Apenas mais um Blog.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sobre Ruth Cardoso.

"Atrás dos óculos grandes, os olhos escuros diminuíam um pouco, mas tinham algo de doce, sem ser sedutor: eu sentia certo conforto ao vê-los, mesmo na TV. Tinham, sei que a palavra é estranha, mas uma grande maciez". (Marcelo Coelho - http://marcelocoelho.flolha.sites.uol.com.br/perfil.html)

"Dona Ruth entrou de calça comprida, camiseta branca de malha e, de jóia, apenas o colarzinho de mulungu. Deixou todo mundo à vontade. Quem estava ali era a autoridade acadêmica que não se escondia atrás da cátedra e a primeira-dama que não gostava de pompas. Tinha olhar direto, escuta genuína, compromisso". (Marina Silva - http://www.senado.gov.br/web/senador/marinasi/marinasi.htm)

"A perda desta pessoa tão preciosa impõe uma reflexão: a luta pelo poder é mais importante do que juntar forças para objetivos comuns? Se conseguimos no Acre, por que não no Brasil?" (Marina Silva - http://www.senado.gov.br/web/senador/marinasi/marinasi.htm

terça-feira, 24 de junho de 2008

Fotos da Viagem - 03/13.

Fotos da Viagem - 03

Fotos da Viagem - 02/13.

Fotos da Viagem - 02

Fotos da Viagem - 01/13.

Fotos da Viagem - 01

A experiência nos ensina que se há fotos de viagem para organizar, isso deve ser feito tão logo a viagem termine. Do contrário há sempre o risco de não mais virmos a fazer. Como não pretendo deixar para depois, a promessa de publicá-las aqui há de me ajudar a levar isso a sério do início até o fim. Entretanto devo prevení-lo(a) de algo. Deverá valer para você, o alerta que há muitos anos, um velho professor que tive, fez para os seus alunos. Ele adotou para a disciplina que ia nos ensinar, um livro da sua autoria. Ao apresentar o livro a nós, seus alunos, ele disse o seguinte: " Este livro, me deu muito trabalho para escrever e, por isso tenho a certeza de que dará muito trabalho a vocês para lê-lo". Ainda bem que no caso das fotos, será possível "alinhavá-las". As de hoje são do início do passeio, e as demais pretendo que estejam em ordem cronológica. Quem sabe será menos trabalhoso do que parece?

sábado, 21 de junho de 2008

Valeu!!!

Em 26 dias de viagem, apenas dois pequenos estresses.
Um pequeno engano logo contornado cometido pelo hotel que reservamos em Paris, e a greve dos taxistas no dia em que contávamos com pelo menos um deles, para ir do hotel ao aeroporto Orly.
Ora!
Isso dá uma taxa de um estresse a cada treze dias!
Isso é formidável quando comparado com possíveis taxas de um a cada treze minutos! :-)))
Quanto ao roteiro?
O roteiro foi desses capazes de mudar a vida, da água para o vinho! :-)))
... acrescente-se ao prazer da viagem, a alegria de voltar para casa.
Valeu !!!

Último dia em Lisboa



Final de viagem, malas já prontas e pé nas ruas mais uma vez. O hotel em Lisboa para esses três dias finais antes da volta ao Brasil, foi uma excelente escolha. Digamos que sua localização fica em uma rua de Lisboa, correspondente à Rue Daguerre de Paris. A Rue Daguerre em Paris, ao lado do hotel onde lá me hospedei, é uma vitrine da vida Parisiense. Além disso, o hotel em Lisboa é tão perto da praça do Rossio (centro de Lisboa), que daria para qualquer um caminhar do hotel até lá, prendendo a respiração. Por isso nesse dia final de passeios, caminhamos a pé até a famosa Sé de Lisboa, e depois a Igreja de Santo Antonio, que ficam próximas ao Rossio. De propósito, quase não tomei o meu desjejum, e ao caminhar, pretendí ficar cada vez com mais fome. É que o almôço seria no Restaurante "O Bacalhoeiro". Claro que minha dúvida era somente à escolha do tipo do bacalhau. Haviam falhado as duas tentativas anteriores de saborear um excelente bacalhau, e essa seria a última das tentativas, desta vez em um lugar escolhido a dedo e bastante recomendado. Deu certo, o "bacalhau a minhota" aprovou. Difícil foi só encontrar mesas. Entretanto, os clientes eram mesmo portugueses no intervalo do meio dia. Não havia turistas, e isso me deu a esperança de que os cozinheiros cozinhassem mesmo um prato típico local, sem invencionices, mas objetivamente saboroso. Deu certo! Muito bom! Valeu!
E quanto as visitas anteriores? Bom, a Sé de Lisboa, tem um claustro. Ou tinha um claustro. a Igreja, vem do século XII, ano 1147, época em que os muçulmanos foram derrotados por D. Afonso Henriques, que assim reconquistou a cidade. Portanto, uma igreja mais antiga do que a Notre Dame de Paris.
Se ao longo do tempo a igreja sofreu várias modificações e reparos para corrigir avarias decorrentes de abalos sísmicos, o claustro em particular foi muito "mutilado". Mas é justamente lá que mais me detive, na observação do que revelaram escavações que puseram a mostra vestígios de diferentes períodos da história da cidade. Uma calçada Romana do primeiro século antes de Cristo, uma loja Romana, uma cisterna medieval, um mouro, digo: um muro mouro etc...
Já a Igreja de Santo António, foi construida no local onde ele nasceu, sendo possível visitar o exato lugar onde ele veio ao mundo. Qualquer pessoa por menos "avisada" que esteja, há de concluir visitando grandes igrejas européias, que por ele encontrar-se presente em todas elas, trata-se sem dúvida de um VIS. VIS - Very Importat Saint. Termina que Santo António tornou-se o menos português dos santos portuguêses, tendo vivido na Itália, onde encontra-se sepultado.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Segundo Dia Em Lisboa.

Foi um dia para rever Cascais, Estoril, Queluz, Boca do Inferno, Castelo da Pena e até a praia do Guincho. Infelizmente as condições de utilização da internet também aqui em Lisboa, estão limitando as minhas possibilidades de ser mais explícito sobre esses passeios. Você terá notado, que nas últimas postagens, não me tem sido possível sequer incluir fotos, o que deixarei para fazer quando chegar ao Brasil. Por hoje ficarei por aqui, para que outras pessoas que precisam usar o computador, possam fazê-lo.

Chegamos à Lisboa.


Viemos ontem, dia 17 de junho, de Paris para Lisboa, de onde voltaremos ao Brasil na próxima sexta feira. Somente quando pedí um taxi para o aeroporto na portaria do hotel em Paris, fiquei sabendo que os taxistas haviam aderido à greve geral da CGT. Como estávamos precavidamete adiantados no horário, e além disso tivemos a sorte de haver um terminal de ônibus para o aeroporto de Orly próximo do hotel, foi possível chegarmos a tempo. Em Lisboa, jantamos na "A Brasileira", aquele restaurante do Chiado, que completou 100 anos de funcionamento, e que à sua frente, tem um estátua de Fernando Pessoa. Desta vez porém, Portugal continua me devendo um grande Bacalhau. Até aqui, incluindo o da nossa chegada do Brasil, eles ficaram muito a dever. Mas não faz mal. Amanhã pretendo almoçar no "O Bacalhoeiro". Jogarei todas as minhas fichas nessa última possibilidade de acertar.

Au revoir, Paris.



Paris é um dos lugares mais recomendáveis do mundo.

Catedral de Notre Dame.

A Catedral de Notre Dame, é exatamente o contrário de um carro Polo.
Ela é mais bonita por trás, do que pela frente.
Este domingo, quem celebrou a missa, foi o vigário geral Mgr Aupetit da Diocese de Paris. Pudemos ao assisti-la, conferir o padrão ritualístico que deve ter marcado as celebrações de um passado litúrgico da igreja católica, e que ainda hoje é praticado por aqui. Incensos e música coral e polifônica com peças de Mendhelson. Televisionada para a Télévision Catholique e pela Rádio Notre Dame a celebração contou com uma igreja lotada por dois públicos. Os que a assistiam, e os que visitavam a catedral.
Com aplausos gerais ao organista ao fim dos seus acordes uns cinco minutos depois que acabou a missa, os presentes foram convidados a sair. A Catedral foi com muito zelo fechada, e quase ficou visível, uma pontinha de ciúme da parte dos encarregados em cerrar as suas portas. E pensar que ali ocorreu a sagração de Napoleão! Eles tinham mais é que ser mesmo assim.

