista para começar a operar em 2010. Quando em operação, o Produto Interno Bruto – PIB de Pernambuco, que atualmente é de apenas 2,5% do PIB nacional, passará para algo em torno dos 3,2%. Isso mostra o quanto é pequena a economia de Pernambuco. Porém esse aumento trará uma significativa melhora da economia local, com a esperada duplicação do PIB e da renda familiar, em 15 anos. Antecipando-se à necessidade de evitar um desenvolvimento desigual da economia no estado, assegurando que esse desenvolvimento alcance as regiões no alto sertão de Pernambuco, cresce agora de importância a construção da ferrovia transnordestina. Essa ferrovia terá uma bifurcação na cidade de Salgueiro, de onde dois ramos seguirão um para o Ceará e outro para o porto de Suape. Por enquanto, de acordo com o que disse em entrevista o Consultor de Empresas Francisco Couto, apesar das cobranças da ministra Dilma Russef sobre o seu andamento, parece tratar-se de uma das obras do chamado Plano de Aceleração do Crescimento – PAC, incluída no percentual de 2% da totalidade, que no momento apresentam dificuldades para a sua execução. Entretanto, sabe-se que há 30 km construídos, e que estão em andamento as desapropriações no trecho por onde deverá passar a ferrovia. A ferrovia fará o escoamento da produção agrícola daquela região para o porto de Suape, e terá considerável importância para o pólo “gesseiro” do cariri. Para se ter idéia da importância dos meios de transporte para o escoamento da produção, o gesso ali utilizado é importado da Espanha. O custo do transporte por navios da europa para Pernambuco, é inferior ao que é gasto para o transporte interno do produto acabado, até região sul do Brasil, o qual é feito por caminhões. Também no que se refere ao potencial do estado para a sua inserção no mercado da cana de açúcar a ser destinada á produção de álcool combustível, estão em andamento as providências para a construção do canal de irrigação do alto sertão, que irá até a chapada do Araripe. Região na qual deverá ser desenvolvido o plantio da cana, que será transportada através do ramo Salgueiro – Suape, da ferrovia transnordestina. Desde já e tendo em vista a importância que já se percebe que terá essa ferrovia para o desenvolvimento do estado, torna-se necessária a mobilização da sociedade, através dos seus representantes no congresso nacional, no Senado, e através da mídia, para que seja priorizada a construção do ramo Salgueiro – Suape. As perspectivas de desenvolvimento econômico atuais do estado são consideradas pelos analistas, como as melhores dos últimos cinqüenta anos, comparável apenas ao experimentado durante o governo de Cid Sampaio, na década de 60. É claro que a refinaria não é o único motivo de tudo isso, porque há o estaleiro que produzirá navios petroleiros para a Petrobrás, a instalação do pólo farmacêutico em Goiana (50 km de Recife), a instalação de uma distribuidora da GM que é um embrião de futura montadora....
Preciso ficar por aqui, pois sempre acontece essa minha dificuldade de parar!
Pronto.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Presos: Um Senador e doze Deputados Federais.

Entre os Deputados, dois são do PT.

da Folha Online

O grupo de parlamentares retidos na Antártida por conta do mau tempo não retorna ao Brasil antes de quarta-feira. A informação é do líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), um dos integrantes do grupo. Inicialmente, esperava-se que o grupo pudesse retornar ainda hoje para o Brasil. "O tempo está muito instável. Não dá para sair", afirmou Casagrande à Folha Online.
Casagrande disse que o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que buscaria o grupo não consegue pousar devido à falta de visibilidade. "O nevoeiro é grande. Não dá para enxergar nada."

Arquivo pessoal

Lelo Coimbra e Renato Casagrande, integrantes do grupo retido na Antártida
Segundo Casagrande, a previsão é que a visibilidade melhore somente a partir de quarta-feira. "Essa é uma previsão otimista. Corremos o risco de passar o Carnaval aqui."

Os parlamentares --12 deputados federais e um senador-- saíram do Brasil na terça-feira (22) e deveriam ter retornado na sexta-feira passada (25). As más condições de tempo da região e o cancelamento de vôos são comuns, segundo a FAB.
Os parlamentares foram para a Antártida em uma expedição oficial a convite da Marinha do Brasil para conhecer os trabalhos na Estação Comandante Ferraz, a base brasileira no continente. O grupo chegou ao local na quinta-feira (24), após fazer escala no Rio Grande do Sul (onde receberam roupas especiais) e no Chile (em Punta Arenas), para então desembarcar na base chilena (Presidente Eduardo Frei), de onde a comitiva partiu, de navio, rumo à estação brasileira.
Casagrande e os deputados estão abrigados na base chilena do continente. Outro grupo, com militares e membros do Ministério da Ciência e Tecnologia, está acomodado na estação uruguaia.
Além de Casagrande, fazem parte da comitiva os deputados Ricardo Trípoli (PSDB-SP), Moreira Mendes (PPS-RO), Wellington Coimbra (PMDB-ES), Colbert Martins (PMDB-BA), Edmilson Valentin (PC do B-RJ), Paulo Teixeira (PT-SP), Jorge Maluly (DEM-SP), Maria Helena (PSB-RR), Fábio Ramalho (PV-MG), Luciano Pizzato (DEM-PR), Fernando Chucre (PSDB-SP) e Vinicius Carvalho (PT do B-RJ), que integram a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

domingo, 27 de janeiro de 2008

O Fracasso do Neoliberalismo.

26/01/2008 O fracasso do neoliberalismo,
por Phillip Blond*Em Lancaster- Inglaterra
Parece cada vez mais que no século 21 estamos retornando à economia do século 19, quando a riqueza estava tremendamente concentrada nas mãos de alguns poucos proprietários e especuladores astutos.Nem a direita nem a esquerda parecem ser capazes de criar uma sociedade na qual todos se beneficiem do aumento da prosperidade e da segurança econômica. As alegações da direita de que os mercados livres enriquecerão todos os setores da sociedade são visivelmente falsas, enquanto o tradicional welfare state, ou Estado de bem-estar social, europeu parece penalizar a inovação e a criação de riqueza, condenando desta forma os pobres e os profissionalmente desqualificados à pobreza e ao desemprego institucionalizados. Assim, na nova era da globalização, ambas a ideologias criam o mesmo fenômeno: uma subclasse presa entre a assistência social e os baixos salários, uma classe média pesadamente endividada cada vez mais sujeita a inseguranças no que se refere ao trabalho e às pensões e uma nova classe de super-ricos que se esquivam de todas às regras relativas aos impostos e à comunidade.Foi no Reino Unido que o neoliberalismo emergiu pela primeira vez na sua forma decisiva. Defrontando-se com a militância sindical e a aparente falência do welfare state, o Partido Conservador, sob o controle de Margaret Thatcher, foi eleito em 1979. Nos Estados Unidos, Ronald Reagan assumiu a Casa Branca em 1981, e desde então os dois países anglo-saxões passaram a buscar e defender a liberalização do mercado. Atualmente, esta filosofia se estende até a China comunista, que, embora despreze a liberdade política, prega fervorosamente a liberalização econômica. Neste ano até mesmo os franceses reconheceram a supremacia do mercado livre, elegendo um presidente que denunciou persistentemente os custos do welfare gaulês, e elogiou as vantagens econômicas do modelo anglo-saxão.Mas os benefícios da liberalização do mercado dependem de quem você é, de onde você está e da quantidade de dinheiro ou de bens iniciais que você possui. Em termos de desenvolvimento econômico, o fundamentalismo do mercado livre tem sido um desastre. As soluções de mercado livre aplicada na Rússia durante os anos Yeltsin só causaram o empobrecimento maciço, a criação de uma classe oligárquica tremendamente rica e a ascensão de um governo autoritário.De forma similar, os índices de crescimento na América Latina e na África, que costumavam ser maiores do que os das outras nações em desenvolvimento, caíram mais de 60% depois que os países dessas regiões abraçaram o neoliberalismo patrocinado pelo Fundo Monetário Internacional na década de 1980. Atualmente essas economias encontram-se praticamente paralisadas. No nível do trabalhador individual, a história é similar. Os aumentos salariais reais nos 13 principais países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico estão abaixo da taxa de inflação desde aproximadamente 1970.Assim, já faz 30 anos que os assalariados - e não os proprietários de bens de capital - enfrentam uma persistente pressão negativa sobre o seu padrão de vida. Não foi nenhuma surpresa descobrir que a era dourada do trabalhador assalariado, expressa como uma fatia percentual do produto interno bruto, ocorreu entre 1945 e 1973, e não na época da liberalização econômica.Ninguém questiona que o comércio aumenta a prosperidade, e que a liberalização de crédito e serviços financeiros permite que grupos até então excluídos suplementem os seus salários comprando ações ou casas e, desta forma, participando da economia de bens de capital.Mas a verdadeira história do sucesso do neoliberalismo não é a disseminação dos bens para todos, mas sim a enorme e desproporcional parcela de prosperidade obtida pelos muito ricos. Nos Estados Unidos, entre 1979 e 2004, o grupo formado pelos 1% mais ricos da população experimentou uma elevação de 78% da sua fatia da renda nacional, enquanto 80% da população amargou uma redução média da sua parcela de renda da ordem de 15%. Isto representa uma transferência de riqueza da grande maioria para uma minúscula minoria de cerca de US$ 664 bilhões.A esquerda tradicional entrou em pânico face à hegemonia neoliberal e falou na década de 1980 sobre redistribuição, maiores impostos e restrições às transferências de capital. Mas, fora da Escandinávia, eles estavam assoviando ao vento: as tradicionais economias reguladas pelo Estado pareciam amarradas ao desemprego elevado e ao crescimento reduzido.Um novo caminho para a esquerda foi fornecido pelo país que primeiro experimentou a nova direita: o Reino Unido. Ao final da década de 1990, o Reino Unido estava exausto do Thatcherismo; os seus serviços públicos não funcionavam bem e o país estava social e economicamente fragmentado. Assim, em 1997 o Novo Trabalhismo foi eleito.Sob a batuta de Tony Blair e de Gordon Brown, os novos progressistas prometeram que os benefícios da prosperidade crescente seriam aplicados ao setor público e aos pobres. A exclusão social seria combatida com a educação e com a ampliação das oportunidades para todos. Mais uma vez o resto do mundo parou para ver a experiência social que ocorria no Reino Unido. Será que este aparentemente exclusivo círculo neoliberal poderia ser ajustado para beneficiar a todos?Infelizmente, após dez anos a conclusão é que não.Na era Thatcher a pobreza dobrou no Reino Unido, e este número tornou-se permanente sob o Novo Trabalhismo. A parcela da riqueza, excluindo habitação, desfrutada pela metade inferior da pirâmide social caiu de 12% em 1976 para apenas 1%, número registrado hoje. Atualmente 13 milhões de pessoas viem em estado de pobreza relativa. A mobilidade social caiu para níveis anteriores ao da Segunda Guerra Mundial.Os filhos menos capazes dos 20% mais ricos da população atualmente superam os filhos mais capazes dos 20% mais pobres por volta dos sete anos de idade. Quase a metade do grupo mais rico obtém diplomas universitários enquanto apenas 10% dos mais pobres conseguem se formar. É óbvio que a Nova Esquerda consolidou a divisão de classes de forma ainda mais intensa do que a direita neoliberal. Resumindo, eis o problema: tanto a esquerda quanto a direita parecem incapazes de desafiar o capitalismo monopolista. Nem o welfare state nem o estatismo são capazes de transformar as vidas dos pobres, e, ao que parece, o neoliberalismo também é incapaz de promover tal transformação. Somente uma economia compartilhada pode corrigir a tendência natural do mercado livre de favorecer os monopólios. Mas só é possível compartilhar quando todos são proprietários. Portanto, existe uma possibilidade radical, mas ainda inexplorada - a da propriedade e uso generalizados e amplamente distribuídos de bens, créditos e capital. Isso dissolveria o conflito entre capital e trabalho, já que haveria um mercado sem monopólio e um Estado no qual o trabalhador assalariado - sendo ele também proprietário de capital - não necessitaria do welfare state.
* Phillip Blond é profesor de filosofia e teologia da Universidade de Cumbria.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Um Comentário Musical.

