O maior laboratório de física do mundo está em Genebra, no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN). É lá que está previsto para amanhã, dia 10 de setembro de 2008, o início da maior experiência física das últimas décadas.
Dois átomos irão se chocar em alta velocidade, e o estudo das suas consequências deverá permitir uma melhor compreensão de como a vida foi criada.
O projeto, concebido faz 30 anos, resultou em sua fase inicial, na construção de um túnel gigantesco que custou cerca de 8 bilhões de dólares, onde o acelerador de partículas foi instalado. O túnel está situado entre Genebra e Cessy (na França) e o custo geral do projeto é de 6,4 bilhões de euros.
Às vésperas do experimento, esperado ansiosamente há 19 anos, e sem que nada de novo ao projeto houvesse sido acrescentado, dois físicos chamados Walter Wagner e Luis Sancho, abriram um processo em corte do Havaí, contra a realização da experiência.
Eles alegam que a experiência envolve o risco de produzir buracos negros que terminariam por engolir o laboratório, e o resto da terra. Sem dúvida um excelente argumento, porque de interêsse geral. Se levado a sério, poderia paralizar campanhas eleitorais importantes, e adiar consultas a dentistas.
Ainda que sem ter informações aprofundadas sobre a questão, isso primeiro me reporta à época em que navegadores enfrentaram o medo de terríveis dragões marinhos e, naturalmente o pavor de alcançarem o ponto longíncuo onde o abismo os engoliria. Afinal, a terra para eles era plana.
Em todo caso, a física quântica é de natureza aleatória e os seus fenômenos probabilísticos. Os opositores da experiência alegam: "Há uma probabilidade minúscula, do grande colisor de Hádrons criar dragões que nos possam devorar".
Tentando encontrar um motivo que embasasse a preocupação dos autores do processo, lembrei-me de uma entrevista à Der Spiegel, de um destacado físico quântico Inglês. Na ocasião ele disse ao seu entrevistador: "Se enquanto conversamos, um dinossauro puser a cabeça naquela janela, isso não me surpreenderia. O fato desse animal ter vivido há milhões de anos, não encontra impedimento nas leis da física quântica, para que ele possa a qualquer momento, reaparecer, entre nós".
Prosseguindo o cientista tranquilizou a todos explicando que embora possível de acontecer, a probabilidade é mínima, para que esperemos por isso!
Sabe-se que Walter e Luis, embora não sejam físicos praticantes, tiveram a sua opinião considerada por importantes físicos praticantes, daí porque pode haver no que disseram, algo de plausível, ou não tão fantasioso quanto a primeira vista possa parecer.
Outra vez pensando probabilísticamente, seriam as chances catastróficas de probabilidade tão pequenas que inútil será contar com isso? Ou seria a probabilidade de algo dar errado rigorosamente zero? Para você isso faz diferênça?
Resta então a você decidir, se autorizaria ou não a experiência.
Um pouco mais e saberemos quem tinha a razão. Ou como diria Caetano Veloso: "Ou Não."
Um comentário:
esperando o dia 11....
hauhauhauhua
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