Saint Chapelle.

Eu diria que a Saint Chapelle rivaliza em beleza com a Capela Sistina. E no prêço do ingresso, com o museu do Louvre e A Opéra de Garnier.
Ela foi construída pelo Rei Luiz IX, no século XIII, no centro da Ilha Cité, para abrigar relíquias religiosas.
A capela é de uma beleza indescritível. É considerado um dos edifícios religiosos mais próximos da perfeição. Os imensos e belíssimos vitrais, o fluxo luminoso através das janelas as esculturas em seu interior, o piso, a porta principal e as suas ferragens, e principalmente o altar e tetos, constituem um todo harmonioso que faz desse lugar um dos mais bonitos a serem visitados em Paris. Os bancos da capela são dispostos lateralmente, para que os visitantes possam contemplar sentados, essa maravilha extraordinária. Sobre o Rei Luiz IX, gostaria de lembrar que trata-se do São Luiz! Um dia ele casou com Eleanor de Aquitânia e foram juntos para uma cruzada. Aconteceu que Eleonor o traiu com Saladino, líder Muçulmano que defendia Jerusalém. O equivalente moderno seria Sara Fergurson, casada com o Príncipe Andrew, da Inglaterrra, te-lo traído com Sadham Hussein. Sempre achei que Luiz IX começou aí a revelar a sua santidade, quando apesar dos poderes de Rei, e mentalidade da época, apenas separou-se dela deixando-a livre para casar com Henry II da Inglaterra, a quem ela infelicitou.

Igreja de St Severin.


No Quartier Latin, está a Igreja de São Severino. A Igreja foi construída na primeira metade do século XIII. Os seus vitrais, localizados na sua parte superior, são do final do século XV.

Quartier Latin.

Estudantes de teologia que acorriam de toda a Europa para estudar na França em Universidades como a Sorbone, durante o século XIII, assistiam as aulas em Latim. Daí o nome do bairro Quartier Latin. O Latim só foi abolido a partir de 1789, por ocasião da revolução francesa. A característica principal do Quartier Latin, são as suas ruas estreitas, onde há muitos restaurantes e lojas diversas, freqüentados sobretudo por estudantes e naturalmente por muitos turistas, de todas as partes do mundo.

Saint Germain des Prés.


Jamais pensei enquanto lia sobre Descartes, que logo eu estaria visitando o seu túmulo na Igreja de Saint German des Prés. Uma parte pitoresca da história desse importante filósofo e matemático, aconteceu justamente em Paris. Descartes passou uma fase, na qual escolheu “cair na gandaia”. Foi muito bom! Mas chegou uma hora, que ele pensou: “Se eu continuar nessa, não farei mais nada na minha vida”. Foi quando ele fez a primeira das suas tentativas de mudar. Encontrou sérias dificuldades. Os amigos saiam a procurá-lo, e encontrando-o, levavam-no de volta. Resolveu então Descartes, retirar-se sem avisar, para um lugar depois dos muros da cidade, onde alugou uma casa para morar. Nome do lugar, Saint Germain des Prés (de depois – depois dos muros). Ele tinha um empregado que fazia para ele as compras que precisasse. Há muito ele morava incógnito nesse lugar, quando um dia, o seu empregado saiu às compras, e foi reconhecido por um dos seus amigos. O amigo o seguiu para descobrir onde escondia-se Descartes. Ao vê-lo entrar na casa próxima à igreja de Saint Germain des Pres, o amigo de Descartes aproximou-se, e espiando pela fresta da janela de um dos quartos, viu que Descartes lia deitado, e alternava as leituras com anotações, as quais ele levantava para fazê-las em uma mesinha próxima. O amigo tendo compreendido o que levara Descartes a afastar-se, deixou-o em paz, e retirou-se sem revelar aos demais o seu paradeiro. À essa época Descartes freqüentou o café que hoje pude ver, ainda funcionando - claro que sob nova administração - e a igreja Saint Germain des Pres, onde ele foi sepultado.
Como morreu Descartes? A Rainha Cristina da Suécia convidou-o para dar umas aulas de filosofia para a corte.
Por sua imposição, as aulas eram ministradas às 5 h da manhã. Desabituado a um clima tão frio, Descartes contraiu uma pneumonia, em conseqüência da qual veio a morrer.


Rainha Cristina! Por quê essas aulas tão cedo?

O Museu Rodin.



Algumas das obras de Rodin já foram levadas ao Brasil, quando formaram-se filas imensas para vê-las. Certamente maiores do que as que aqui precisamos enfrentar à entrada. A casa em que estão expostas as suas obras, e as de Camile Claudel, fica no coração de Paris. O Metro para lá é o Verene. Trata-se de uma mansão, com imensa área arredor, e belíssimos jardins. As suas principais obras estão nos jardins: O Pensador, Os burgueses de Calais, O portão do inferno e o grupo Ugolin. Pedi para baterem uma foto minha no portão do inferno, mas não encontrei quem a isso se dispusesse. Não faz mal! Gostei mesmo foi dos “Burgueses de Calais”. Essa sim, a obra que escolhi para levar para casa. E quanto ao Pensador? Talvez a sua obra mais famosa, a qual foi dedicada ao povo francês. Segundo De Gaule, os franceses são um povo muito difícil de governar. Cada um pensa uma coisa! “Como governar um país que tem mais de 1 000 espécies de queijo?” Dizia De Gaule. Ao fotografar “O Pensador” na sua localização no jardim, é inevitável que por trás captemos a cripta dos invalides onde está o túmulo de Napoleão.
O Pensador também encontra-se presente no topo do “portão do inferno”.
Por falar em pensar, não é que estive no túmulo de Descartes?

Mas isso é assunto para depois.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Les Invalides.

Antes de Luiz XIV, os soldados velhos ou inválidos, eram teoricamente cuidados em hospitais conventos. Na realidade, muitos tornavam-se pedintes. Em 1670, o “Rei Sol” fundou os “Invalides”. Trata-se de uma edificação militar. Quando olhamos cada uma das suas janelas, vemos em seu redor que a decoração consiste na armadura de um soldado. Na revolução francesa, em 14 de julho de 1789, os rebeldes invadiram os Invalides, em busca de armas, e de lá saíram levando nada menos que 20 000 rifles. Isso é o que eu chamo de investida bem sucedida. A nossa aproximação turística do local foi lenta! Eu já preveni. A França, em especial Paris, é o lugar dos grandes espaços. Passamos um tempão nos aproximando de cada lugar, enquanto caminhamos na sua direção. Tomamos um susto ao chegar. Depois de entrar, havia a indicação de venda ingressos à esquerda. Duas máquinas de auto – atendimento disponíveis. A aceitação de pagamentos, entretanto, era somente em cartão de crédito. Infelizmente o nosso cartão de crédito não foi aceito, o que levantou a nossa suspeita sobre a sua validação para uso internacional, conforme havia sido solicitado ao Banco.
Tarde demais para resolver o problema, já me preparava para admitir que não veríamos a tumba de napoleão, Foi quando acidentalmente descobri que havia sim, a opção de comprar o ingresso sem espécie. Bastaria andar um pouco mais, talvez uns 200 ou 300m, dentro do prédio dos Invalides. Lá à frente, muito à frente mesmo, havia sim bilheterias.
Os Invalides comporta um museu de armas. Como não curto muito isso, detive-se na visita à parte principal do prédio. Alí foi concedida uma honra pouco comum ao Napoleão, cujo corpo encontra-se acomodado abaixo da cúpula em um belíssimo esquife de alabastro. A sua roupa e o famoso chapéu usados por ele em Santa Helena, estão lá expostos com destaque especial. No equivalente em uma igreja ao que chamaríamos de um nicho, está o corpo do General Foch, General francês da resistência. Aquele que deu nome à avenida que desemboca no arco do Triunfo. Homenagem menor, mas não menos significante. Conheci pessoas para quem Napoleão foi alvo de grande admiração. A glória de uns porém, é muitas vezes a desgraça de muitos outros. Os Invalides ainda hoje, reserva uma parte do seu espaço ao atendimento de vítimas de guerras. Foi ao passar próximo a essa área, que presenciei ainda que de forma atenuada, às conseqüências dos combates atuais. Não sei lá de quais guerras teriam sido aquelas vítimas. A maioria estava em cadeiras de rodas. Um deles, atingido na cabeça, falava coisas ininteligíveis para os que passavam. Outro, muito quieto, estava um pouco afastado, sobre a grama do jardim, aproveitava o sol, mas tinha o olhar vazio e distante. E um terceiro, bem vestido, em pé, e postado de forma elegante. Aparenteva uns 45 anos, e estava cego.
As conseqüências das guerras são menos exibidas do que os itens dos museus.