Ariano Vilar Suassuna, é dramaturgo, romancista e poeta, tem 80 anos completados em 16 de junho do ano passado, quando foi muito homenageado. Ele é autor do "Auto da Compadecida" e de A "Pedra do Reino", e um grande defensor da cultura brasileira. Mora perto daqui de casa, e acho curioso vez por outra, ver alguém tão famoso como ele, passando a pé. O vídeo acima, achei bastante ilustrativo da sua personalidade e sobretudo do seu humor. As suas chamadas "aulas espetáculo", atraem sempre muitos ouvintes, porque se constituem em momento raro de aprendizado e diversão.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A Transposição do Rio São Francisco Explicada para Uma Criança - 2/2

Com um atraso de mais de cem anos, o governo atual, primeiro andou dizendo que essa terra onde estão os pobrezinhos que sofrem os "problemas da seca", precisava de uma solução. Disse, também, que esse problema já deveria ter sido resolvido. Disse que CHEGA! Tanto tempo, entra ano e sai ano, entra governo e sai governo, e "nunca ninguém fez nada". Diz então esse governo: "Qual o principal problema? Falta de dinheiro? Dinheiro o governo tem. O que precisa é vontade de fazer. Pois bem, vontade esse governo tem. Vamos fazer. Vamos de uma vez por todas resolver esse problema". Vai ser preciso muito cimento, muito ferro, muito tijolo, muita gente trabalhando, muito dinheiro para gastar. Depois de governar durante um mandato, que durou 4 anos, o governo se reelegeu para outro mandato. Assim é que no início desse segundo mandato, a construção da Transposição, começou a ser feita, prevista para terminar antes do final desse segundo mandato. Em que ponto estamos? No ponto em que estamos, é assim: de um lado, muitas pessoas estão felizes, principalmente porque a idéia já saiu do papel e já começaram a fazer! A rigor seriam mais 2 anos e meio até terminar. Mas de um outro lado, muitas pessoas estão muito infelizes, tristes e também zangadas, porque elas são contra a chamada transposição, ou mesmo integração. São contra o que o governo já começou a fazer. Antes que você pergunte, preciso logo ir dizendo que quase todos os "contra a transposição" não são contra os pobrezinhos. Pelo contrário, eles querem muito que os problemas deles sejam todos resolvidos. - Como eles podem ser a favor dos pobrezinhos, se querem desmanchar o que governo está fazendo? - Eles querem desmanchar o que o que está sendo feito, porque dizem não concordar com o jeito como o governo está fazendo, e que existe uma solução melhor e mais barata. Já que o carnaval está se aproximando, imagine só o tamanho da discussão! As pessoas que vão sair no mesmo bloco, não chegam a um acordo, na escolha da fantasia. uns querem sair de pierrot e outros de colombina. Se pelo menos a discordância fosse na escolha do pano, detalhe do modelo, mas o desacordo é geral. E o carnaval, chegando! (final do mandato) Você porém percebe uma coisa? Todos querem brincar o carnaval! - Pois bem, e o que dizem os que são a favor e os que são contra a transposição? Contra: O projeto do governo foi feito para beneficiar a quem tem dinheiro, pois são eles que vão ter acesso a terra e a água para funcionar suas fábricas e ganhar ainda mais dinheiro com os produtos agrícolas que vão produzir para vender. Em grande parte, exportar. A favor: A Transposição vai levar o desenvolvimento para onde hoje é só pobreza, e disso vão se beneficiar 12 milhões de pessoas. Um terço da população da região dos pobrezinhos. Quanto ao acesso à terra, os que defendem a Transposição dizem que o governo mandou reservar, para distribuir com os pobrezinhos, 2,5 km de cada lado dos 740 km de canais que vão ser construídos. Nenhum rico vai poder comprar essa terra, reservada para "a maior reforma agrária com água", que já se terá feito no Brasil. Contra: Antes de qualquer solução dessa natureza, o que é preciso é cuidar dos estragos que foram feitos no rio. Tirar a sujeira de dentro, replantar as matas das margens que lhe arrancaram, a areia que tornou o rio mais raso, fazer o saneamento das 536 cidades que jogam porcarias no rio. A favor: Isso tudo pode ser feito ao mesmo tempo. E até já começou a ser feito. Dizem mais que só foi possível começar a fazer a recuperação porque o dinheiro para isso veio junto da realização do projeto da Transposição. Contra: A solução da Transposição vai tirar água do rio, e isso vai fazer falta. Diminuirá a capacidade de geração das usinas da Chesf, companhia de energia elétrica que explora o potencial elétrico do Rio São Franciso. A favor: A quantidade de água que vai ser retirada é um tiquinho de nada, e o rio não vai nem sentir. Um dedal de água da que ele derrama no mar. A diminuição da capacidade de geração é desprezível face aos benefícios que vai trazer em troca. Além disso, o governo determinou uma subsidiária da própria Chesf para gerir a distribuição da água e assegurar a compatibilidade da utilização da água com as necessidades das usinas geradoras. Contra: Projetos semelhantes de transposição já foram feitos ao redor do mundo e não deram certo. Foram um desastre. A favor: Projetos semelhantes de transposição já foram feitos ao redor do mundo e deram certo. Foram um sucesso. Há exemplo de projeto de transposição feito no próprio Brasil, e que resolveu o problema de abastecimento de água de São Paulo! Os projetos que não deram certo, não têm as mesmas características do que está sendo feito, que por sinal dizem os que lhe são favoráveis, é muito do bom! Em geral os projetos de transposição retiram sempre mais do que 10% da água despejada pelo rio no mar, enquanto o que está sendo executado na bacia do Rio São Francisco retira apenas 1,4 %. Contra: O governo foi autoritário em tocar o projeto sem uma ampla discussão com a sociedade representada pelas suas associações de classe. Não levou em consideração a opinião de especialistas locais, profundos conhecedores da questão. "Jogou na lata do lixo, os estudos técnicos, científicos, acumulados ao longo de dezenas de anos." Na realidade o governo "empurrou de goela a baixo" o projeto que foi feito por seus próprios técnicos, e não abriu a discussão em relação à existência de outras alternativas, que viessem a atender realmente à maioria da população. A favor: Autoritária, e sem participação nenhuma da sociedade, foi a decisão que levou a transposição do rio Piracicaba, na década de 60. Ela foi decidida dentro de um gabinete em Brasília. A atual foi divulgada, debatida amplamente até mesmo nos estados não afetados diretamente, foram feitas 40 assembléias públicas e na fase posterior mais 60. O Vice-presidente da república percorreu vários estados, até mesmo Minas Gerais, reunindo representantes da sociedade em torno da questão. Contra: A Transposição é desnecessária e cara. Será um desastre no futuro, porque não resolverá o problema de quem precisa, e terá um custo operacional muito elevado, que será repassado para os estados da região. Será preciso gerar muita energia para elevar a água do ponto onde será coletada do rio para os lugares mais altos. Há uma solução melhor, e mais barata, que parte do princípio de que já que não há falta de água, o que precisa é distribuí-la adequadamente, o que a Transposição não vai fazer. A favor: A Transposição é a melhor solução, foi estudada por técnicos altamente capacitados, não precisa nem corrigir nada. Trata-se do projeto de transposição mais seguro já feito no mundo. Se não consegue resolver por sí só o problema como um todo, mas é um grande passo para projetos complementares, já que a questão dessa região foi trazida para o foco, e tenderá daqui para frente a receber maior atenção. Contra: O direito constitucional de tribos indígenas que serão afetadas foi desrespeitado, haverá impacto ambiental, isto é, vai alterar o modo original como estavam dispostas as terras, e muitos que alí moram terão que deixá-las. A favor: Os afetados serão todos indenizados na forma da lei, o impacto ambiental foi objeto de estudos pelo Ibama e os resultados amplamente divulgados. Todo o desenvolvimento da obra estará sob o acompanhamento e controle de orgãos competentes representantes da sociedade. Contra: A transposição vai permitir o cultivo pelas multinacionais de frutos que os nordestinos não vão nem ver, e outros produtos agrícolas que vão ser mandados "para alimentar os porcos da europa". Os moradores do lugar mais uma vez vão ser logrados, porque não serão atendidos na solução dos seus problemas. A favor: Os adultos dizem "Não se pode criminalizar o setor produtivo", para uma criança eu diria: papai do céu não acha errado haver fábricas, porque elas são responsáveis pelo desenvolvimento econômico. Isto é, vai ter emprego, as pessoas trabalharão nelas e ganharão salários, terão direito a assistência médica, um dia poderão se aposentar, os filhos terão escolas melhores, e todos vão poder comprar o que mais precisam, a isso se tem chamado desenvolvimento (econômico).
É mesmo a partir do conhecimento da briga de pensamentos, que alguém pode se informar sobre a questão, até terminar ficando mais amigo de um ou de outro jeito de pensar, ou construir o seu próprio modo de enxergar toda a questão. Cuidado porém que as vezes você pode encontrar quem "diz as palavras, mas não diz os pensamentos". Entretanto, em época de acesso a abundância de informações, só vai pela cabeça dos outros, quem quiser!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Para os Amantes do Tênis.



