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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Em Direção ao Futuro.

O astrofísico russo Nikolai Semenovich Kardashev, classificou em 1964 em três níveis, as possíveis civilizações alienígenas, com base em padrões de consumo de energia. Nós pertencemos ao nível 1, dos que utilizam combustíveis fósseis e lenhas. Civilizações de nível 2 utilizariam a energia de uma estrela mãe, e as de nível 3 demandaria toda a sua energia de uma galáxia. Quem se interessar pelo assunto, a revista Scientific American de fevereiro 2008 (Ano 6 Nº 69), nas bancas, trás uma excelente visão sobre os nossos primeiros passos em direção a uma mudança de padrão, conforme a classificação de Kardashev. A propósito, a dependência americana do petróleo tem data marcada para acabar. A nova tecnologia está pronta, e envolve a necessidade de investimentos da ordem de Us$ 400 bilhões ao longo dos próximos 40 anos. O plano que seria completado em 2050, permitirá que neste ano, 69% da energia elétrica dos Estados Unidos (e 35% da sua energia total) seja de origem solar. O potencial da energia do sol é inesgotável. A energia do sol que atinge a superfície da terra em 40 minutos é equivalente ao consumo de energia do mundo todo em uma ano. O projeto americano prevê que essa energia custará ao consumidor, o equivalente ao atualmente cobrado por energias convencionais. O Brasil, país tropical, é excepcionalmente dotado de amplos recursos para o aproveitamento de energia solar. O momento atual é de busca de formas alternativas de energia, podendo a energia solar vir a ocupar no futuro um lugar de destaque. Antes disso porém, e como fase intermediária poderá tornar-se indispensável o uso da energia nuclear. Sabe-se que a vida estimada das reservas conhecidas da Petrobras é de aproximadamente 20 anos, talvez um pouco mais após a descoberta recente do campo petrolífero de Tupi, na bacia de Santos. Enquanto isso, do ponto de vista do uso da energia renovável, estamos muito bem situados, pois tem essa origem, 40% da energia usada no país. Enquanto não é possível a utilização de energia elétrica de origem solar, a sua utilização para aquecimento de água para consumo doméstico ou mesmo insdustrial, tem ultimamente tido um crescente destaque. Algumas cidades já usam coletores solares para aquecimento de água, entre elas está a cidade de Betim em Minas Gerais cuja instalção foi incentivada pela Companhia de Eletricidade de Minas Gerais (CEMIG). Recentemente tem sido noticiado que prefeituras de grandes cidades, inclusive Recife, estão prestes a criar incentivos à instalação de tais sistemas de aquecimento solar, concedendo abatimentos no IPTU. Seria recomendável que a exemplo da cidade de São Paulo, fosse tornada obrigatória a instalação de sistemas solares de aquecimento de água para novas instalações. Trata-se da lei 14450 de 3 de julho de 2007, a qual embora ainda não regulamentada, o será brevemente. Considerando que o chuveiro elétrico pode ser responsável por 65% do consumo de energia elétrica de uma residência dependendo naturalmente da região, a economia mensal de energia elétrica que o sistema proporciona, pode ser considerado por sí só um grande incentivo para a sua instalação.

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