"Tropa de Elite" conquista o Urso de Ouro do Festival de Berlim.
O filme "Tropa de Elite", de José Padilha, foi premiado neste sábado no Festival de Berlim com o Urso de Ouro de melhor filme, durante a cerimônia de encerramento da 58ª edição da Berlinale.
O documentário "Standard Operating Procedure", de Errol Morris, sobre as torturas a presos iraquianos em Abu Ghraib, ganhou o Urso de Prata.
O filme, o primeiro longa-metragem de ficção de Padilha, é inspirado no livro "Elite da Tropa", que narra cenas de violência e corrupção policial no Rio de Janeiro.
Ele concorria com vinte filmes, e a sua receptividade na crítica especializada durante o Festival foi bastante controversa. Gerou desde críticas - principalmente ao seu excesso de belicismo e tom fascista - quando elogios - sendo até chamado de "o novo Cidade de Deus."
Na ocasião da exibição do filme em Berlim, Padilha disse acreditar que os críticos estrangeiros que atribuíram ao filme um caráter fascista foram influenciados por colegas brasileiros que reprovam "Tropa de Elite" desde a sua estréia no Brasil.
Sobre as resenhas publicadas, o diretor afirmou: "Uns nos acharam inteligentes, outros fascistas. Na verdade, não me preocupo com isso".
Quando falou da reação a "Tropa de Elite" no Brasil, o cineasta disse durante o Festival: "Temos uma polícia muito corrupta e muito violenta. A população odeia a polícia, com boas razões. Acho que parte do público tomou o filme como uma vingança contra a polícia, o que foi difícil, porque vingança não é um bom sentimento."
Ressaltando que "tudo o que está no filme, de fato, acontece", Padilha mencionou os traficantes brasileiros como violentos e cruéis. Para ele "já é hora de acabar com essas categorizações entre direita e esquerda, porque o que interessa é o que está acontecendo".
O documentário "Standard Operating Procedure", de Errol Morris, sobre as torturas a presos iraquianos em Abu Ghraib, ganhou o Urso de Prata.
O filme, o primeiro longa-metragem de ficção de Padilha, é inspirado no livro "Elite da Tropa", que narra cenas de violência e corrupção policial no Rio de Janeiro.
Ele concorria com vinte filmes, e a sua receptividade na crítica especializada durante o Festival foi bastante controversa. Gerou desde críticas - principalmente ao seu excesso de belicismo e tom fascista - quando elogios - sendo até chamado de "o novo Cidade de Deus."
Na ocasião da exibição do filme em Berlim, Padilha disse acreditar que os críticos estrangeiros que atribuíram ao filme um caráter fascista foram influenciados por colegas brasileiros que reprovam "Tropa de Elite" desde a sua estréia no Brasil.
Sobre as resenhas publicadas, o diretor afirmou: "Uns nos acharam inteligentes, outros fascistas. Na verdade, não me preocupo com isso".
Quando falou da reação a "Tropa de Elite" no Brasil, o cineasta disse durante o Festival: "Temos uma polícia muito corrupta e muito violenta. A população odeia a polícia, com boas razões. Acho que parte do público tomou o filme como uma vingança contra a polícia, o que foi difícil, porque vingança não é um bom sentimento."
Ressaltando que "tudo o que está no filme, de fato, acontece", Padilha mencionou os traficantes brasileiros como violentos e cruéis. Para ele "já é hora de acabar com essas categorizações entre direita e esquerda, porque o que interessa é o que está acontecendo".
Fonte: Folha On Line
16/02/2008 - 17h05
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