São três as opções:

Ler abaixo, ver o vídeo ou fazer os dois.


Quinta cabeça-de-chave, a musa da Rússia não deu chances para a oponente e venceu por 2 sets a 0, com parciais de 6-4 e um contundente 6-0, o chamado "pneu", em uma hora e 38 minutos de confronto.Henin acumulava uma série de 32 jogos de invencibilidade. Sua última derrota foi na semifinal de Wimbledon, em julho do ano passado, diante da francesa Marion Bartoli. Além disso, ela não levava um "pneu" desde 2002.Campeã em 2004, Henin ficou de fora do Grand Slam australiano no ano seguinte. Em 2006, chegou à decisão, mas desistiu na metade do duelo contra a francesa Amelie Mauresmo por causa de uma gastroenterite. No ano passado, ela não jogou pois cuidava de sua separação. Esta foi a nona partida entre as duas tenistas e, mesmo com o tropeço, Henin lidera com seis vitórias. A última vez que a russa havia saído vitoriosa de quadra diante da belga foi na final do Aberto dos Estados Unidos, em 2006. Para chegar à semi, Sharapova liderou praticamente todas as estatísticas do confronto. Ela foi mais eficiente no primeiro serviço (65% contra 48%), "aces" (2 a 0), pontos conquistados no primeiro e segundo saques (68% a 56%, e 71% a 35%), pontos vencidos na recepção (59% a 32%), conversões de "break points" (50% a 25%), pontos vencidos na aproximação à rede (82% a 55%) e total de pontos (69 a 45).O resultado confirma o bom desempenho de Sharapova nas quadras de Melbourne, já que, pela quarta vez consecutiva, ela alcança as semifinais. A russa parou nesta fase em 2005 e 2006 e chegou na final no ano passado, mas caiu diante da norte-americana Serena Williams.Sharapova vai brigar para voltar à final contra Jankovic, que eliminou Serena nas quartas-de-final. O confronto direto indica favoritismo para a russa, que venceu três dos quatro jogos entre elas. Mas, no último encontro, na final na grama de Birmingham, quem levou a melhor foi a tenista da Sérvia, terceira favorita.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Combate a Violência - Vontade Política - Motivação Pessoal.

Ainda sobre violência, e em complementação aos comentários feitos anteriormente (Números Funestos), chamou-me atenção a publicação sobre o mesmo tema, do Jornal Estado de São Paulo.
Primeiro, o economista Daniel Cerqueira, do Instituto de pesquisa econômica aplicada (IPEA) diz que “A questão social não seria unicamente responsável se a gente tivesse um sistema coercitivo que funcionasse”.
Realmente, sem tê-lo jamais poderemos saber onde termina um motivo e começa o outro.
Segundo, outra vez a questão dos índices: em 2002 no Brasil, a taxa de homicídios chegou a 28,5 por 100 mil habitantes. Portanto, naquele ano, ela superou a taxa de 28 por 100 mil/dia, do Iraque atual (excetuando as mortes por explosão de carros bombas). Em números absolutos, foram mortas naquele ano de 2002 aqui no Brasil, 49,5 mil pessoas.
O mesmo economista diz, que de 2003 para cá “o ritmo” caiu, mas espera-se que até o final de 2008, quando a base de dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, considerada a mais antiga e confiável base de dados do Brasil completará 30 anos, alcançarmos a marca de 1 milhão de mortes.
Angola alcançou esse número em 27 anos, mas estava oficialmente em guerra civil. A matéria também conclui que a nossa conta é portanto comparável a de países em conflito bélico.
Teria sentido falar em controle de natalidade em um lugar assim?
O artigo conclui conforme abaixo transcrito:
“Cerqueira aponta alguns sinais preocupantes na área de segurança. Um deles é a falta de vontade dos políticos para adotar estratégias de médio ou longo prazo, o que não se enquadra no calendário eleitoral. Outro é o atraso no enfrentamento da criminalidade, ainda refém do modelo meramente reativo dos anos 1960, baseado, quando muito, em patrulhamento e investigações, não em estatísticas confiáveis, na antecipação aos problemas e no uso de programas sociais e de policiamento adaptados a cada realidade.”
Vivemos em Pernambuco um momento raro de vontade política, mas que encontra paralelos em São Paulo (José Serra), em Minas Gerais (Aécio Neves), e Rio de Janeiro (Sérgio Cabral) o que mostra que políticos com aspirações à presidência, estão atentos à importância dos resultados das suas ações no combate
à violência em seus estados.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Berliner Philarmoniker - Tico Tico no Fubá.

Trata-se dos 59 segundos iniciais do total de 5 min 27 de apresentação da "Berliner Philharmoniker", conduzida pelo maestro Daniel Barenboim. Quem se interessar poderá ouvir não só essa como mais treze peças que incluem Menuetto from the Divertimento in D major, K. 334 ( Wolfgang AmadeusMozart), Hungarian Dance Nº 1 in G minor (Johannes Brahms) entre outras, no DVD Gala from Berlin, Berliner Philarmoniker, "Invitation to the Dance". (Euroarts)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Números Funestos.

