O comentário a seguir é de Robert L. Wolke, autor de "O que Einstein disse a seu cozinheiro".
"Não esperam que você cheire para verificar as evidências de mofo. Isso é raro hoje em dia. Além disso, quando despejam uma pequena porção de vinho para a aprovação de monsieur ou de madame, algumas giradas dirão tudo o que você quer saber. Se o vinho tiver cheiro e gosto bom, quem se importa com o cheiro da rolha?
Se você tiver um irresistível impulso de cheirar alguma coisa, cheire o copo antes de servirem o vinho. Se ele tiver cheiro de desinfetante ou de sabão, ou de qualquer outra coisa, aliás - copo limpo não tem cheiro -, peça outro copo, quer dizer, a não ser que você tenha pedido uma garrafa de vinho de má qualidade; nesse caso, um pouco de sabão poderá ser uma melhoria.
Você poderia, no entanto, dar uma olhada geral na rolha, para ver se está molhada (e manchada, se for vinho tinto) até a metade. Isso quer dizer que a garrafa foi guardada apropriadamente de lado, com a rilha sendo constantemente molhada para uma selagem hermética.
Historicamente, a apresentação da rolha ao cliente pelo dono do restaurante devia-se a um motivo inteiramente diferente do que aspirá-la em busca do cheiro de rolha. Essa é uma prática que começou no século XIX, quando comerciantes pouco escrupulosos desenvolveram o costume de fazer vinho barato passar por vinho caro. Os produtores de vinho começaram a combater essa prática imprimindo o seu nome na rolha, para provar a autenticidade. E é claro que a garrafa era, e ainda é, aberta na presença do cliente.
Hoje, em vez de se arriscar a insultar um bom restaurante cheirando a rolha ou pondo os óculos de perto para examiná-la, o melhor conselho é simplesmente não tomar conhecimento dela. Eu gosto de ficar brincando com ela durante os intervalos entre os pratos, ao passo que, nos velhos tempos, eu constumava acender um cigarro."
Nenhum comentário:
Postar um comentário