domingo, 15 de junho de 2008

Château Versailles (em 13 de junho)


O Château de Versailles fica a aproximadamente 22 km do centro de Paris. Portanto, fica situada na grande Paris. Poderíamos tê-la visitado comprando uma dessas excursões que nos levaria de ônibus, ou adotando uma opção bem mais econômica. Esta foi a que escolhemos. Fomos de Metro até a estação de St Lazare, e de lá tomamos um trem com destino a Rive-Doite. Saltamos na estação de Rive-Doite, caminhamos 2,5 km sem encontrar nenhuma sinalização indicativa do Château, o que achamos incrível, e finalmente chegamos - achando horrível - ao local onde param os ônibus das excursões. Isto é, chegamos à porta de entrada do Château Versailles. Tem horas que achamos que economizar 180 Euros é um grande negócio. Outras horas, nem tanto!
Reestabelecidas as energias iniciamos um passeio belíssimo.
Abrindo um parêntese, Versailles foi o lugar onde mais me chamou a atenção a quantidade crescente da presença de turistas asiáticos, principalmente os inconfundíveis chineses. Até lembrei de Monteiro Lobato em seu livro “O Presidente Negro”, ao mencionar a antevisão de uma europa de povo com traços mongóis, em conseqüência da invasão do seu território pela raça chinesa.
Deixando de lado essa questão, e voltando para o Château
Versailles, um dos pontos altos da visita ao seu interior, é sem dúvida conhecer a sala dos espelhos, projetada em 1687 por Jules Hardouin-Mansart. Durante o reinado de Luiz XIV, denominado “O Rei Sol”, era nessa sala que eram realizadas as grande festas e recepções às autoridades estrangeiras. A sala tem 10 metros de largura e 75 de comprimento. O Pé direito? 10 metros! Que tal? São 17 janelas de um lado, abrindo-se para a vista deslumbrante do jardim, e do outro lado 17 painéis de espelhos. Quanto aos lustres e as 4 mesas de tampo de mármore que ví? Nem vou tocar nesse assunto. Você sabe, isso aqui é apenas um blog. Eu me entusiasmei muito com cada coisa que vi, e com o que ficou da idéia de conjunto. Um rei que viveu pensando que era Deus, exerceu um poder absoluto, organizou festas extraordinárias, divirtiu-se a valer, e morreu depois de reinar durante 72 anos. Morreu na cama onde sempre dormiu. No quarto voltado para o lugar onde nascia o sol. Morreu cansado de anos e cercado pela família e amigos. A Versailles que ele idealizou quando era ainda muito jovem, deveria simbolizar o absolutismo monárquico, e o apogeu das artes na França, durante o seu reinado. Foi construída onde o seu pai, Luiz XIII tinha um pequeno alojamento para caça. Luiz XV e Luiz VI, de acordo com os seus interêsses, expandiram e embelezaram Versailles. Jardins foram então acrescentados e a sua beleza e vastidão nos assegura estar diante de algo incomparável. Por ocasião da revolução francesa, Versailles foi invadida pelo povo, e completamente saqueada. Por isso o Château é vazio de mobília, assim como ficou a casa de Freud em Viena, depois que ele foi embora para Londres, e levou a mobília. Mas hoje as suas salas estão repletas de objetos de arte, principalmente quadros que retratam famílias reais, principalmente os reis. Há quadros que costumam por diferentes motivos, nos prender um pouco mais a atenção. Foi assim comigo, em cada museu que até aqui visitei. No Louvre por exemplo, o imensa pintura da sagração de Napoleão coroando Josefina e se auto coroando, foi um deles. Em Versailles há um quadro capaz de atrair muitas atenções. Nele há um retrato do Rei Sol. Também estão ali representados súditos em atitude de reverência a um ser divinizado. E à sua direita, as figuras de São José, Maria e o Menino Jesus, todos voltados para ele e apontando na sua direção. Assim como os planetas do nosso sistema solar, todos tinham que girar em redor de Luiz XIV, o Rei Sol.

O Louvre (em 12 de junho)



Quando o Rei Luiz XIV não quis mais morar no Louvre (séc XVII), mudou-se com a família para o Palácio que construiu em Versailles. Naturalmente que para lá também levou a sede do governo. O Louvre deixava de ser a morada de reis e imperadores, após oito séculos de história. As constantes alterações que foram feitas pelos governantes que nele moraram, o tornou um palácio real imenso. Hoje ele abriga uma das mais ricas coleções de arte e antiguidades do mundo. De construção recente, são as duas pirâmides metálicas situadas à sua frente, próximas da entrada. Sob a pirâmide maior, amplamente divulgada através do filme “O Código Da Vinci”, fica o que pode-se com propriedade chamar de centro nervoso da rede de visitantes. Todas as bilheterias estão ali dispostas para auto-atendimento. Há centros de informações, cafés, lanchonetes e restaurantes, depósito para casacos e sacolas, toilets, book shoppings e até um auditório. A quantidade de visitantes é sempre imensa. Entretanto, os espaços internos e externos ao Louvre são tão vastos, que não temos a percepção de aglomerados. Foi também o que observei em Roma, com relação ao Museu do Vaticano. Como é impossível ver todo o Louvre em apenas um dia, o preferível para quem não queira voltar, é definir previamente o que deseja visitar.
O louvre está organizado em três Seções, e abrimos mão de visitar a terceira delas, a Seção Sully. Conseguimos ver de passagem, na Seção Richelieu, as esculturas francesas, não tão de passagem algumas esculturas francesas específicas de mortuários, vimos os aposentos de Napoleão III, e mais detidamente a parte referente às antiguidades Gregas e Egípcias. Oportunidade rara de ver peças do século VII a.C. como os capacetes de soldados dos exércitos de então, a coleção de fivelas para cabelo egípcias além de um sem número de utensílos domésticos os quais miraculosamente chegaram aos dias atuais. Terminada essa etapa, mudamos para a, Seção Denon. Na Seção Denon estão as pinturas italianas, entre elas a que tanta notoriedade adquiriu ao longo dos tempos: a Mona Lisa de Leonardo da Vinci. O espantoso Leonardo da Vinci. Como foi que saí? Saí do jeito que se sentem as pessoas, logo depois de se maravilharem: Quieto, calado, pensativo, agradecido, experimentando o estado de completude momentâneo que chamam de felicidade.