A média de mortes no Iraq durante 2007 por tiros e execuções, foi de 38 por dia, segundo o "site" http://www.iraqbodycount.org/. Em Pernambuco, do dia 01 até o dia 17 de janeiro ao meio dia, a média de mortes foi de 11,58 por dia. Portanto foi assim que descobrí que vivo em um estado menos violento do que o Iraque, segundo o registros do "site" http://pebodycount.com.br/. Além disso, no Iraque morrem além daqueles 38, mais 14 em consequência das explosões de carros bombas. Em Pernambuco, justiça se faça, só há carros bombas do tipo daqueles que vivem quebrando. Também aproveitei que estava de frente a tantos dados, e observei a partir de um levantamento feito pelo pebodycount, que durante os meses de agosto, setembro e outubro de 2006, a média de mortes por homicídios foi de 10,82 por dia. Embora aparentemente a situação estivesse piorando, naturalmente não é assim que se faz para comparar taxas e tirar uma conclusão. No máximo o que observei acima, foi que por aqui, mata-se tão regularmente, quanto a média da população assiste TV, ou costuma comprar pão na padaria da esquina. Analisados com maior rigor e portanto precisão, dá-se conta porém, de que há uma tendência de redução desses índices. A partir de maio de 2006, o Governo do Estado iniciou a execução de um plano denominado "Pacto pela Vida", o qual tem uma meta muito bem definida: reduzir até o final de abril de 2008, o número de homicídios em 12%. Comparando-se o ano de 2007 com o ano de 2006, obteve-se uma redução de 2,2 %. Em valores absolutos, foram 53 homicídios a menos em 2007. O cálculo da taxa é muito simples. Divide-se o número que expressa o total de mortes em um lugar, ou região do estado, pela quantidade de grupos de 100 000 habitantes daquele lugar. O índice de redução é de fato muito pequeno. Porém não o acho inexpressivo. Muito pelo contrário! A propósito, esse comentário me fez lembrar um fato marcante do meu dia a dia como engenheiro eletricista na Chesf. Eu estava apenas começando, e trabalhava naquela ocasião na Bahia. Estava lotado em Salvador. Aproveitei um programa anual de promoções, para expressar o meu reconhecimento ao desempenho de um dos nossos técnicos, a quem concedí um aumento. Qual não foi a minha surprêsa, quando após ele receber o seu contra-cheque, me procurou para reclamar dizendo que assim como já havia acontecido de outras vezes, novamente não tinha recebido nenhum aumento. Na realidade, precisei mostrar que ele estava enganado. Ele havia sido promovido sim! Acontece que mudar de uma letra na classificação funcional para a seguinte, significava naquela época, um aumento percentual de salário tão pequeno, que ele nem notou. Confesso que achei constrangedor pedir-lhe, que olhasse pelo lado não material e mais pelo fato de que finalmente tinha tido o seu desempenho reconhecido.
Pois bem, o que considero expressivo na redução de apenas 2% no índice de homicídios aqui em Pernambuco, é que finalmente, o Governo do Estado, assumiu enfrentar a questão da violência, e tem um plano em execução. Os resultados práticos que mais interessam ainda não aconteceram, porque o percentual de redução está ainda aquém do desejável. Já há registros porém, de um trimestre no qual a redução no número de homicídios foi maior do que 12%, quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior. Em Recife e Região Metropolitana, é notório o quanto hoje está melhor com relação a presença ostensiva de policiais nas ruas. Foram contratados mais policiais, feitos investimentos em aparelhagens, e melhoria da integração entre os distritos policiais. Para que até final de abril a meta de redução dos 12% seja alcançada, sabe-se que quedas mais acentuadas do índice, difíceis de conseguir, precisam acontecer. Ainda que a meta não seja alcançada, mas existe um plano, existe esfôrço para alcançar uma meta. É inédito aquí que um Governador traga para sí essa responsabilidade do cambate a violência, e crie um plano para enfrentá-la. Os que não o fazem, temem o desgaste decorrente de um eventual fracasso. Fracasso muito maior contudo é o que resulta da omissão. Portanto, pelo menos agora, a população deveria olhar um pouco mais para o significado da atitude que foi tomada de finalmente enfrentar o problema. Afinal, sabemos que o nosso problema da violência é maior do que apenas um caso de polícia.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A Transposição do Rio São Francisco Explicada para Uma Criança - 1/2

Tivesse eu que explicar a uma criança em que consiste toda essa polêmica sobre a transposição do Rio São francisco, para ao final ela mesma concluir sobre a questão, eu procuraria fazê-lo de modo bastante imparcial. Do contrário eu a estaria influenciando a pensar igual a mim. Nesse caso eu começaria dizendo que existe um lugar onde há muitas pessoas pobrezinhas. Elas sobrevivem do que plantam para colher, e das galinhas, porquinhos e cabritinhas que criam no cercado. Mas elas precisam ter água, porque sem água não podem sobreviver. Sem água o que plantam não nasce, e até os bichos podem morrer de fome e sede. Também as pessoas terminam precisando ir embora dalí para onde possam encontrar trabalho, comida, e assim poderem viver. E muitas, mas muita pessoas mesmo, têm ido embora desse lugar onde elas nasceram. Há quanto tempo tem sido assim? Sempre foi assim. Teve uma vez, já faz quase 300 anos, que morreu muita gente de fome e sede. Foi um horror! Dalí para cá, surgiram tantas idéias para evitar que aquilo acontecesse de novo, e as primeiras delas, ainda quando eram os Portugueses que aqui mandavam, foram logo sendo providenciadas. Vieram navios de Portugal trazendo material para que fossem construídas as primeiras cisternas e barreiras para armazenar a água, para que ela não faltasse quando ocorresse a seca. Nesse lugar de que falo tem um rio, e o rio é muito bom. Mesmo quando não chove, o rio não seca! Mesmo na pior seca, tem água passando por esse lugar. Ele vem de muito longe, de um outro lugar onde ele nasce, até chegar onde ele finalmente se encontra com o mar. No seu caminho, ele passa por dentro da terra dos pobrezinhos. Quem mora juntinho de onde passa esse rio, ainda assim nem sempre tem água. Mas são muitos os pobrezinhos, e a maioria mora longe de onde passa o rio, e para esses é muito pior. Foi ainda no tempo em que aqui mandavam os Portugueses, na época do chamado Brasil colônia, que surgiu a idéia de tirar um pouco da água do rio, e levar para os que moravam longe dele. A isso passou-se a chamar de transposição. Transposição de uma parte das águas do rio. Alguns adultos acham que esse nome não está muito certo. Primeiro porque dá a impressão errada, a quem entende menos dessas coisas, de que vão tirar o rio do lugar, e levar para outro. Segundo, porque só vale chamar de transposição se o tanto de água que se vai tirar de dentro dele, é MUITO GRANDE. Quando só se vai tirar um tiquinho de nada, melhor é em lugar de transposição, chamar de integração. É que essa água retirada do rio vai passar a ser também de outros rios, levadas para lá digamos que "por dentro de canos". Essa idéia então de transposição ou como outros preferem chamar de integração, apareceu quando aqui ainda estava um rei de Portugal chamado D João VI. O tempo porém foi passando, e enquanto não se fazia nada daquilo que só continuava dentro das cabeças, os governantes foram construindo cada vez mais açudes, cisternas e barragens que são lugares onde colocar a água dentro, guardar, para ter quando ficar muito tempo sem chover. Enquanto isso eles poderiam continuar usando a água, mas não poderiam é usá-la toda! Senão na seca não tem. São tantos desses depósitos de água que fizeram, que só nesses 100 últimos anos, se a gente pegasse toda essa água que eles têm quando estão cheios e botasse em um tanque só, esse tanque teria que ser de um tamanho enorme! Um tamanho tal que coubesse mais do que toda a água da baía de Guanabara. Aí você poderia me perguntar:
- Então agora já existe um montão de água por lá?
- Sim.
- Os pobrezinhos agora estão felizes?
- Não! Eles continuam precisando de água, sofrendo do mesmo jeito que antes.
- Quer dizer que tem água mas o problema não está resolvido?
- Sim.
- O problema então não é a falta de água?
- Não é! Existe a água, mas a água não chega para a maioria dos que dela precisam.
A cada 10 reservatórios lá existentes, somente três atendem às necessidades das pessoas comuns, isto é, dos pobrezinhos do lugar. Os outros 7 têm donos e só eles podem usar. Imagine um homem que tem um pedaço de chão grande, ele faz um açude alí dentro, e só ele, a família dele e as outras pessoas que vivem com ele naquele lugar é que podem usar. Para nem ir muito longe, digamos, é como a piscina de um condomínio. Nem os empregados do próprio condomínio podem usar. Mesmo assim ainda há muita água guardada em reservatórios, que poderia ser levada até onde estão as pessoas que precisam, de um jeito que tivesse água para usar o ano todo. Sim! Porque num açude ali isolado, baixa muito o nível da água quando não chove, e pode até secar. Mas se eles estivessem todos ligados uns aos outros "através de canos", todos iriam ter água o tempo todo. Portanto, há um grupo de pessoas que diz que não há falta de água nesse lugar dos pobrezinhos. O que acontece é que o Governo, que são os homens responsáveis por resolver esse problema, nunca botou aqueles canos para ligar uns reservatórios com os outros, e não deixar faltar água em nenhum deles. Como tem desses reservatórios por todo lugar, os pobrezinhos de toda parte iriam ter água próxima, o ano todo, e não só aqueles que estão juntinho do rio. Por sinal, os pobrezinhos que moram juntinho do rio, gostam tanto dele que tratam ele na maior intimidade, e chamam ele de Velho Chico. Velho porque é mesmo muito antigo. Até ficam de vez em quando dizendo que ele vai morrer! Acontece que se a gente comparar a quantidade de água que ele botou no mar nas grandes secas havidas desde 75 anos passados e recentemente, essa quanatidade de água foi a mesma. Não mudou nada! Está mesmo morrendo? Depende do que se queira dizer com isso. É mais fácil acreditar que realmente esteja morrendo, do mesmo jeito que uma pessoa está se matando quando insiste em muito fumar, se empanturrar de comidas nocivas e outras coisas que não são boas para o pulmão, para o fígado nem para o cérebro. O Velho Chico está lá no canto dele, e não é o responsável pelo prejuízo que anda sofrendo na sua saúde. Ficam os outros o tempo todo jogando sujeira dentro dele, e arrancando os matos das suas margens. Quem é que faz isso? Bom! Se você morasse em uma das mais de 500 cidades que ficam pertinho do rio e que por isso são chamadas de ribeirinhas, também estaria fazendo isso. Como essas cidades não têm reservatório de cocôs nem de xixis, e todos fazem essas coisas, vai tudo para dentro do rio. Além disso, o Chico nasce longe. Vem de fora da terra dos pobrezinhos. Ainda por lá distante, onde tem muitas indústrias, elas também jogam sujeiras dentro do rio. Nesse lugar tem até umas indústrias que precisam queimar carvão, e sabe de onde eles tiram a madeira para fazer o carvão? Das margens do Velho Chico. Há quem diga que o rio é sujo nesse pedaço aí. Pedaço de cima. E pior do que uma pessoa, que se sujou da cintura para cima, o rio quando se suja na parte de cima, a sujeira desce e o rio fica sujo é todinho. Então você pode perguntar:
- Porque fazem isso?
- Uns porque querem, outros porque não podem deixar de usar
o sanitário, e os seus governantes não fizeram as cisternas de
cocô e de xixi, para que nada disso fosse para dentro do rio.
- Mas não tem ninguém que seja responsável por corrigir isso?
- Os reponsáveis são aqueles homens que fazem parte do que a
gente chama de governo.
- Por que então o governo deixa sujar o Chico?
- O Velho Chico está sendo sujo, faz MUITO tempo.
- Sim! e daí?
- Não tem sido apenas um Governo que tem deixado de cuidar
dele. Foram vários governos, um após o outro.
- Mas e não tem como fazer que o governo seja brabo com os
responsáveis? Dizer que parem de fazer isso?
- No Governo, os homens devem cuidar dos interesses de todos.
Dos pobrezinhos e dos que têm muito dinheiro no bolso. Dos
que não têm água e dos que sujam a água.
- Mas a água é de todo mundo, e as fábricas só de alguns!
- Sei o que você quer dizer. O interesse comum deve estar
acima do interesse privado.
- Pois é! O Governo não sabe disso?
- Isso eu gostaria que você descobrisse por você mesmo,
quando crescer.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Um Dia o Robô Movimentará a Macaca.

