Ao clicar no título acima, você será conduzido a um grande Museu.
Demorará um pouco até que você o visite por completo. É assim que acontece com os grandes museus, como o British Museum, Louvre, Museu do Prado, e galerias de arte! Afinal, quantas vezes seria preciso voltar à Galeria Uffizi em Florença ou à National Gallery em Londres, para conseguir distribuir por igual, a sua atenção por todo o acervo? O Museu da Corrução foi produzido pelo jornal diário do comércio (http://www.dcomercio.com.br/), que para tal reuniu uma grande equipe de colaboradores. Entre eles o arquiteto mineiro Rodrigo de Araújo Moreira. Gostaria aqui de o apresentar, depois de tê-lo visitado pela primeira vez. Trata-se de um museu brasileiro, que talvez pela ânsia de inaugurá-lo, surge faltando ainda algumas alas. Trata-se de um museu, digamos que contemporâneo. Eu diria que está voltado apenas para a apresentação "da Arte (criminal) Moderna".
Quem sabe depois, ele possa ser ampliado para recuando no tempo, abarcar até mesmo os escândalos que lembro do meu tempo de criança. Ao final certamente rivalizará em tamanho com os maiores museus do velho mundo. Na década de 60, minha lembrança resgata o nome do principal protagonista de um dos grandes escândalos da época: Moisés Lupion. Logo começaria um período político de exceção, durante o qual, roubava-se escandalosamente, sem provocar nenhum escândalo. Não havia liberdade de expressão. O final da ditadura, foi com uma abertura "lenta, gradual e irrestrita", mas as grandes negociatas ou como passaram a ser chamadas "maracutaias", prosseguiram aceleradas, galopantes e acobertadas.
Passamos então pela fase ainda recente, que viria a ser chamada da "Privataria", da qual os envolvidos resultaram impunes. Os que não morreram, usufruem alegremente em países europeus dos resultados ilegais auferidos. Coube ao Editor Mino Carta, em Carta Capital, relacioná-los nominalmente, adjetivando-os de modo pouco usual em meio a uma mídia nada isenta.
A grande novidade até aqui, tem sido as consequências da revolução digital, que tem proporcionado à sociedade, os meios de pressão não só pela investigação dos casos de corrução, como pelo fim da impunidade.
O aumento da divulgação das informações, a exigência de transparência na gestão do dinheiro público, a disponibilidade de uma nova tecnologia a disposição da Polícia Federal, são elementos novos muito positivos no combate à corrução. Além de tudo isso, não seria justo omitir a disposição política que nasceu de 2002 para cá, de fortalecer a atuação da Polícia Federal, nas investigações.
Concluindo, eu diria que há entretanto algo fundamental que cada um poderia fazer contra esse estado de coisas.
Certa vez, morreu um famoso médico que dedicou a sua vida à medicina social. Assistí uma entrevista da sua filha, na qual ela contou que o seu pai uma vez dissera que a maior revolução que se poderia fazer no Sistema Nacional de Saúde do Brasil, seria atender bem!
Quem sabe para grandes problemas aparentemente crônicos, o grande impulso para sua solução seja mesmo muito simples e ao alcance de todos!
É lembrando disso que eu penso que no tocante ao combate à corrução, enquanto "processos pesticidas" mais complexos se desenvolvem, a maior revolução que se faria, seria votar bem!
2 comentários:
Taí Jucá, tal qual a França que recebe milhoes de turistas para o louvre, Londres para o museu de História natural, o Brasil, finalmente,tornando este museu físico, poderá receber milhões de turistas mostrando o que temos de melhor: o jeitinho brasileiro!! Esse museu da corrução retrata toda a índole de boa parte da nossa gente. Fico imaginando que em vez da pedra roseta poderiamos mostrar o anexo da carta de Pero Vaz onde ele após relatar sobre a nova terra pede ao rei um emprego para o sobrinho!! estátuas de cera também seriam uma ótima!! Tive até uma idéia temática: o visitante que conseguisse burlar a roleta de entrada, ou conseguisse entrar sem pagar,ganharia uma foto no salão de novos corrutos!! passe essa idéia a frente: museu da currupção, o melhor do Brasil é o brasileiro!!
Pois é Elias, tudo isso "seria cômico se não fosse tão trágico." Os problemas culturais são os mais demorados de resolver.
Fico com o que disse o humorista Danilo Gentile (CQC), em um momento de rara seriedade:
"A população deveria se preocupar em educar bem seus filhos, longe da "brasileiridade", assim teremos bons políticos daqui uns 100 anos."
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