Tour Eiffel (em 11 de junho)



A Torre Eiffel em meio ao entusiasmo do seu construtor, o engenheiro Gustav Eiffel, esbarrou na oposição de muitos artistas, escritores e até do arquiteto Charles Garnier – o arquiteto da Opéra.
Ele esteve entre os que assinaram a chamada “petição dos 300”, contra a sua construção. Digamos que ocorreu na Paris de 1889, um movimento precursor do que recentemente acontece no bairro da Boa Viagem em Recife, denominado “abaixo o Parque Dona Lindú”.
Não quero repetir o que já falei sobre a Torre Eiffel. Apenas comentarei sobre o que ela passa a significar, depois que tomando um dos seus elevadores, subimos às suas alturas. Primeiro, a gente fica solidário ao Monsieu Gustav. Depois, não há quem não se maravilhe com a visão de 360º de Paris. Ela surge diante dos nossos olhos, como uma extraordinária maquete, impecável no seu traçado, no seu relevo, e na majestosidade e beleza da arquitetura das suas construções. O frio da noite ensolarada desta época na Torre Eiffel, levou-me a bons goles de vinho enquanto esperei até que por volta das 23 h, a noite finalmente chegasse. As luzes da cidade, ainda acendiam-se aos poucos, quando as da nossa Torre acenderam-se logo de vez! Sabe o que aquilo me lembrou? Lembrou-me foi da “chegada da luz de Paulo Afonso” – da fonte da energia elétrica do nordeste do Brasil. As luzes da Torre Eiffel são amareladas, e acendem junto com luzes esparçadas muito brancas, que depois de piscarem logo apagam. Elas tem a duração dos aplausos acompanhados de exclamações de surprêsa e admiração de turistas de todo o mundo, e de franceses também. A foto acima registra esse breve momento, quando as luzes brancas ainda estão acesas. Aos poucos, muito devagar mesmo, o sol presta sua homenagem ao “Slow Movement”, e deixa que finalmente Paris se ilumine por inteiro. Paris “a cidade das luzes” nos diz “bonsoir” e nós mais vagarosos do que o por do sol nessa latitude, demoramos um pouco mais e aí sim, dissemos “au revoir” a Torre Eiffel. O que pensei enquanto saia? Parabéns Engº Tavinho, muito obrigado, Deus lhe abençoe e aos seus descendentes também.

sábado, 14 de junho de 2008

A Opéra Garnier (em 11 de junho)

Ao entrar logo nos damos conta do quanto tudo é extraordináriamene suntuoso e belíssimo. Os mármores do piso à entrada, brilham como se estivessem molhados.
As escadas logo a seguir, são de uma combinação de mármores multicoloridos, trazidos de diferentes partes da França. A sua combinação com os corrimãos de alabastro, é perfeita!. O conjunto das belíssimas esculturas, lustres e sacadas, formam um todo tão perfeitamente integrado e bonito, que para concebê-lo só mesmo um grande gênio da arquitetura.
De acordo com o que diz o Guia Michelin, desde 1994 o Palais Garnier e a Opéra Bastille tem sido conhecidas como A Opéra Nacional de Paris (ONP).
Quando posteriormente visitei no Louvre os aposentos de Napoleão III, foi inevitável observar a semelhança na decoração do seu interior, com o que vi na Opéra Garnier.
Depois descobri que havia um motivo para isso, não só eram da mesma época, como suas edificações estiveram sob o comando de Napoleão III. Para a elaboração de um projeto para a Opéra Garnier, sob Napoleão III, nada menos que 171 arquitetos submeteram planos. Charles Garnier, um arquiteto desconhecido de 35 anos de idade, foi o escolhido.
A área total do teatro é de 11 237 m² (mais de um hectare), seu palco comporta 450 figurantes. O auditório tem capacidade para 2200 pessoas. Paris é assim! Tivéssemos um ano inteiro só para conhecê-la, e isso não nos asseguraria que fosse possível ver tudo o que ela tem para oferecer de verdadeiramente importante. Quanta história em cada lugar! Lembra da Praça Vendôme? Aquela do Ritz, do Árabe sovina? Fica pertinho da Opéra Garnier. Ao comentar sobre ela, dias atrás, toquei em apenas em alguns poucos dos seus atrativos. Mas ele é também um local para apreciar, lembrando que as edificações ao seu redor, são uma amostra da arquitetura francesa do século 17. No centro da Place Vendôme, onde há uma coluna e em cima dela a estátua de Napoleão III, antes era uma monumental estátua de Luis XIV. Durante a revolução a estátua real foi destruída, e em 1810, Napoleão (não Napoleão III) foi quem construiu uma coluna no seu centro. A coluna tem o núcleo de pedra, e representa os 1250 canhões que foram tomados durante a batalha de Austerlitz. Como Napoleão tinha a mania de fazer, copiou dos Romanos, mandar fazer inscrições militares na coluna, imitando o “modelito” da coluna Romana de Trajano. Por cima disto tudo, a estátua original montada sobre a coluna foi a dele próprio como César. A estátua foi removida para no seu lugar colocarem a de Henry IV, mas só por 100 dias (em 1815). Napoleão reconquistou o poder e uma estátua no lugar, só que dessa vez, mesmo em uniforme militar (não mais como César) e terminou que no curso de novos acontecimentos, a estátua atual não é mais a dele, e sim a de Napoleão III. A Comuna, sempre a Comuna, em 1871, danificou a coluna, pelo que o pintor Gustav Coubert foi responsabilizado, e depois exilado.
E se fossemos nos ocupar de quem morou ali? Descobriríamos que no número 12, o Ritz é número 15, Morreu Chopin, em 1849. O número 16, foi a casa do alemão Dr Mesmer, aquele fundador da chamada teoria do Mesmerismo.
Talvez eu tenha passado de comentários sobre a nossa visita à Opéra para a praça Vendôme, tomando por base a figura de Napoleão III.
Voltando porém à Opéra Garnier, à sua frente e à direita, continua o Café de La Paix. Um dos mais famosos senão o café mais famoso de paris. Terminada a visita à Opéra, talvez tenhamos feito o que milhares de visitantes aproveitam para fazer: tomamos lá uns saborosos cafés e chocolate. Depois de tudo isso, prosseguimos tomando o ônibus do Sightseeing, para desta vez, descermos na parada da Tour Eiffel.

A Igreja Madeleine (em 11 de junho)

Obelisco no centro da Place de La Concorde.

A Igreja Madeleine, dedicada a Maria Madalena, desperta a atenção de quem por ela passa no Sightseeing, por dois motivos:
1º) O edifício é majestoso, e chama atenção por ser a cópia de um templo Grego. Ao seu redor, são 52 imensas colunas de 20 metros de altura.
2º) A sua localização. Ela fica no encontro de Boulevards, e além disso é conectada à Place de La Concorde. Da sua imensa porta principal, vemos há aproximadamente uns 700 m, o obelisco no centro da praça.
Embora haja registros de que a paróquia da Madeleine existia desde o século XIII, a igreja atual ainda não estava construída quando ocorreu a revolução francesa. Depois de um período de avanços e recuos em relação ao seu projeto, somente em 1814, Louis XVIII decidiu que ali seria a igreja Madeleine. Antes disso, sob Napoleão, cogitou-se de ali ser construído um templo à gloria do exército francês. Mesmo depois da decisão de Louis XVIII, admitiu-se de que ali em lugar da igreja poderia ser construído um terminal de trens. O que se pode considerar como as vicissitudes dessa igreja, terminaram com a sua consagração em 1842. O seu pároco foi morto na Comuna de 1871.
O funeral de Chopin teve lugar em Madeleine, em 1849.
Em 1858 Camille Saint-Saëns foi pago para ali tocar órgão, onde terminou compondo as suas mais importantes obras primas.
Visitamos a igreja, quando por ela passamos vindo do Magazine Printemps, em direção à Opéra de Paris.

Magazine Printemps (em 11 de junho)


