Jamais pensei enquanto lia sobre Descartes, que logo eu estaria visitando o seu túmulo na Igreja de Saint German des Prés. Uma parte pitoresca da história desse importante filósofo e matemático, aconteceu justamente em Paris. Descartes passou uma fase, na qual escolheu “cair na gandaia”. Foi muito bom! Mas chegou uma hora, que ele pensou: “Se eu continuar nessa, não farei mais nada na minha vida”. Foi quando ele fez a primeira das suas tentativas de mudar. Encontrou sérias dificuldades. Os amigos saiam a procurá-lo, e encontrando-o, levavam-no de volta. Resolveu então Descartes, retirar-se sem avisar, para um lugar depois dos muros da cidade, onde alugou uma casa para morar. Nome do lugar, Saint Germain des Prés (de depois – depois dos muros). Ele tinha um empregado que fazia para ele as compras que precisasse. Há muito ele morava incógnito nesse lugar, quando um dia, o seu empregado saiu às compras, e foi reconhecido por um dos seus amigos. O amigo o seguiu para descobrir onde escondia-se Descartes. Ao vê-lo entrar na casa próxima à igreja de Saint Germain des Pres, o amigo de Descartes aproximou-se, e espiando pela fresta da janela de um dos quartos, viu que Descartes lia deitado, e alternava as leituras com anotações, as quais ele levantava para fazê-las em uma mesinha próxima. O amigo tendo compreendido o que levara Descartes a afastar-se, deixou-o em paz, e retirou-se sem revelar aos demais o seu paradeiro. À essa época Descartes freqüentou o café que hoje pude ver, ainda funcionando - claro que sob nova administração - e a igreja Saint Germain des Pres, onde ele foi sepultado.
Como morreu Descartes? A Rainha Cristina da Suécia convidou-o para dar umas aulas de filosofia para a corte.
Por sua imposição, as aulas eram ministradas às 5 h da manhã. Desabituado a um clima tão frio, Descartes contraiu uma pneumonia, em conseqüência da qual veio a morrer.
Rainha Cristina! Por quê essas aulas tão cedo?
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