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domingo, 7 de setembro de 2008

Na Reta Final.

Acompanhar de perto o desenrolar da campanha presidencial americana, ainda que somente durante um mês, ouvir o que dizem os candidatos e perceber de perto o desenrolar das suas estratégias, termina por acrescentar novas impressões àquelas formadas à distância.
Se a alguém fosse pago um único dollar por cada vez que na tv fosse pronunciado o nome de Barack Obama, eis que nos dias que lá passei, certamente eu teria visto surgir um novo milionário.
Bem abaixo do desejável por quem tenha pretensões de ganhar dinheiro, ficariam os que auferissem lucros, na proporção das vezes em que igual menção fosse feita ao Mc Cain.

Entre radialistas republicanos, que ainda hoje continuam a defender a política de Bush com relação ao Iraque, que são contrários a uma possível anistia para os imigranates ilegais e que querem a exploração de petróleo em plataformas marítimas em reservas defendidas pelos ambientalistas, o comum é choromingar.


Defendem o políticamente indefensável, até se virem meio que enroscados nos próprios argumentos. Acusam a mídia de estar “in love” com Barack Obama, e nisso tem toda razão.
Apontam por exemplo, o destaque dado a visita de Obama ao Oriente Médio e à Europa como extraordinário, quando comparado ao que teve McCain quando lá também esteve um pouco antes.

A estratégia de marketing do McCain, resolveu admitir a realidade, e chegou a mostrar Obama falando na alemanha para uma multidão entusiasmada, admitindo-o uma celebridade internacional. Por outro lado, ainda assim, questiona se ele estaria preparado para liderar o país. Foi nesse contexto que Mc Cain o comparou a Britney Spears e a Paris Hilton, dando margem a expeculações maldosas quanto a se comparações desse tipo não poderiam ser atribuidas aos efeitos da idade do candidato republicano.


As referências a idade por um lado e, à falta de experiência por outro, me levaram as lembranças ainda recentes de campanhas eleitorais locais. Refiro-me as recifences e pernambucanas, para nem precisar ir um pouco mais longe!

Candidato a governador e depois a senador já depois dos 80 anos de idade, o político Miguel Arraes de Alencar, costumava lembrar em público os conselhos da própria mãe, ainda viva e beirando saudávelmente os cem anos. O McCain faz coisa parecida! Afinal a mãe dele semanas atrás, foi multada por excesso de velocidade, aos 96 anos!


Quanto ao atual prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva, quando candidato, foi decretado incapaz de governar, sob o argumento de que nunca havia governado antes. Apesar de tudo foi eleito e na eleição seguinte reeleito, tendo obtido reconhecimento mesmo entre os adversários políticos e eleitores de seu opositor, como autor de uma gestão indiscutívelmente acima da média. A sua Dilma Russef chama-se João da Costa, e poderá vencer as eleições já no primeiro turno.


Voltando porém ao ponto, você poderá estar se perguntando: Quem vai ganhar as eleições presidenciais americanas?


De acordo com as pesquisas ainda recentes, havia quase que um empate técnico, sendo muito pequena a vantagem para Obama. Depois veio a convenção democrata, e a vantagem de Obama ampliou para 6 pontos percentuais. A cada dia novos fatos vem influenciar o resultado, para um lado ou para o outro. Os resultados da convenção republicana ainda são esperados, e ao que tudo indica, qualquer prognóstico sobre a influência que terá nas pesquisas, tem boas chances de acertar!


No fundo, o americano deseja algo diferenciado e acredita que Obama atende a esse anseio, na medida em que por paradoxal que pareça, ele é capaz de em muitos aspectos tranquilizar os preocupados republicanos. Por exemplo, na escolha do seu candidato a vice presidente.
Já o McCain, embora não seja um mau candidato, afinal ele é um dos piores republicanos, não empolga talvez sequer a própria famíla o que é bastante compreensível.


Não deixa de ser assustador apesar de tudo, saber que há eleitores que afirmam ter muito medo que Obama ganhe as eleições, e que jamais votariam em um negro. Mais do que ganhar as eleicões, o que já foi previsto pelo escritor Moneiro Lobato há mais de 50 anos, não seria um exagero achar que Barack Obama precisará cuidar-se para se manter vivo e governante, o que infelizmente não foi igualmente previsto.

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