O nosso segundo dia do Sightseeing foi programado para depois de uma etapa inicial de visitas, que contemplou: O Magazin Printemps, a famosa igreja de Madeleine, e a Opera de Paris.
O Magazin Printemps, é talvez a mais famosa loja de departamentos de Paris, onde seria possível ficar o dia inteiro e deixá-la pensando em voltar. Isso se a intenção fosse olhar tudo que interessasse minunciosamente. Apesar do luxo das suas instalações e do extremado requinte de cada uma das suas secções, a Printemps diferentemente da Harrods de Londres, não chega a intimidar os seres atípicos da sua clientela, assim como eu. E olhe que o dia amanheceu quente e saí de calça jeans e camiseta Hering que eu havia trazido para vestir somente por baixo.
Na mão eu ainda levava uma sacola onde havia escrito ROMA.
Dentro dela uma filmadora, e alguns mapas da cidade e do Metro, além de um manual turístico da Michelin. Digamos que uma sacola de apoio, pois se fizesse mal tempo lá também estariam sombrinhas e guarda chuva.
Visitei a Printemps como se faz a um museu, contemplando por lá belíssimas peças de cristal, e bandejas de prata cujos preços equivaliam a uma passagem aérea Recife-Lisboa-Roma-Paris-Lisboa-Recife. Uma característica observável porém, é que os produtos lá disponíveis, embora todos de excelente qualidade, são na sua diversidade, um apelo a todos os bolsos.
Detive-me na secção que a mim sempre mais interessa: utensílios para cozinha. Gosto de olhar aquelas quinquilharias todas, digamos que aqueles “artefatos”. Sobretudo descobrir as novas invenções de “utensílios” que por serem completamente desnecessárias, jamais fariam falta. No entanto eles existem, porque foram criados, e encontram não só quem os compre, mas quem os use. Isso é muito revelador do grau de sofisticação ao qual pode tender o ser humano, depois que ele consegue atender às suas necessidades básicas.
Não, não comprei nada não! Nem mesmo aquele termômetro de contato, para tomar o vinho sabendo a temperatura.
Da Printemps para a igreja Madeleine, seguimos pela Avenida dos Capuchinhos. Foi quando no percurso vivi uma inesperada situação intimidatória, da qual nem a Harrods de Londres, um dia me foi capaz de submeter. À minha direita, apareceu uma elegante vitrine, de mais uma dessas grandes lojas ali existentes. Talvez que apenas para compor a decoração, havia lá um boné. Coleciono bonés, que costumo trazer de tudo quanto é canto por onde passo. O grau de sofisticação atual da minha coleção, bem que comportaria aquela aquisição. O detalhe do boné estava na aba, que era de um material do tipo PVC, preto. Quase sem sentir eu já estava dentro da loja para comprá-lo. Pense na Rainha Elizabeth entrando no mercado São José, ou o Príncipe Charles no mercado de Casa Amarela ou da Encruzilhada, todos no Recife! É só inverter o absurdo, e você vai entender porque recuei devagarinho, saindo de costas, e pisando quase que no mesmo lugar por onde entrei. Nome da Loja: Old England. Me pareceu uma loja para Lords. O térreo da loja era uma imensidão luxuosa, onde só havia três pessoas para atender. Vestidos como ali estavam, eles bem que poderiam ter comparecido às exéquias da Lady Di em Westminster! E eu de jeans e camisa Hering, o que apesar de tudo ainda poderia até me conferir a condição de um milionário excêntrico. Mas e a sacola azul onde estava escrito ROMA? O tal boné ainda não me saiu da cabeça! Quero dizer: não saiu de dentro da minha cabeça. Afinal, fiquei inibido, e por isso não o comprei! Diante das circunstâncias, eu até pensei no que teria acontecido se eu tivesse ido em frente. Poderia ser que ao perguntar sobre o boné, eles tivessem simplesmente rido muito e depois me dado! Mas e nesse caso, como eu me sentiria? Não por me terem dado, mas por rirem antes! Se pelo menos eu estivesse vestido do jeito que eu estava no dia em que viajei! Mas deixe isso para lá! Vão-se os bonés fica a cabeça. Uma citação local pertinente se lembrarmos do fim de Maria Antonieta. Aquilo sim, é que foi uma grande tragédia.
Deixarei para comentar amanhã a continuação do passeio. Essa história do boné me perturbou mais, do que ter acabado esse dia, jantando numa Mc Donalds. Foi a conseqüência de voltarmos para o hotel depois da meia noite, quando os restaurantes embora ainda abertos, não mais atendiam. E se depois de tudo isso, algum argentino passou lá pela Old England e ganhou o meu boné?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O Sightseeing.


O Metro pode ser considerado um dos melhores meios de transporte para ser utilizado pelas pessoas em seus deslocamentos em grandes cidades. É rápido, seguro e relativamente barato. Essas qualidades o torna preferível sobretudo pela comodidade decorrente da economia de tempo. Entretanto os visitantes de um cidade que desejam realmente “vê-la”, perderão muito de fazê-lo se não utilizarem também outros meios de transportes. Um dos mais recomendáveis são os ônibus. As grandes cidades turísticas do mundo, dispõem hoje de sightseeing tours em ônibus abertos, pelo menos o deck superior, de onde a visão ao longo do trajeto permite uma apreciação privilegiada de todo o trajeto. A tarifa é opcional para um ou dois dias, e o passageiro pode (e deve) descer em qualquer ponto do roteiro e depois prosseguir em outro ônibus do mesmo serviço. Isso ao longo de todo um dia, ou dois se essa tiver sido a sua escolha. Hoje escolhemos iniciar um desses Sightseeing Tour de dois dias, chamado “Paris Grand Tour”. O trajeto foi: Auber – 13, rue Auber, “La Boutique” Printemps Haussmann, Grands Magasins, Ópera, Palais Royal – Comédie Française, Musée du Louvre, Pont – Neuf – Quai dês Orfèvres, Notre Dame, Saint - Michel, Concorde, Champs - Elysées Clemenceau, La - Boétie - Champs – Elysées, George V, Charles de Gaulle – Étoile, Trocadéro, Tour Eiffel, Vauban – Hôtel dês Invalides, Esplanade dês Invalides, Concorde – Royale e Madeleine.
Esses pontos acima referidos, são na realidade, os pontos de parada. O impressionante em Paris, é o quanto pode ser visto de importante e sobretudo de bonito, entre cada um de dois desses pontos consecutivos. É difícil no final destacar apenas uma ou duas coisas que tenham mais atraído a atenção. Nada se pode excluir desse contexto, pois tudo é realmente deslumbrante.
Havia algo em Paris que eu não gostava, mas que percebo agora com agradável surprêsa, que deixou de haver. Era o indisfarçável desagrado dos franceses em relação aos extrangeiros, sobretudo se a comunicação com eles precisasse ser em inglês. Fomos muito bem recebidos aqui, e temos sido muito bem tratados apesar de nossa comunicação com eles ser em Inglês. Hoje por exemplo, uma das lentes dos meus óculos de sol perdeu um parafuso. Fui atendido em uma ótica com muita gentileza, e o problema foi resolvido sem que por isso nada cobrassem. Era somente isso que estava faltando à Paris.
No mais, eu teria o que falar durante horas, sobre o dia de hoje ! Mas é como eu preciso sempre lembrar: isso aqui é apenas um blog.
Para concluir 1: O dia esteve ensolarado e quente. Não foi como no deserto de Saara, mas terminou com o sol queimando a nossa cara. O sol das 18 h estava feito o das 14 h lá em terezina, capital do Piauí. Dezenas de franceses aproveitaram para tirar a roupa e se espichar no chão, em cima da grama dos parques ou às margens do Sena. Igualzinho ao que costumam fazer os Ingleses, em busca da vitamina D tão rara de por aqui se obter, a partir do sol.
Para concluir 2: Caminhando pela Place Vandome, e aprendendo a localização de hotéis para poder indicá-los a você, passei primeiro pelo Hotel Vandome (naturalmente), depois pelo Park Hyatt Paris e finalmente pelo que à frente dele tinha estacionado um Rolls Royce. Este, o hotel onde a Lady Dy estava hospedada quando saiu para o seu trágico acidente: O Ritz. Mas falei isso para comentar algo que não pude deixar de observar. Um milionário com cara de árabe e sua mulher (melhor dizendo: ... e uma mulher), deixava naquele momento o hotel, encaminhando-se para um enorme carro preto, até mesmo os vidros. Antes de entrar, o vi dar uma gorjeta ao funcionário do hotel que abriu a porta do carro para ele. E daí? E daí é que a gorjeta que ele deu foi de umas minguadas moedas de Euro! Eu diria que incompatíveis com petro-dólares (melhor seria dizer os petro-euros) ou qualquer outra origem de uma fortuna.
O que fui levado a observar desse árabe milionário hóspede do Ritz, parece ter sido para nos deixar uma mensagem.
Acho que andamos exagerando nas nossas gorjetas! :-)

Os Verdadeiros Símbolos da Resistência.