Macaca movimenta robô com o pensamento
(15/01/2008 )

Por Sandra Blakeslee.
Se Idoya pudesse falar, ela teria muito do que se gabar.Na última quinta-feira, a macaca de 5,4 quilogramas e 81 centímetros de comprimento fez com que um robô humanóide de 91 quilogramas e 1,5 metro de altura caminhasse em uma esteira mecânica usando apenas a atividade cerebral dela. Idoya estava na Carolina do Norte, e o robô no Japão.Esta foi a primeira vez em que sinais cerebrais foram utilizados para fazer um robô andar, diz Miguel A. L. Nicolelis, um neurocientista da Universidade Duke cujo laboratório projetou e executou a experiência.
Em 2003, a equipe de Nicolelis provou que os macacos poderiam usar apenas os seus pensamentos para controlar um braço robótico a fim de alcançar e segurar objetos. Nicolelis diz que tais experimentos são os primeiros passos rumo a uma interface cérebro-computador que poderia permitir que pessoas paralisadas caminhassem ao comandar dispositivos com os seus pensamentos. Eletrodos inseridos no cérebro do indivíduo enviariam sinais para um dispositivo usado no quadril, como um telefone celular ou um pager, que transmitiria os sinais para um par de aparelhos, um tipo de esqueleto externo, usado nas pernas."Quando a pessoa pensa em andar, o ato de caminhar ocorre", afirma Nicolelis.Richard A. Andersen, especialista em tais sistemas do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, e que não participa da experiência, afirma: "Este foi um avanço importante no sentido de se obter locomoção com uma interface cérebro-máquina".Um outro especialista, Nicho Hatsopoulos, professor da Universidade de Chicago, diz: "Essa experiência foi um desenvolvimento empolgante. E o uso de um exoesqueleto poderá ser bem proveitoso". Uma interface cérebro-máquina é qualquer sistema que permite que pessoas e animais usem a sua atividade cerebral para controlar um dispositivo externo. Mas até que sejam descobertas maneiras seguras de implantar com segurança eletrodos em cérebros humanos, a maior parte das pesquisas continuará centrada em animais. Durante os preparativos para o experimento, Idoya foi treinada para caminhar de pé em uma esteira. Ela apoiou-se em uma barra com as mãos e recebeu petiscos - passas e Cheerios - à medida que caminhava em velocidades diferentes, para frente e para trás, 15 minutos por dia, três dias por semana, durante dois meses.Enquanto isso, eletrodos implantados na chamada área da perna no cérebro de Idoya registravam a atividade de 250 a 300 neurônios que emitiam sinais enquanto ela caminhava. Alguns neurônios ativaram-se quando as suas articulações do calcanhar, do joelho e da bacia moveram-se. Outros responderam quando os pés dela tocaram o chão. E alguns emitiram sinais em antecipação aos movimentos da macaca.Para obter um modelo detalhado dos movimentos de pernas de Idoya, os pesquisadores também pintaram o calcanhar, o joelho e a bacia dela com maquiagem fluorescente e, utilizando uma câmera especial de alta velocidade, registraram os seus movimentos em vídeo.O vídeo e a atividade das células cerebrais foram a seguir combinadas e traduzidas para um formato que pudesse ser lido por um computador. Esse formato é capaz de prever com uma precisão de 90% todas as permutações de movimentos das pernas de Idoya três ou quatro segundos antes que tais movimentos ocorram. Na quinta-feira, uma Idoya alerta e pronta para trabalhar subiu na esteira e começou a caminhar em um ritmo constante com eletrodos implantados no cérebro. O seu padrão de caminhada e os seus sinais cerebrais foram coletados, armazenados em um computador e transmitidos por uma conexão de Internet de alta velocidade para um robô em Kyoto, no Japão.O robô, chamado CB, as iniciais de Computational Brain (Cérebro Computacional), conta com a mesma mobilidade que um ser humano. Ele é capaz de dançar, agachar-se, apontar e "sentir" o chão com sensores implantados nos pés, e não cai, mesmo quando é empurrado.Projetado por Gordon Cheng e seus colegas dos Laboratórios de Neurociência Computacional ATR em Kyoto, o robô foi escolhido para a experiência devido à sua capacidade extraordinária de imitar a locomoção humana. À medida que os sinais cerebrais de Idoya chegavam aos ativadores de CB, a missão da macaca era manter o robô caminhando em um ritmo constante por meio da atividade cerebral dela. Ela podia ver a parte anterior das pernas de CB em uma enorme tela em frente à sua esteira, e recebia petiscos caso fosse capaz de fazer com que as articulações do robô se movimentassem em sincronia com os movimentos das suas pernas.Quando Idoya andava, CB caminhava exatamente no mesmo ritmo. Registros do cérebro de Idoya revelaram que os seus neurônios disparavam sinais toda vez que ela e o robô davam um passo."Ele está andando!", disse Nicolelis. "Este é um pequeno passo para um robô e um passo gigante para um primata".Os sinais enviados do cérebro de Idoya para o robô, e o vídeo do robô enviado de volta a Idoya, foram transmitidos em menos de um quarto de segundo, diz ele. A velocidade da transmissão foi tão elevada que os movimentos do robô sincronizaram-se com a experiência feita com a macaca.Após uma hora de experiência, os pesquisadores submeteram Idoya a um teste inesperado. Eles interromperam o movimento da esteira. Todos prenderam a respiração, na expectativa para ver o que Idoya faria."Os olhos dela mantiveram-se super concentrados nas pernas de CB", conta Nicolelis.Ela recebeu uma dose abundante de petiscos. O robô continuou andando. E os pesquisadores ficaram eufóricos.Quando os sinais cerebrais de Idoya fizeram o robô caminhar, alguns neurônios do cérebro dela controlavam as suas próprias pernas, enquanto outros controlavam as do robô. Este último conjunto de neurônios basicamente sintonizou-se com as pernas do robô após cerca de uma hora de prática e resposta visual.Idoya não é capaz de falar, mas os sinais do seu cérebro revelaram que depois que a esteira parou, ele pôde manter CB andando durante três minutos, controlando as pernas do robô, e não as suas próprias pernas.Nicolelis explica que a visão é um sinal poderoso e dominante no cérebro. O córtex motor de Idoya, onde foram implantados os eletrodos, começaram a absorver a representação das pernas do robô, como se estas pertencessem à própria Idoya.Em experiências anteriores, Nicolelis descobriu que 20% de todas as células em um córtex motor de macaco só mostraram-se ativas quando um braço robótico movimentou-se. Ele disse que isso significa que ferramentas como braços e pernas robóticas poderiam ser assimiladas por meio de aprendizagem na representação corporação de um animal.No futuro próximo, Idoya e outros macacos bípedes receberão mais feedback de CB na forma de micro-estímulos para os neurônios que especializam-se na sensação de tato relacionado às pernas e aos pés. Quando os pés de CB tocarem o solo, sensores detectarão a pressão e calcularão o equilíbrio. Nicolelis diz que quando tal informação for diretamente transmitida aos cérebros dos macacos, estes terão a forte impressão de que são capazes de sentir os pés de CB tocando o chão.Ao se chegar a tal estágio, irá se pedir aos macacos que façam CB andar pela sala por meio unicamente dos pensamentos deles."Demonstramos ser possível transmitir sinais para o outro lado do planeta na mesma escala de tempo em que funciona um sistema biológico", diz Nicolelis. "Aqui o alvo foi um robô. Mas poderia ter sido um guindaste. Ou qualquer ferramenta de qualquer tamanho ou magnitude. O corpo não conta com um monopólio quando se trata de concretizar os desejos do cérebro".Para provar o que diz, Nicolelis e o seu colega, Manoel Jacobsen Teixeira, um neurocirurgião do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, Brasil, pretendem demonstrar até o final do ano que os seres humanos são capazes de movimentar um exoesqueleto com os seus pensamentos. Não é incomum que pessoas tenham os braços deslocados das articulações dos ombros em acidentes de motocicleta ou automóvel, diz Nicolelis. Em tais casos, todos os nervos são rompidos, deixando o braço paralisado, mas com dor crônica. Teixeira está implantando eletrodos na superfície dos cérebros desses pacientes e estimulando a região subjacente na qual o braço é representado. A dor cessa.Nicolelis diz que ao se inserir os mesmos eletrodos um pouco mais profundamente no cérebro, deverá ser possível registrar a atividade cerebral envolvida na movimentação e na intenção de mover o braço. Os braços paralisados dos pacientes serão então colocados em um exoesqueleto ou invólucro equipado com motores e sensores que enviam sensações de toque de volta ao cérebro."Eles deverão ser capazes de movimentar os braços com os seus pensamentos", afirma Nicolelis. "Isto é a ficção científica tornando-se realidade".

