É mesmo extraordinário o que acontece hoje nos Estados Unidos, no campo eleitoral para a disputa da presidência. A guerra interna ao partido democrata, já perdura por meses, e continua indefinida. Ninguém duvidava até pouco tempo atrás, que Hillary Clinton tinha as chances maiores de obter a indicação do partido democrata. Observadores locais, admitiam que o seu rival Obama apesar de despontar de forma promissora, teria que aguardar a sua vez, em alguma outra eleição no futuro. O desenrolar dessa disputa tem sido acompanhado com grande interêsse, por todo o mundo. Pelo que sei, melhor dizer que mais do que interêsse, há principalmente na Ásia, África e na Europa de hoje, um verdadeiro entusiasmo. É o caso de países como Indonésia, Kênia, Inglaterra, e para mim é surpreendente constatar, que também Portugal! A briga interna há muito descambou mais para o "tipo morro" e menos para "Sorbonne". Divulgações rasteiras de fatos eleitoralmente exploráveis pelos inescrupulosos sempre presente, pipocam a toda hora. Recentemente foi amplamente divulgada pela mídia americana, uma declaração do pastor da Igreja na qual casou o Obama, e até pouco tempo seu amigo e "conselheiro espiritual". Ele dizia que os ataques de 11 de setembro de 2001, foram uma represália à política externa dos Estados Unidos.
Dizer isso foi considerado péssimo para Obama, e ainda muito pior, outras declarações cuja veracidade era discutível, e de conotação racista.
A expectativa pelo resultado das prévias de ontem (Indiana e Carolina do Norte), era constatar o efeito do rumo das campanhas, face as últimas denúncias e acusações. Só para se ter uma idéia do grau de incerteza que observei em torno dos resultados, o jornalista Sérgio Dávila, que cobre as eleições americanas diretamente de Washington (http://sergiodavila.blog.uol.com.br/), disse que aquele seria o dia do "Tudo ou nada". As apurações começaram, e pelas primeiras projeções ele afirmou: "No dia do tudo ou nada, deve dar nada". Terminadas as apurações e pelos comentários "a posteriori", a verdade é que deu alguma coisa sim! Obama saiu fortalecido, porque a margem de vantagem de Hillary que ganhou em Indiana foi pífia, apenas 2% , muito aquém dos 5% previstos nas pesquisas. Como se isso não bastasse, na Carolina do Norte a Vitória de Obama teve uma margem de 14 %, e portanto bem maior do que a esperada. A rigor, previa-se equivocadamente, um resultado apertado. Por tratar-se de um grande estado, o peso dessa vitória, lhe foi amplamente favorável.
Conclusão? Disse o jornalista Sérgio Dávila, que o partido democrata não esperará pela convenção marcada para o final de agosto, no Colorado, para só então anunciar o candidato. Eles baterão o martelo, no dia 04 de junho, um dia após a realização das duas últimas prévias, e portanto apenas três dias depois do meu aniversário. Aí sim, o que pareceu uma guerra, vai virar apenas uma batalha, se comparada com o que virá depois. Pronto.
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