Para ilustrar o símbolo da resistência, nada melhor que a foto desse belo casal parisiense. Não me refiro à resistência francesa durante a guerra, e sim a sobrevivência aos degraus que ao longo de seus (talvez) mais de 90 anos, devem ter precisado vencer.
Uhfaaaaa!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Bateau Mouche. (segunda feira 09 de junho)


Navegamos a vontade de barco pelo Sena, “para lá e para cá”. Usamos um serviço de navegação do rio Sena, chamado Batobus. São 8 escalas: Champs Elysées, Louvre, Hotel-de-Ville, Jardin des Plantes, Notre - Dame, St Germain – de – Pres, Musée d’Orsay e Tour Eiffel. Pelo passe de um dia, tem-se o direito de descer em qualquer dos pontos do trajeto, e depois continuar. O site desse serviço na Internet é www.batobus.com.
Tomamos o barco no Musèe d’Orsay, e depois de seguir por todo o percurso, descemos na Torre Eiffel. As maiores atrações turísticas de Paris, encontram-se localizadas às margens do rio Sena. Por isso, o passeio de barco ou o sightseing em ônibus abertos feitos através dessa área, são fundamentais. Quando realizados por visitantes no início da sua viajem, pode contribuir para a sua orientação geográfica em relação aos principais pontos de interesse, e sobretudo permitem uma belíssima visão do conjunto. Em poucos minutos, adquire-se uma visão não só dos oito pontos acima, mas de uma área considerável às margens do Sena, a qual permite apreciar toda a sua riqueza de arquitetura.
A parada na Torre Eiffel, permite sobretudo, admirar a grandeza de uma extrordinária obra de engenharia cujo autor o engenheiro Gustav Eiffel, a planejou e construiu, para a “Exposition Universelle” de 1889. Ela tem 300 m de altura, e quando construída era a torre mais alta do mundo. Pagam-se diferentes preços para ir para cada uma das suas três etapas. Maior a altura, mais caro o ingresso. Há um restaurante que desnecessário seria dizer que “panorâmico”, localizado na sua parte mais elevada. Filas enormes formam-se a toda hora, para os que desejam subir. Há uma opção no mínimo curiosa, para a qual vi também as filas se formar. Se em lugar de subir de elevador o visitante optar por subir a pé, o prêço do ingresso cai vertiginosamente. Principalmente para os mais velhos. Imagino que devesse haver uma idade a partir da qual se oferecesse algum dinheiro para quem realizasse a façanha! Como chamar uma fila assim? A fila dos atléticos? Dos “pão duro” ou dos avarentos? Dos masoquistas?
Os arredores da torre, mais precisamente, a área debaixo dela, não tem aquela mesma energia de Montmartre. Até que a “energia” por lá não é nada apreciável! Talvez que pela sua semelhança simbólica para os franceses que tinham as torres gêmeas de Nova York para os americanos, parece haver por aqui um certo temor de atentados. Vimos alguns soldados portando metralhadoras a passear de cara feia pelo meio do povo, e isso é muito desagradável! De um lado e de outro da Torre Eiffel, há o Pallais de Chaillot e a Ecole Militaire. Uma característica de Paris, é a não economia de espaços. Ambos edifícios, ficam MUITO distantes um do outro. Para ir ao Pallais de Chaillot, sabe-se pela experiência de quem o visitou, que a subida até lá, não vale o esforço para conhecê-lo.
Depois da torre Eiffel tomamos o barco outra vez, para o Musée d’Orsay. De lá atravessamos a pont Royal que cruza o Sena e nos leva ao Jardin des Tulleries. Quanto espaço! A imensidão dos jardins, das praças, os boulevards, são uma característica importante, são uma marca da cidade. O Jardin des Tulleries”, entretanto, não impressiona tanto quanto eu esperava. Por sinal, ele nem impressiona! Apesar de ter sido o palco de acontecimentos históricos dramáticos da França, como as manifestações de revolta popular por ocasião da revolução frencesa em 1789, e também de fatos associados à intentona da comuna em , eu diria que a área anda um pouco descuidada. Mas estando lá, eu senti a grandeza de localização do jardim, quando me sentí “ensanduichado” tendo de um lado o Louvre e do outro, os Champs Elysée – ao final, o Arco do Triunfo. Depois de tomar um sorvete em um dos bares do jardim, batemos em retirada. Eram quase 8 h da noite, e o sol que está se pondo pelas 9 h 30, ainda estava alto! Por sinal, hoje fez um dia de sol pela primeira vez durante a viagem, e não houve quem não sentisse muito calor.
Já com relação a esforços físicos:
- Você sabe quando subir por uma escada a uma altura de até 100 ou até 150 metros não cansa?
- É quando a escada é rolante!

Montmartre (No domingo 08 de junho)


Montmartre é bem ao norte de Paris. É uma área onde na sua parte mais elevada, foi construída a Basílica de Sacré – Coueur. Basílica do Sagrado Coração (de Jesus). Os visitantes que finalmente chegam lá, é porque já caminharam desde o Metro Abbesses, passando por praças e confluências de ruas estreitas, cuja atmosfera é um desafio a que dela possa ser feita uma descrição tão exata, que a ela não venhamos faltar com a justiça. Digamos que de lá não tive mais vontade de sair! E eu havia apenas acabado de deixar o Metro, e apenas despontara em Montmartre. Qualquer um sentiria estar em um lugar muito especial e procuraria valorizar os instantes ali, como os de um momento inesquecível pela sua rara beleza, enriquecida pelas presenças arredor. Pessoas vivendo um merecido domingo, dia para se alegrarem – assim era o que a mim pareceu! Músicos ao clarinete e pianola, tocavam com muito gosto no meio da praça, clássicos populares franceses. Alguns eram da “Belle Époque”. Quem à uma proximidade respeitosa deles os escutava, maravilhava-se aplaudindo-os ao final de cada execução. Havia também na praça um belíssimo carrossel e sobre as crianças, elas “criançavam” a valer, bem próximas dos seus limites extremos. Mas terminamos prosseguindo, para logo perceber que aquela atmosfera está presente em todo caminho na direção do Sacré-Coueur. Não mais que a uns 100 metros dali, há um “Funicular” que nos evita subir os incontáveis degraus, que nos separa das alturas onde se encontra a altíssima Basílica do Sacré-Coueur, cujo campanário tem a altura de 80 m.
Não é uma construção antiga. A idéia de construí-la é posterior ao desastroso resultado para a França, da guerra Franco-Prússia de 1870. Católicos franceses comprometeram-se em levantar fundos para construí-la no topo da colina de Montmartre. A sua construção, no estilo neo-romano-bizantino, foi iniciada em 1876. A sua construção foi concluída em 1914 e, a sua consagração ocorreu em 1919. Na realidade aquele “Funicular” nos transporta do profano ao sagrado. Lá em cima, é claro que fora do Sacré-Coueur, ainda é Montmartre e há degraus em abundância. Pessoas ainda aglomeram-se sentadas, e há artistas populares exibindo-se bem alí. Homenagens de guitarristas ao Jimmie Hendrix, de um vocalista ao Elvis Presley, e até uma banda se exibindo ao som de “Satisfation” dos Rollig Stones. Montmartre é um lugar dito de contrastes, também por esse aspecto. Ao cruzarmos a porta da Igreja, naturalmente que depois de subirmos muitos outros degraus, aconteceu que estava sendo iniciada uma missa. Os 60 minutos seguintes, esses sim, foram indescritíveis, porque o sagrado a gente não sai contando! A grandiosidade do interior da Basílica. A reverência dos que estavam lá pelo ato religioso. O coral angelical composto só pelas freiras afinadas. A escolha das peças que foram executadas pelo organista em um órgão de som magistral. Os acordes finais? Foram gravíssimos! Pense nisso! Ao final, o celebrante e dois auxiliares, um deles com um turíbulo do qual exalava incenso, vieram em minha direção. Foi aí que fui acordado, para vê-los passar. Tive uma ligeira sensação de “Tô que tô, onde é que tô”. Mas num instante retomei a minha participação inicial. Aquela antes de adormecer. E gostaria de dizer que achei muito bom, gostei de verdade. Desculpem a irreverência, que pode haver no que vou revelar: já assisti missas horríveis! Mas, faz dez anos que assisti também, meio que sem nem saber, vindo a descobrir somente do meio para o final, uma missa celebrada na imensidão da Basílica de São Pedro, pelo Papa João Paulo II (a propósito, dessa vez fui a Roma e não vi o Papa). Vocês querem saber uma coisa? A missa que hoje assistimos tem a minha preferência. Digo mais, não importa a sua orientação espiritual ou religiosa, ou até mesmo que você seja ateu. Estar ali e deixar-se envolver pelo lado sacro da atmosfera de Montmartre, o faria provávelmente voltar no próximo domingo. É isso que fiquei desejando fazer! E dessa vez, ficarei acordado até o fim. Até a hora do cheirinho de incenso.

domingo, 8 de junho de 2008

O Museu D'Orsay.

