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domingo, 19 de abril de 2015

Crescer e Acreditar - Ato III (3/4)




A foto que usei para ilustrar essas reminiscências, mostra como éramos ao cursar o terceiro ano ginasial, no ano de 1960.

A fotografia faz assim! Ela rouba uma nesga do tempo. O faz quase como que por vingança. E o eterniza! 

Numerei cada um de nós, e fiz um exercício de memória ao tentar nomear. Valia relembrar mesmo pelos apelidos, seja lá quais fossem.

Mas não cabem na foto todos os colegas do Nóbrega de quem me lembro! Nela não estão: Oscar, Henrique Fürusteck Notari, Guilherme e Henrique Bastos, Fernandão, Leonildo, Petrônio, Alfredo, Romangeira, Piu, Pepino, Gildo Neves Batista, Stanley Michausky II, Marcelo Lobinho e tantos outros.

Os presentes na foto são:

1- Carneiro Leão

Certo dia, ao reconhecê-lo na autoria de um livro, tratei de ler. Escreve também para jornais. É um excelente contador de histórias e escritor.

2- Alceu Valença

A música popular nordestina e brasileira não seria a mesma sem ele! No colégio gostava muito de jogar basquete. Acreditou sempre no seu talento artístico. E houve uns tempos, antes de encontrar o pleno sucesso, que tinha uma parceria com outro artista da região, no campo musical, Tiago Araripe. Formou-se em direito mas tornou-se mesmo um grande artista, cantor, compositor e, recentemente, cineasta.

3- José Maria

Lembro que nadava muito bem! 

4- Airton Guedes Alcoforado (professor de matemática)

Que tive o prazer de rever anos passados, quando me disse mais uma vez que "a recíproca é verdadeira".

5- Padre Lyra

Não só os índios, mas também os grandes personagens, costumam ganhar um adjetivo para acompanhar-lhes os nomes. E desse modo revelar um pouco mais de si. Assim, temos: Touro "Sentado", Alexandre "O Grande", Aníbal "O Conquistador"... Quem sabe ao padre Lyra, nas suas funções acadêmicas, lhe coubesse chamar: padre Lyra "O Severo".

6- Alexandre da Fonte.

7- Pedro Cansanção

Pense numa pessoa alegre! Tinha sempre um sorriso estampado no rosto. Soube que é empresário em Alagoas, e que mantém essa característica.

8- Jerônimo

Sinônimo de atleta. Jogava muito bem o futebol, mas não somente o futebol, pois tinha grande habilidade para os esportes em geral. Soube que já faleceu.

9- Leonardo Lins Cavalcanti

Foi meu contemporâneo no Nóbrega, e também na Chesf, empresa onde exerci a minha profissão de engenheiro eletricista. Um dia, ao me encontrar, depois de ambos aposentados, comentou que ao me ver, era sempre levado a recuar aos tempos do Nóbrega. Embora tendo se aposentado da Chesf, Leonardo continua a trabalhar na área da engenharia elétrica, enriquecendo, e como,  os quadros da Eletrobras. Atualmente mora no Rio de Janeiro.

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11- Dario

12- Pedro Lagreca

13- Marcos Ferraz

Embora não tenha nunca mais reencontrado Marcos Ferraz, sei que ele está bem. Conheci o irmão dele, Alexandre Ferraz, que me deu notícias.

14- José Jucá Júnior

Minha presença no Nóbrega, estranhamente decorreria de um fato acontecido a 800 km dali, antes mesmo de eu ter nascido. Devo-a em primeiro lugar ao tio avô Tonho, do sítio São José, no Cariri do Ceará. Ele chamou seu filho Pedro, e disse: meu filho, amanhã acorde cedo! O trem para Fortaleza sai do Crato de madrugada. Você vai nele, que é para estudar para ser padre. Padre Pedro se ordenaria jesuíta, e até criaria o Departamento de Psicologia da Universidade Católica de Pernambuco, da qual também foi vice-reitor. A minha mãe, através dele, já que eu atendia tão bem a todos os requisitos, conseguiria uma vaga de bolsista pela qual lá estudei. É muito estranho como fatos que aparentemente nada têm a ver conosco podem influenciar as nossas vidas!