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O Fim da Água Potável no Mundo.


Foi publicado no UOL (Universo On Line) em 10/01/2008, que "o brasileiro Eduardo dos Reis Evangelista, mais conhecido como Duke, foi o vencedor da edição de estréia do Salão Internacional de Humor de Campos no Rio de Janeiro".

Concorreram 800 trabalhos que tinham que abordar o tema: "o fim da água potável no mundo".

Realmente, achei "o dez" !

Sobre a Solidariedade.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Transposição: Escassez de Vídeos a Favor.

Em busca de informações esclarecedoras em vídeo, sobre a transposição do rio São Francisco, selecionei inicialmente a sequência de 5 deles, os quais ontem terminei de postar. Em seguida, era minha intenção selecionar alguns que pudessem mostrar a questão sob a ótica daqueles que são favoráveis ao projeto do governo. Qualquer um de vocês que se dê ao trabalho de procurá-los, chegará a conclusão que práticamente todos os vídeos disponíveis são contra a transposição. Poderemos na continuação, interpretar o que isso vem a significar. Há entretanto espalhados pela internet, material abundante contra e a favor, que tenho procurado "garimpar". Procurarei dar prosseguimento a essa busca, intercalando opiniões as mais diversas, e como ainda busco entender melhor a questão para formar uma opinião bem fundamentada, espero que ao final possamos achar que valeu a pena.
Hoje, era minha intenção postar um vídeo no qual pudessemos assistir uma defesa veemente, bem fundamentada, do projeto da transposição. Por não haver encontrado nenhum que atendesse a esse requisito, resolví postar esse acima, onde aparece dizendo algumas bobagens sobre a transposição, o escritor e membro da academia brasileira de letras, Carlos Heitor Cony.
O Carlos Heitor Cony, jogou uma ducha de agua fria em cima dos seus leitores e ouvintes aqui do nordeste, quando através da rádio CBN, comentou no calor dos dias que antecederam a última eleição presidencial, que Lula se reelegeria segundo as pesquisas, pelo voto ignorante dos nordestinos, na opinião dele, um povo que não lê, e que desse jeito só pode é por desinformação, votar errado. Muitos consideraram que ele teve um momento de infelicidade ao revelar com essa afirmação, uma boa dose de preconceito contra o povo nordestino, cujo voto não foi questionado quando ajudou a eleger Collor de Melo e FHC (duas vezes). O caso de Cony me lembrou o que aconteceu ao Fernando Sabino, que depois que escreveu Zélia (Cardoso de Melo) uma Paixão, perdeu a simpatia de eleitores, de montão.
Deixando contudo para lá o rigor com que as vezes julgamos os que erram, afinal todos podem errar, e esperando encontrar complacência quando chegar a própria vez de fazê-lo, postei o vídeo no qual ele comenta algo sobre o assunto em tela, mas do que ele falou não se pode concluir que seja a contra ou a favor, muito pelo contrário
.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Transposição: Sim ou Não?