Perfil de Uma Mulher - Toulouse Lutrec.
... e Van Gogh






Os museus em Paris embora pagos, podem ter o custo dos seus ingressos reduzidos, se a compra incluir a visita a dois ou mais museus. Como o bilhete precisa ser usado no mesmo dia, isso diminui o atrativo de aproveitar a vantagem. É que uma visita a museus, é por demais demorada e conseqüentemente cansativa, para que consigamos visitá-los assim “por atacado”. Nossa permanência no museu D'Orsay, foi de aproximadamente umas 3 h. Incluindo o tempo em que sentamos para fazer um lanche no restaurante do próprio museu. Ao lado do restaurante, no último andar do prédio, tem-se uma vista maravilhosa de Paris. O rio Sena, os jardins das Tulherias, o Louvre, e até o Sacré - Coueur, que fica em Montmartre. Sobre o museu D'Orsay, trata-se quanto ao prédio no qual está localizado, do aproveitamento de uma estação de trem – Gare de D'Orsay. Ele abriga obras de arte do período de 1848 a 1914. Uma ponte através do rio Sena, liga o museu ao jardim das Tuileries. Na divulgação do museu, os guias turísticos costumam destacar a pintura de Auguste Renoir: “Bal du Moulin de la Gallete”. Observei que de fato essa é uma das obras que mais atrai a atenção dos visitantes. Mas além dela, a ala mais admirada e que notei causar maior “frisson” , é a dedicada às obras de Van Gogh. Claro que no D´Orsay também estão obras do porte de matisse, Toulouse Lautrec, Cézanne, Manet para citar apenas alguns dos mais famosos! Assistir Van Gogh roubando a cena e imaginar que ele não foi reconhecido em vida, é no mínimo intrigante! Depois de ver tudo, terminei escolhendo para levar para casa, um quadro de Toulouse Lautrec, “Perfil de mulher”. Eu sempre escolho alguma coisa depois de visitar todo um museu. Claro que escolher é livre escolher. É só escolher! Sabe que nem tenho idéia do quanto esse quadro valeria se leiloado da Sotheby's de Londres? Certamente que alguns milhões de Euros. Bom! Mas não voltei de mãos abanando. Encontrei duas reproduções de pinturas de Van Gogh, que essas sim, já estão dentro da minha mala. Elas são a primeira e, a terceira das telas de Van Gogh que aparecem acima.



Sobre os Arredores do Hotel.

Nosso hotel não pertence ao roteiro turístico da cidade. Ele fica em um bairro elegante, onde na mesma rua em que estamos hospedados, vi há pouco o anúncio de um apartamento de 3 quartos, de apenas 70 m², por 620 000 Euros. (Um euro vale hoje aproximadamente 2,60 Reais). Há uma rua transversal a do hotel, situada a apenas uns cinqüenta metros, a rue Daguerre, repleta de vida. Aqui temos a atmosfera de Paris, ao alcance da mão. O músico que toca Vivaldi ao violino à espera de alguns trocados, as casas de vinhos, os crepes deliciosos, as livrarias e os mais variados restaurantes. Tudo isso bem pertinho do metro Denfert Rochereau. A parir dele, temos acesso fácil aos principais pontos de interêsse de Paris. Foi de lá que fizemos hoje o nosso primeiro passeio, ao Museu D'Orsay.

A Chegada a Paris (Em 06 de junho)



Imaginem uma Ferrari estacionada na baixada fluminense, e depois um pequeno carrinho Smart na Vieira Souto. Pois bem, essa a idéia que posso lhe dar, da diferença entre o nosso hotel em Roma, e em Paris! Mas resolvi que mesmo sem dispor de internet no quarto, daria um jeito para continuar postando registros sobre a nossa viagem. Roma - Paris é um vôo 30 minutos mais curto que Lisboa – Roma. Respectivamente 1 h 50 e 2 h 20 de duração. A chegada no aeroporto Charles de Gaule, nos obrigou a um trajeto de taxi até o hotel em que estamos, o qual atravessou toda a cidade de Paris. O dia da nossa chegada aqui, não teve grande semelhança com o dia da nossa chegada em Roma, ou mesmo em Lisboa. Precisei enfrentar alguns “problemas administrativos” em relação a nossa reserva no “Hotel des Voyageurs”. De certa forma, a vida não é uma linha reta, e viajar faz parte da vida. É natural que viagens apresentem altos e baixos. Os imprevistos são inevitáveis, mesmo que prevenidos pelo mais cuidadoso planejamento. A minha prática regular da meditação transcendental, a minha adesão incondicional ao “slow movment”, entre outras “cositas” mais, ajudaram-me a virar essa página em grande estilo. Depois de desse limão fazer uma limonada, partimos para o nosso primeiro passeio, que foi ao Museu D´Orsay.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Ciao Roma.

Já posso dizer que fui afortunado na programação de cada detalhe da nossa viagem para cá, pelo menos até essa etapa atual. Tudo tem se concretizado da forma desejável. Satisfiz todas as minhas expectativas. A internet me permitiu a visão geral do que era disponível em Roma, em termos de hotéis. A escolha do Vatican Holiday Hotel, baseou-se na opinião de algumas dezenas de hóspedes. Aqui chegando, pudemos após nove noites hospedados neste hotel, confirmar as opiniões mais favoráveis. Suas acomodações são em área central, "em cima de um Metro" (a estação Otaviano - Musei Vaticano). Fica a aproximadamente 150 m do museu do Vaticano, e a uns 350 m da praça de São Pedro. Nos seus arredores há o Restaurante Júlio Cesar, de excelente qualidadee onde há deliciosos sorvetes. Também tem o Miani, lugar onde o hotel serve aos seus hóspedes o café da manhã. Ele é também recomendável para um excelente jantar. Se você vier à Roma, poderei com grande satisfação, lhe dar dicas adicionais. Claro! os hotéis realmente mais aconselháveis, são aqueles do porte de um "Palace", "Majestic" ou "Sofitel". Mas se você assim como eu, por uma questão de humildade preferir os mais accessíveis, FALE COMIGO. Foi maravilhoso estar em Roma e viver essa atmosfera especial que encontramos aqui. Minha nutricionista me disse para esquecer as restrições alimentares e aproveitar os cardápios para valer! Seguí a risca o que ela prescreveu. Nunca foi tão fácil seguir uma recomendação. Hora de fazer dieta, é hora de fazer dieta. Hora de cair na gandaia, é hora para ser feliz! Integralmente. Amanhã, dia 06/06, às 13 h daqui (8 h no Brasil) , estaremos indo pela Air France para Paris. Escolhí hotéis com internet wireless para não ter que me desplugar. Não duvido nada, que continuarei on line durante a nossa próxima etapa da viagem.
Clique no título acima (Ciao Roma), e o link lhe mostrará o que há no jeito italiano, que por ser tão parecido com o nosso, nos faz sentir em casa enquanto estamos por aqui.




quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Touro Ferido e o Ex-Prefeito de Madrid.

Gente VIP madrilhena, que ainda sente atração pelo massacre de animais, foi surpreendida pela corrida para cima de sí, de um touro ferido na arena. Vê-se pelas expressões, que as mulheres riem! Primeiro por acharem-se fora do alcance do animal. Segundo, porque não demonstram a menor preocupação pela sorte dos senhores mais abaixo, os quais estão totalmente expostos. Repare na expressão que eles tem no rosto! Principalmente o segundo à esquerda - ex prefeito de Madrid - Alvarez del Manzano. Você recorda de já ter visto em um político uma expressão mais sincera? Afinal, não há nada mais sincero, do que o medo! :-)))

A Volta ao Coliseu.