15- Belo

16- José Maria Pereira Gomes

Descobri com admiração que José Maria é irmão de "Antonio Pereira Gomes", meu contemporâneo na Chesf, com quem vim a ter maior aproximação após nossas aposentadorias. Costumamos mensalmente nos reunir, juntamente com outros ex-colegas de trabalho e amigos, para almoçar e celebrar a vida.

José Maria é médico cardiologista, e já me disse que será um grande prazer um dia fazer em mim um cateterismo.

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20- Flávio

Lembro que Flávio falava muito, falava alto, e falava ligeiro. 

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23- Afonso

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25- Milton Catoteiro

Reencontrei Milton em um evento social! Conversamos sobre os tempos do Nóbrega, mas não o relembrei desse seu apelido. Atualmente ele mora em Natal. É médico psiquiatra. 

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27- Carrapeta

28- Edson

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30- Saulo 

Vez ou outra, precisei ser atendido na Clínica Ortopédica dos Acidentados, durante o tempo em que tive moto. Certa vez, fui atendido por Saulo, quando então soube que tornara-se médico ortopedista, um dos sócios da clínica, e professor da faculdade de medicina. Não deve ter ficado um único ossinho daquele esqueleto do laboratório que ele não tivesse decorado, ainda menino, e para jamais esquecer. Atualmente está aposentado.

31- Helio Lima Filho

Helio dividia com Leonardo Lins a classificação de melhor aluno da turma. A minha percepção era a de que Helio parecia estudar muito, o que talvez fosse acentuado pela sua aparência sempre estressada. Nisso contrastava com Leonardo, que aparentava calma, e confundia-se com os demais que encontravam tempo para os esportes. Helio Lima Filho abandonou o curso de Direito na metade, quando descobriu que era ainda maior o seu interesse pela medicina. Nunca mais tive notícias dele.

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33- Luiz Otávio Cavalcanti

Também o encontrei em um evento social, e até trocamos uma meia dúzia de palavras. Ele ocupou cargo de secretário de estado durante um dos governos estaduais, e costuma escrever para jornais sobre temas políticos.

34- Francisco Emanuel Soares

Um dia, perguntei a José Maria (Pereira Gomes) por Emanuel, de quem guardei a imagem do "menino diplomata". Um verdadeiro gentleman, era naturalmente articulado e tinha sempre muitos amigos arredor. Em tempos de internet, não demorou para que José Maria nos colocar em contato, e trocamos e-mails! Emanuel mora em São Paulo, e atualmente é um alto executivo da GE.

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37- Luiz Fabiano

Fabiano era filho de uma senhora que trabalhava na secretaria do Nóbrega. Tinha uma irmã e gostava de jogar basquete.

38- Helio Veloso


39- Marcos Pérez Queirós

Ouvi tempos atrás algumas referências ao nome dele, quando foi deputado federal  pelo estado de Pernambuco.

40- Júlio Maranhão

Um dia, ao visitar o Museu do Instituto Ricardo Brennand, vi algumas peças doadas por Júlio Maranhão, e pensei que poderiam ser do Júlio, nosso colega de turma do Nóbrega. Depois eu viria a saber que foram doações feitas por seu pai, já que nosso colega Júlio lamentavelmente morreu muito cedo, de maneira trágica. 



Por fim, o Colégio Nóbrega hoje não mais funciona. Muitos dos educadores responsáveis por seu admirável padrão de ensino até já faleceram.

Resta o imponente prédio, e na sua vasta área, que se expandia para o outro lado da Rua do Príncipe, funciona hoje a Universidade Católica de Pernambuco.

Entre os padres, alguns assim permaneceram, e outros deixaram a ordem, seguindo diferentes caminhos. Se, por um lado, seus quadros por isso se empobreceram, a psicanálise em Pernambuco teve muito a ganhar com a dedicação de alguns deles a esta área.

Certo dia, terminei por reconhecer à frente do Centro de Estudos Freudianos do Recife, a figura que me fora tão familiar no Nóbrega, do ex-padre Ivan Correia, atualmente um psicanalista de fama internacional.

Continua no Ato IV (4/4).

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