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sábado, 30 de outubro de 2010

E Agora, Vamos Todos Votar!



Programa Final do Horário Eleitoral.


Chegamos ao final de mais uma campanha eleitoral para presidente da República.

A necessidade de um segundo turno, reacendeu as esperanças de quem viu de perto a possibilidade maior de perder já no primeiro turno. 


Por outro lado,   pelo menos inicialmente, trouxe uma natural frustração àqueles que estiveram muito perto de ganhar ali as eleições.

Em ambas as etapas, foi confirmado o importante papel da internet, veículo de campanha eleitoral de todos os candidatos. 

Assim como já havia acontecido nos Estados Unidos, a net foi um campo fértil de informações, veiculação de opiniões as mais diversas sobre os candidatos e suas propostas, e até de mobilizações. 


A internet tornou-se uma vez mais, um importante elemento para influenciar o resultado final.

É curioso que assim como ela foi de fundamental importância para o resultado final,  também o foi no primeiro turno, só que em uma direção aparentemente oposta a do segundo. Assim indicam hoje, as pesquisas.

Ficaram muitas lições para ambos os lados. Os adeptos da candidatura do PT, descuidaram-se ao não perceber e não neutralizar a tempo, a onda de ataques de baixíssimo nível, os quais inundaram a rede com mentiras, calúnias e  infâmias.

Por outro lado, a necessidade de um segundo turno, concedeu o tempo necessário para trazer as discussões para o campo da racionalidade. 

Verdades foram repostas, os preconceitos destilados no primeiro turno e as ações fundamentalistas foram discutidas, e as suas motivações foram compreendidas.

Os eleitores que haviam sido confundidos diante de tantas maledicências, puderam finalmente se reposicionar com consciência.

Ao fazerem, como passaram a mostrar todos os Institutos de Pesquisas, e principalmente à medida em que cai o número de indecisos, a vantagem é da candidata Dilma Roussef, à frente com uma margem de 8 a 10 milhões de votos.

Não é verdade que os erros cometidos pelos Institutos de Pesquisa no primeiro turno, comprometam a sua credibilidade para os números agora apresentados. Nenhum Instituto errou ao indicar que Dilma Roussef venceria o primeiro turno.

Somente um fato extraordinário, que certamente ficaria para a história como um exemplo pouco provável de fatalidade, poderá mudar a menos de 15 h para o início da votação, o resultado considerado mais provável.

Diante do imponderável que caracteriza a vida, será sábio manter-se prudente embora confiante, e torcer pelo resultado que desejamos.

Considero que o segundo turno serviu para trazer luz, a muitos fatos que embora documentados e portanto reais, jamais seriam revelados por uma parte predominante da mídia, que mais uma vez aparece como uma extensão do partido do candidato Serra.

Coube a milhares de militantes digitais, através da net, por e-mails, redes sociais, Twitter e inúmeros blogs, divulgá-los. 

Entretanto, considerando a alienação de muitos pela política, a falta de acesso de outros à internet, as posições irredutíveis por motivos irracionais e até as posições conscientes dos que optam pelo jeito já testado do PSDB de governar(?!), existiram dois  aspectos fundamentais que contribuiram para fazer pender a balança.

1. A comparação entre os resultados obtidos pelos 8 anos de governo do PSDB, com igual período do governo do PT. A propósito, uma reportagem da Revista "Isto É", desde ontem na bancas (http://www.istoe.com.br/capa), deveria ser lida e depois guardada, por todos os leitores e eleitores lúcidos, que reconheçam que contra fatos não há argumentos.

2. É uma tremenda força de expressão afirmar, que face a extraordinária popularidade do presidente Lula, ele conseguiria eleger qualquer um que indicasse. Dilma Roussef pode demonstrar a que veio nas diversas oportunidades de enfrentamento com o seu adversário, e conquistou a confiança dos que passaram a conhecê-la melhor. Isso terminou acontecendo, apesar de todos os esforços do seu adversário, de desconstruir a sua imagem.

Por vezes a mim pareceu, que em lugar de entusiasmo pelo candidato Serra, muitos dos seus eleitores sentiam motivação maior em, derrotar Lula.

Quando alguns equivocadamente afirmavam não ver a diferença entre eleger Dilma ou Serra, ressaltavam ainda mais os seus preconceitos, além da incapacidade de enxergar as visões opostas das duas correntes políticas, que põem em jogo  o futuro do nosso pré-sal e da própria Petrobrás. 


É provável que mais uma vez, apesar das dificuldades criadas, o empenho da rede Globo, revista Veja, jornal Folha de São Paulo entre outros, não tenha sido capaz de alterar o resultado natural das urnas.


Sobretudo, vivemos uma perspectiva de campanhas cada vez mais democráticas, a medida que meios mais modernos de comunicação que utilizam a internet, rompem o monopólio da informação tradicional, comprometida com interesses de grandes grupos econômicos, tornando-se  tão poderosos quanto elas.


E finalmente não se pode deixar de considerar, que desta vez, o feitiço virou contra o feiticeiro, em alguns episódios que ficarão marcados na história dessa campanha:


A exploração da questão do aborto pelo candidato  Serra, veio a se contrapor, a descoberta de que a sua mulher Monica Serra, já o havia praticado.


Ao Caso Erenice, sob investigação, se contrapôs o caso Paulo (Preto) Souza, nunca investigado, e por cima de tudo defendido depois de uma tentativa de negativa de sequer conhecê-lo.


E para fechar com chave de ouro, a farsa da bolinha de papel, que além de fazer jus a adjetivação de enganador para candidato, ainda provocou uma crise interna na TV Globo, face a insatisfação dos seus próprios jornalistas com relação a tentativa da emissora de falsificar um vídeo, tornando a emenda pior do que o soneto.


Por último, parece ter ficado a lição de que é ineficaz o apelo à mentira, a sordidez, e a farsa. 


A teoria de evolução de Darwin nos levará ao dia no qual as campanhas serão éticas, para não começarem já derrotadas. 


Melhor usar a inteligência, a criatividade e o humor, do que o contrário.


Tenha pois um bom domingo, 
e que Deus nos livre de Serra!




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