Algumas horas dentro do Coliseu, com o olhar atento à sua riqueza de detalhes, termina sendo uma tentativa de reconstituir na nossa mente, a sua época de explendor. Sem dúvida uma obra de engenharia fantástica para a sua época. Havia até como inundar a arena, para a realização de combates navais. A platéia era disposta de modo que pessoas da alta elite social da Roma Imperial, tinham seus lugares marcados em uma espécie de gelo baiano de mármore. Eles eram dispostos, à frente dos seus assentos, separando-os da Arena. Um destaque bem maior que aquele conferido por um simples número em uma cadeira cativa! Quanto a plebe, é isso mesmo, ficava "na geral". A extratificação social, levava a que entre esses dois extremos, houvesse uma gradação - digamos que vários tipos de arquibancadas. Do alto do Coliseu, é belíssima a vista que se tem do Palatino, do Forum, do Arco de Constantino e até do Arco de Tito que fica na Via Sacra. A Itália perdeu para a França o primeiro lugar como país de maior apelo turístico, e hoje ocupa um inaceitável quinto lugar! Isso porém pode ser compreensível, se admitirmos que muito ainda pode ser feito para melhor satisfazer aos seus visitantes, no tocante as informações sobre os seus principais locais históricos. No mais, pelos aspectos da hospitalidade, da gentileza no atendimento, da expontaneidade, alegria e cordialidade, os italianos parecem acostumados com a grande turba de turistas que engordam as filas e lhes proporcionam um excelente fluxo de caixa. Amanhã será o nosso último dia em Roma, e ainda haverá tempo para mais algumas andanças, depois que arrumarmos as malas. Na sexta feira iremos para Paris.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Eu Já Sabia!

03/06/2008 - 22h06

Obama será o candidato democrata à Casa Branca,

diz CNN - Publicidade
Colaboração para a Folha Online.


O senador por Illinois
Barack Obama alcançou a marca dos 2.118 delegados nesta terça-feira, quantidade suficiente para se tonar o candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos e enfrentar o provável candidato republicano, John McCain, nas eleições gerais, segundo contagem da rede de televisão CNN.
A emissora chegou ao número somando os delegados eleitos comprometidos com o senador e os superdelegados que anunciaram o endosso. No entanto, o apoio dos superdelegados somente será oficializado durante a Convenção Nacional Democrata, em agosto.
Obama obtém 2.118 delegados e será o nomeado, afirma CNN
Até o momento, o senador Obama possui o apoio oficial de 1.748 delegados eleitos, contra 1.624 da rival pela nomeação,
Hillary Clinton.
Vários superdelegados anunciaram apoio a Obama ao longo do dia, entre eles o representante (deputado) James Clyburn da Carolina do Sul, o terceiro membro democrata em importância na Casa dos Representantes, que incentivou outros superdelegados a fazer o mesmo para que o senador possa encerrar o processo da nomeação até o fim do dia.
"Hoje, o processo das primárias se aproxima de um fim", afirmou Clyburn em entrevista para a rede NBC de televisão. "Eu acredito que chegou a hora de todos os delegados não comprometidos tomarem sua decisão", acrescentou.
O ex-presidente Jimmy Carter (1977-1981) irá apoiar Obama assim que as primárias de Montana e Dakota do Sul terminarem, segundo informações do Centro Carter.
Mais dois Estados realizam primárias democratas nesta terça-feira --Montana e Dakota do Sul-- e colocam 31 delegados em jogo.
A também pré-candidata Hillary Clinton anunciou em conferência com membros do Congresso de Nova York que estaria aberta a se tornar vice-presidente na chapa de Obama. Mas o comitê da senadora afirmou que ela não pretende desistir da corrida pela nomeação ainda nesta terça-feira.
"A disputa pela nomeação vai até quando alguém chegar ao mágico número. Isso não ocorreu hoje e não é isso que a senadora [Hillary] Clinton vai falar nesta noite", afirmou o presidente da campanha de Hillary, Terry McAuliffe à rede CNN de televisão.
Mais de 150 superdelegados ainda estão indecisos, e uma vitória de Obama nas primárias de Montana e Dakota do Sul --que é esperada segundo as últimas pesquisas-- pode incentivá-los a anunciarem o apoio ao senador.
Um grupo de 17 senadores democratas não-comprometidos com nenhum dos pré-candidatos se encontraram na tarde de hoje para discutir um possível apoio a Obama.
Eles se reunirão novamente amanhã, mas não devem anunciar sua decisão antes da noite de quinta-feira (5), segundo um colaborador do Senado.




That´s it!


Espero que Monteiro Lobato não tenha acertado tudo, e que B. O. seja o que dele se espera!


Museu do Vaticano - Piazza dei Fiori.


Museu do Vaticano. Um dos maiores museus do mundo. Mesmo sendo o nosso hotel muito próximo a ele, ahhhh!!! Quanta fila! Fila quilométrica. Esse tipo de fila que intimamente, classifico de modo impronunciável! Mas as filas para os que estão a passeio, andam rápido! Principalmente se enquanto na fila, nos permitimos observar os arredores. Que tal um quilômetro de fila, durar apenas 32 minutos? Não é tão ruim! As filas por aqui até que andam ligeiro. Uma vez chegando à entrada, o interessante é que toda aquela muldidão se dilue! O interior do museu, é tão amplo, tão imenso, tão vasto! Deparamo-nos inicialmente com o equivalente de uma inspeção típica de aeroportos. Segurança em primeiroo lugar. Depois, começamos pela visita ao setor do museu que inexistia há dez anos. Arte Cristã da antiguidade. Nos esbaldamos! Olhem, como não é mesmo possível compartilhar as coisas na sua totalidade, preciso limitar-me a dizer que aí ficamos por umas duas horas. Entre tantas outra coisas, foi delicioso ver de perto sarcófagos, iluminuras e esculturas, desde alguns séculos antes de Cristo, até o século IV. Alguns sarcófagos são de anônimos. Anônimos? Anônimos sim, porém que alcançaram 2500 anos à frente. Você sabia que houve Crescencius que passou 55 anos 5 meses e 5 dias casado com a mesma mulher? Ele encomendou um sarcófago para os dois. Crescencius porém terminou morrendo muito depois da sua amada, aos 101 anos!!! Pode ter sido muito ruim para ele sobreviver a ela! Além disso, bustos de marcus Aurélio, Julio Cesar, do Filósofo Sófocles... As esculturas de anônimos! Como gostei de vê-los. Saber como eram! Intercalamos essa etapa com um almôço no próprio restaurante do museu. Prosseguimos com tantas outras coisas! O objetivo final foi a "Capela Sistina". Nós a alcançamos depois de uma longa jornada! O museu do Vaticano é realmente magnífico! Quando pensamos que chegamos ao "término", abrem-se novas galerias. Simplesmente fantásticas! Um desafio! As pinturas de Raphael! As obras de Michaelangelo e, de Leonardo da Vinci!

Igreja Católica! Apostólica Romana! Sou tão crítico dela!

Eu, que minha mãe pretendeu que me tornasse um coroinha!

Isso porém nunca deu certo!

Como devo ter decepcionado a minha mãe!

"Quia tu és Deus fortitud Ó méa. Quare mi repulist et quare tristes incedus dum afligis me inimicus".

... Meu pai porém, quando eu estava pronto para ajudar missas, foi quem disse:

Você não vai.

Esse padre é um explorador.


Ele paga muito pouco!

Valeu meu pai! !!

Alcancei o espírito da coisa!

Me identifico muito com você.

Voltando porém ao ponto.

"La Chieasa Cathólica", em meio aos seus erros, foi a responsável pela preservação dos objetos de arte, que de outra maneira jamais teria alcançado os nossos dias, e a nós tornado possível delas usufruirmos.

Para concluir, algo também me impressiona.

Nossa viagem é sobretudo, uma homenagem a D. Isa, mãe de Sylvia, quase 81 aninhos, que trouxemos para aproveitar dessas belezas.

Subir três das sete das colinas de Roma, é pouco em relação ao que foi o dia de hoje. Oito horas em pé para ver as maravilhas do museu do Vaticano, esperando em fila, subindo e descendo longas escadas, para depois, após um breve descanso, jantar alegremente no "Campo Dei Fiori".

Campo dei Fiori!

No meio da "Piazza", a estátua do sobretudo filósofo Giordano Bruno.

No mesmo lugar onde ele foi queimado pela inquisição.

Também alí, na "Curia de Pompeu" junto a sua estátua, Júlio César terminou assassinado.

Não há resquícios do prédio e quase nenhum da estátua de Pompeu.

E foi alí que há pouco, sentei à calçada do restaurante Bacanale, e comí e bebí!

Como pude?

O Sexto Sentido.

Uma Volta ao Mundo, Dançando!