Na Região nordeste do Brasil, existe um rio muito importante cujo nome indígena era Opará, cujo significado é "rio-mar". O navegador Genovês Americo Vespúcio o descobriu em 04 de outubro de 1501 e a ele foi dado o nome do santo do dia. Assim ele passou a se chamar Rio São Francisco. A sua nascente fica no estado de Minas Gerais, e a foz entre os estados de Sergipe e Alagoas. Da nascente à foz ele tem a extensão de 2 830 km, o que o torna um dos rios de maior extensão totalmente em solo brasileiro. Há uma curiosidade em relação a ele, no tocante a que pela localização da sua nascente, na serra da Canastra, seria esperado que ele fluisse para o sul. É assim que acontece com os demais rios cujas nascentes estão naquela região. Afinal o solo ao norte está a uma altitude maior que o solo ao sul. O Rio São Francisco no entanto flui do sul para o norte! Isso ocorre por causa de uma falha geológica a qual criou uma fenda por onde o rio depois de fazer uma volta, segue por ela em direção ao nordeste. A sua declividade média é de apenas 8,8 cm/km. A Companhia Hidroelétrica do São Francisco - CHESF, fez o aproveitamento do seu potencial hidrélétrico que atualmente é responsável pelo suprimento de 95% da energia elétrica consumida pelos estados da região nordeste. Por muitos anos, a população ribeirinha beneficiou-se da água do rio para a sua subexistência. A importância do Rio São Francisco para a região é vital. Quem não a conhece, até que poderia apenas por esses comentários erroneamente deduzir que trata-se de uma região muito bem desenvolvida do ponto de vista social e economico, principalmente se souber da capacidade de geração das usinas hidreléticas do complexo de usinas instaladas no rio, a qual é superior aos 10 milhões de KW, e que aqui são cultivados produtos agrícolas para exportação e até são produzidos vinhos de boa qualidade. Além disso ainda pode-se dizer dessa região, que nela há água em abundância, tanto no seu sub-solo como em reservatórios de água espalhados pela região, mas que nunca até aqui foram executadas as obras estruturais que permitissem interligar através de adutoras os reservatórios, e transportá-la para locais distantes para atendimento da totalidade da população. Por esse motivo, em ocasiões de chuvas escassas, a seca terminava por matar as pessoas e os animais de fome e de sede, e por décadas provocou a migração dos seus habitantes para regiões mais desenvolvidas do país, em especial para São Paulo. Projetos existiram muitos, e obras que foram iniciadas e ficaram inacabadas, também. Em época de seca políticos inescrupulosos fornecem água para os seus eleitores em troca de votos, perpetuando-se assim em cargos públicos às custas da miséria alheia, a qual não é do seu interesse solucionar. A isso se chama de "A Indústria da Seca". Indiscutívelmente, a falta de educação do nosso povo aliada a má qualidade de uma quantidade maior do que a tolerável de políticos, é a principal responsável pela falta até aqui de soluções para os problemas crítidos dessa região chamada de semi- árido. A propósito, quando em viagem ao Rio de Janeiro ví pela primeira vez a favela da Rocinha, aquilo causou-me um grande espanto. Eu não fazia idéia de que ela fosse tão grande! Depois eu soube que um jornalista americano que foi levado até lá por um amigo brasileiro para conhecê-la, e diante do impacto que nele a favela causou, fez a mesma pergunta que a mim havia ocorrido quando me deparei com o gigantismo daquele desmando:
- Como foi que o governo deixou que chegasse a ficar desse tamanho?
Não sei qual foi a resposta, mas o importante é que eu, você, qualquer um com experiência mediana de como tem sido as coisas no nosso país, sabe muito bem como foi que as nossas autoridades deixaram que isso acontecesse. Eles estavam naturalmente cuidando de outras prioridades, já que o social certamente não se constituia em uma prioridade para eles. Estavam permitindo a especulação imobiliária, caçando comunistas, privatizando empresas lucrativas como a Vale do Rio Doce a prêços aviltados, e naturalmente fazendo outras coisas ainda menos republicanas. Dito nesse contexto eu só queria era ressaltar que a falta de solução para o chamado "problema do semi-árido" decorre dos mesmos motivos que resultaram hoje na existência de tantas favelas, narcotráfico, violência urbana e muitas outras mazelas. O motivo também está na incompetência, falta de seriedade e na desonestidade de gerações de políticos desde épocas bem anteriores a atual. O Rio São Francisco hoje, após décadas de descaso, teve as suas matas ciliares devastadas, em consequência sofreu assoreamento, perdeu navegabilidade, centenas de cidades todas sem saneamento despejaram seus esgotos dentro dele, indústrias que se estabeleceram nas suas proximidades poluíram e ainda poluem o rio lançando alí produtos tóxicos, os peixes morrem, e as pessoas que um dia se beneficiaram da água já não podem usá-la, porque estão poluídas. Nesse contexto o atual governo federal que começou em 01 de janeiro de 2002, diferenciando-se dos anteriores que nunca tiveram vontade política para enfrentar o problema, resolveu executar um projeto de transposição do Rio São Francisco, cujo custo é estimado em R$ 4,5 Bilhões (Há quem fale R$ 6,0 Bilhões), e que na opinião do Governo, beneficiará uma terça parte da população. Não será A resposta ao problema como um todo, mas a partir de 2010 quando concluida, trará desenvolvimento econômico para a região, que será finalmente colocada sob um foco debaixo do qual nunca esteve, possibilitando assim condições melhores para a execução de projetos complementares que virão contribuir para o real desenvolvimento da região. Quanto a questão da recuperação do Rio, com o replantio das matas ciliares, sua despoluição e outras obras necessárias inclusive na sua foz, a proposta do governo é a de que seja feita simultâneamente. Chama-se a esse conjunto de providências de "Revitalização do Rio". Tanto a Transposição do Rio como a sua "Revitalização" já foram iniciados. Por outro lado, o que poderia parecer algo formidávelmente bom e merecedor de aplausos, encontra fortes argumentos contrários. A princípio esses argumentos contrários poderiam parecer políticos, e provenientes de estados que não seriam diretamente beneficiados. Entretanto, não é bem assim. Tanto o Governo Federal quanto os que são contrários a transposição, possuem argumentos muito fortes, os quais precisam ser conhecidos e avaliados, por quem queira formar uma opinião consciente sobre o assunto. Embora ser contra a transposição possa parecer ser contra uma solução para os problemas da região, a princípio não é bem assim. Já ocorreram debates entre representantes do Governo Federal e das Associações Civis que são contrárias à transposição, e ambas as partes revelaram ter muitos pontos de concordância em relações a questão. Ser contra a transposição é defender que em lugar dessa solução seja adotada uma outra, defendida por técnicos profundamente conhecedores da região, e que defendem que a transposição do Rio é desnecessária. Eles tem uma solução alternativa mais barata, a qual defendem ser melhor para a região, porque atenderia melhor a população como um todo. Acusam o governo de desconsiderar os resultados de estudos científicos feitos ao longo de décadas, por técnicos de orgãos públicos ligados a região, que nem sequer foram ouvidos. Atribuem ao governo uma atitude autoritária que impôs o projeto inteiramente realizado por seus próprios técnicos, sem abrir a discussão de uma solução alternativa. Afirmam que o projeto do Governo foi feito para beneficiar as Empreiteiras e que não resolverá o problema dos que necessitam de água. O antagonismo entre Governo e Associações de Classe chegou a tal ponto, que por duas vezes um Bispo católico da cidade de Barra no estado da Bahia, contrário a transposição, fez greve de fome. Momentaneamente, se por um lado esse episódio chamou a atenção da opinião pública para a "queda de braço" que há muito vinha ocorrendo, por outro lado desviou temporáriamente a atenção da discussão sobre as razões do antagonismo, para um questionamento sobre a atitude do Bispo, que foi desde a consideração de aspectos teológicos até os psicanalíticos, tendo assim o próprio Freud ainda que de modo póstumo participado dessa discussão. Tenho procurado conhecer mais e mais sobre o assunto, tanto pela ótica do Governo como pela dos que são contrários à transposição. Penso que para formar uma opinião sobre qualquer questão, e principalmente sobre uma questão polêmica e ao mesmo tempo importante como esta, é preciso trazê-la para o plano racional, avaliando todos os argumentos, refletindo sobre eles, e com equilibrio deixá-los amadurecer para finalmente formar uma opinião. Pensei em trazer para cá, alguns elementos que nessa minha busca eu considerei importante, para ajudar a quem por isso se interessar, a entender a polêmica que tem havido sobre a questão, e quem sabe, isso possa vir a ser considerado para a formação da opinião de alguém, para a confirmação da posição de quem já a tem ou até mesmo para uma eventual mudança. O vídeo acima, da chamada "A Frente Cearense para uma Cultura da Água e Contra a Transposição do Rio São Francisco", é o primeiro de cinco que começarei a postar. Caso alguém queira logo vê-los de uma só vez, eles estão no Youtube. Vocês poderão acessá-los em :
http://br.youtube.com/results?search_query=Transposi%C3%A7%C3%A3o+do+Rio+S%C3%3o+Francisco&search=Pesquisar. Concluindo existe algo que devemos sempre ter em conta, a partir do fundo de verdade que há no que disse certa vez um jornalista chamado Carlos Lacerda: "Os técnicos são fundamentais para o desenvolvimento do país, mas são muito perigosos quando fazem parte do governo, porque deixam de pensar nas soluções para aplaudir posições."

domingo, 6 de janeiro de 2008

O Esperado Futuro do Brasil já Chegou.

06/01/2008
Novo dia nas Américas

Roger Cohen Em São Paulo.
(Publicação do The New York Times)
Juan Bautista Alberdi, um constitucionalista e liberal argentino, notou em 1837 que "as nações, como os homens, não têm asas; elas precisam fazer suas jornadas a pé, passo a passo". A América Latina, há muito suscetível a miragens utópicas de revolucionários e caudilhos e ainda não imune a eles, tem lutado para absorver esta verdade. Mas, como observa Michael Reid em seu novo livro, "Forgotten Continent" (continente esquecido), democracias de massa duráveis despontaram por toda a região.Nos últimos anos, essas democracias têm rolado os dados com uma extraordinária variedade de líderes, incluindo Michelle Bachelet no Chile; Luiz Inácio Lula da Silva, o metalúrgico que se tornou presidente do Brasil; e o militar Hugo Chávez da Venezuela.Os resultados são desiguais. Chávez tem testado a paciência de todos com seus brados de revolução socialista alimentada pelo petróleo. Mas passo a prosaico passo, o continente tem se movido rumo às sociedades abertas e à economia global.Este progresso ocorreu apesar das disparidades de renda, que tornam cidades como São Paulo labirintos de riquezas e ruína. A ascensão improvável de Lula refletia a esperança de que estas desigualdades sociais pudessem ser superadas, assim como os sucessos iniciais de Barack Obama e Mike Huckabee refletem uma sociedade faminta por mudanças e cansada de titãs de fundos 'hedge' driblando os impostos que as pessoas comuns pagam.Enquanto realizam sua jornada a pé, as nações também sonham. As democracias são inventivas e avessas a concessões. Suas imperfeições são muitas, mas também são seus mecanismos de auto-renovação. Elas exigem esperança. A dinâmica, com o tempo, vence o aspecto dinástico.A jornada brasileira sempre foi hesitante, gerando a idéia de que este era um país com grande futuro condenado à sua contemplação eterna. Os números anuais de homicídios de dezenas de milhares testemunham os duradouros problemas sociais. Tom Jobim, que compôs "Garota de Ipanema", notou que o Brasil não é para iniciantes.Ainda assim, como Lula intuiu com seu pragmatismo astuto - quem mais é amigo tanto de Chávez quanto do presidente Bush? - a maré está fluindo na direção de seu país. O futuro do Brasil é agora. Há cinco motivos: terras, matérias-primas, energia, meio ambiente e a China.A vastidão define o Brasil; o uso agrícola de seu território está longe do esgotamento. Já o maior exportador mundial de café, carne bovina, açúcar e suco de laranja, ele está aumentando rapidamente suas exportações de outros alimentos, incluindo frango (US$ 4,2 bilhões em 2007, em comparação a US$ 2,9 bilhões em 2006) e soja. Mais de 90 milhões de hectares - uma área ainda maior do que a atualmente cultivada - permanece inexplorada fora das florestas tropicais.Outra exportação em crescimento é a de minério de ferro. A China, que já está investindo pesadamente no Brasil, deseja tudo o que puder conseguir, tanto quanto deseja alimento (assim como a Índia) e energia. O Brasil possui abundância do segundo e poderá ter ainda mais.Ponha de lado por um momento os vastos recursos hidrelétricos do Brasil e sua recente descoberta de um imenso campo de petróleo em águas profundas além de sua costa sudeste.O que contará em longo prazo é sua liderança mundial em combustíveis de origem vegetal, particularmente o etanol de cana-de-açúcar, que produz oito vezes mais energia por hectare do que o milho com o qual grande parte do etanol americano é feito. Combine isso às terras agrícolas quase ilimitadas e o importante deslocamento do futuro para o presente no Brasil entra em foco.Como Reid escreve: "Se a China se transformou na fábrica do mundo e a Índia o seu departamento administrativo, o Brasil é sua fazenda - e potencialmente seu centro de serviços ambientais."A liderança do Brasil em combustíveis não-fósseis e a biodiversidade sem paralelo de sua floresta Amazônica tornam o país em um líder natural na luta do século 21 contra o aquecimento global.Nada do que foi dito acima seria significativo se o Brasil fosse instável. Mas como grande parte do continente, ele se tornou mais previsível. A China percebeu isso e está rapidamente desenvolvendo suas relações comerciais com o Brasil e outros países latino-americanos. Os Estados Unidos também têm buscado uma série de acordos de livre comércio, com resultados desiguais.Mas no geral o continente foi deixado com um sentimento de negligência por parte dos Estados Unidos, aprofundado pela promessa pré-11 de Setembro de Bush de um novo foco que refletiria a presença de mais de 40 milhões de latinos nos Estados Unidos. O próximo presidente deve tornar tal foco no sul uma prioridade, com o Brasil como pivô para um maior engajamento.A transformação da América Latina nas últimas décadas foi subestimada. Ela foi política e econômica, mas também cultural. Os profundos preconceitos contra as populações indígenas, mestiças e mulatas foram confrontados e, se não vencidos, ao menos minados. Em termos históricos, este tem sido um momento de maior poder para aqueles com pele escura.As Américas estão mudando e, apesar da retórica antiianque de Chávez, se tornando, passo a passo, mais integradas.
Tradução: George El Khouri Andolfato

sábado, 5 de janeiro de 2008


Venceu em Iowa

Lidera as pesquisas em New Hampshire


Em uma “democracia” qualquer candidato egresso de uma etnia minoritária ou socialmente menos favorecido, encontra dificuldades quase intransponíveis para alcançar a presidência de um país. Ele precisa vencer muitas barreiras e uma das principais é a do preconceito. Na sua trajetória é preciso conseguir em primeiro lugar, o reconhecimento público dos seus predicados. Depois, uma vez eleito, para conseguir bons índices de aprovação e quem sabe até reeleger-se, é imprescindível que possua genialidade política. As vezes somente depois de eleito, é possível provar que essa qualidade também lhe é inerente, na medida em que as vezes ainda pode pairar alguma dúvida a respeito. No caso do Barack Obama, enfrentando ainda a fase das eleições primárias dos Estados Unidos da America, já é possível reconhecer-lhe habilidades políticas extraordinárias. Não lhe faltam os requisitos básicos necessários aos expoentes da política. O maior exemplo de reconhecimento disso pelos próprios americanos, está no comentário (absurdo) surgido no seu próprio país, segundo o qual é agora discutível se ele deve mesmo ser considerado negro, considerando que embora filho de pai Queniano, tem uma mãe americana branca.
Quanto a se eleito fará o governo dos sonhos, em que pese a sua genialidade política, é claro que essa é uma outra questão. Em todo caso, às vezes seus antecessores também não fizeram bom governo, ou até mesmo o fizeram péssimo, terminando seus mandatos muito mal avaliados . Afinal como alguém já disse: “a política (assim como a vida) é a arte do possível.”

Exemplo de Genialidade - III



sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Essa eu já Sabia.

04/01/2008 - 03h20 Obama e Huckabee saem na frente na longa corrida presidencial dos EUA
Des Moines (EUA)


Mensagem de mudança agrada e rende primeira vitória ao democrata Obama.
O democrata Barack Obama e o republicano Mike Huckabee ganharam hoje os "caucus" de Iowa, o que deixa os dois em vantagem para se tornarem os candidatos de seus partidos nas eleições presidenciais de novembro.Numa das disputas mais apertadas dos últimos 50 anos, especialmente no lado democrata, Obama derrotou os seus dois principais adversários, Hillary Clinton e John Edwards.
Com uma mensagem de mudança que agrada aos jovens e aos novos eleitores, Obama obteve 38% dos votos dos democratas, contra 30% de Edwards e 29% de Hillary Clinton.Mesmo assim, o ex-senador Edwards, que já tinha ficado em segundo lugar nos "caucus" de 2004, e a senadora Hillary Clinton mostraram otimismo. Eles se disseram mais dispostos do que nunca a travar a longa batalha para a escolha de um candidato democrata à Casa Branca.No lado republicano, o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee derrotou por uma ampla margem os outros aspirantes. Ele se apoiou numa mensagem conservadora que conquistou a direita cristã de Iowa.O ex-pastor evangélico obteve 34% dos votos, seguido do ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, com 24%, e do ator e ex-senador Fred Thompson, com 14%.Huckabee disse estar "espantado e animado" com a vitória, mas destacou que ela "só termina na Casa Branca, dentro de um ano"."Demonstramos que a política nos EUA está nas mãos de seu povo, e não nas dos que oferecem o dinheiro", disse Huckabee, até o momento menos eficiente na arrecadação de fundos.Romney se mostrou contente com a "medalha de prata". Para ele, isso não significa que na próxima competição "não possa ganhar a de ouro".Barack Obama, de 46 anos, compareceu radiante ao encontro com os seus seguidores após a vitória. Num discurso cheio de esperanças no futuro do país, afirmou que, em novembro, será eleito presidente dos EUA.Acompanhado pela mulher e pelas duas filhas, mostrou-se convencido de que chegou o momento de os EUA "superarem as divisões" para construir "a coalizão da mudança". Ele prometeu assistência médica para todos, corte de impostos para a classe média e o fim da tirania do petróleo.Em mensagem conciliadora, disse que os EUA não se dividem em republicanos e democratas. "Somos os Estados Unidos da América. Estamos preparados para acreditar outra vez", anunciou.Hillary Clinton, acompanhada de seu marido, Bill Clinton, afirmou que estava orgulhosa de seu resultado. Ela insistiu, como nos últimos dias de campanha, que os Estados Unidos "precisam de um novo começo".A senadora se declarou "absolutamente pronta para continuar com acampanha", e ressaltou sua determinação de "restaurar a autoridademoral dos EUA no mundo" e "pôr fim à Guerra do Iraque"."Temos um longo caminho pela frente", disse, após parabenizar Obama e Edwards.Os "caucus" de Iowa provocaram as primeiras baixas na longa lista dos pré-candidatos presidenciais. Os senadores democratas Chris Dodd e Joseph Biden, que não superaram 1% dos votos, abandonaram a disputa.O ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que lidera as enquetes nacionais entre os republicanos, com 20% das intenções de voto, obteve apenas 4% em Iowa. Mas, ao contrário de seus oponentes, ele não realizou uma campanha intensa no estado.Segundo a rede "CNN", Giuliani preferiu repartir seus esforços de maneira igualitária em todos os estados do país. Por isso, não sesurpreendeu com o mau resultado em Iowa.Outro republicano bem cotado, o senador pelo Arizona John McCain,segundo colocado nas enquetes, atrás de Giuliani, obteve em Iowa 13%dos votos. Ficou em quarto lugar no estado.

Exemplo de Genialidade - II

“Um trecho do show PHONO 73 realizado no Anhembi, em São Paulo.
A música foi Cálice considerada subversiva pelos órgãos da ditadura militar, por isso mesmo sendo cantada com a letra modificada, o microfone de Chico Buarque foi desligado.”

Eu acrescentaria que misturando verbo com substantivo, Chico Buarque produziu muito oportunamente, uma das suas musicas de protesto contra a ditadura que mais incomodou aos órgãos de repressão. Na época, o Presidente do Brasil João Batista Figueiredo declarou:

- Eu preferia a fase romântica de Chico Buarque de Holanda.

Chico Buarque respondeu:

- Eu preferia a fase romântica do General Figueiredo.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

A Transposição do Rio São Francisco..

A formação de uma opinião sobre questões polêmicas, costuma ser muito influenciada pela mídia. Vivemos porém uma mudança de era, quando o poder da mídia em impor as suas posições está diminuindo. A mídia convencional está deixando de ser a única fonte de informações disponíveis. Até já existem exemplos da influência na pauta da mídia, provocada pelo vulto que certos temas alcançaram em debates na internet, sobretudo através dos blogs.
A internet é uma fonte inesgotável de informações isentas e não isentas. Cabe ao leitor conhecê-las, e utilizar o senso crítico na sua avaliação antes de formar uma opinião.
Recentemente um embate sobre a transposição do Rio Francisco alcançou repercursão nacional e até internacional. De um lado a resistência à realização da obra, por parte de associações civis tais como MST e Povos Indígenas do Nordeste. Na liderança dessa resistência, o bispo católico de Barra, cidade do Estado da Bahia, recorreu à greve de fome. Do outro lado o Governo Federal superou mais uma barreira jurídica e obteve autorização para prosseguir, e prosseguiu. O assunto gerou discussões acaloradas e não faltaram argumentos dos teores mais diversos, sendo alguns deles apesar de opostos muito inteligentes.
Destaquei do que lí sobre a transposição do Rio São Francisco, e em particular sobre a greve de fome do "Bispo Lula", um artigo que gostaria de compartilhar com vocês. Título: D Luiz x dom Luiz. Isto é: Luiz Flávio de Cappio X Luiz Inácio Lula da Silva.
O seu autor, Professor de filosofia da UFRGS, Denis Lerrer Rosenfeld, teve esse seu artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo no dia 24 de dezembro, próximo passado.
O Professor Rosenfeld poderá ter assim incitado, alguns dos seus alunos e leitores, a reavaliarem suas opiniões.

O Sexto Sentido.

Uma Volta ao Mundo, Dançando!