"Nos Estados Unidos, ao longo das suas vidas, mais da metade dos adultos irão sofrer de alguma doença mental".
A afirmação é de Richard Wilkinson e Kate Pickett, autores do livro "O Espírito da Igualdade", ainda não lançado no Brasil.
Igualmente estarrecedores são os dados que apontam para as condições entre a população infanto - juvenil do Reino Unido e dos Estados Unidos da America.
No Reino Unido, um milhão de crianças entre cinco e dezesseis anos, sofrem de disturbios mentais. Isto significa uma em cada dez, nessa faixa de idade.
Nas escolas secundárias com mil alunos, cinquenta delas sofreriam depressão grave, cem estariam angustiados, entre dez e vinte estariam com neurose obsessiva-compulsiva, e entre as meninas, dez a vinte sofreriam de transtorno da compulsão alimentar.
Haveria um número crescente de crianças com problemas de saúde mental, e atualmente mais de um quarto deles se sente regularmente deprimido.
Nos Estados Unidos, tem sido diagnosticado o transtorno do défice de atenção e hiperatividade a 6% da população infanto-juvenil. Uma síndrome comportamental caracterizada por uma grave dificuldade de concentração, impulsividade e agitação.
Dez por cento da população infanto -juvenil na faixa de idade entre os três e dezessete anos, apresentam dificuldades moderadas ou sérias, nas áreas das emoções, concentração, comportamento ou capacidade de se relacionar com os outros.
Entre os adultos, no Reino Unido, o impressionante número de 23% deles apresentam transtôrnos neuróticos, psicoticos ou estão viciados em álcool ou drogas.
Quatro por cento dos adultos apresentam mais de um transtôrno, ao que se denomina de morbidade.
Em 2005, os médicos ingleses prescreveram vinte e nove milhões de receitas para medicamentos anti-depressivos, num custo de mais de 437 milhões de Euros (cerca de um bilhão de Reais).
Nos Estados Unidos, um em cada quatro adultos sofreu de algum transtorno mental no ano anterior, e quase um quarto desses caso foi grave.
Em 2003, os Estados Unidos gastaram cem bilhões de dólares em tratamentos de saúde mental.
Em "O Espírito da Igualdade", seus autores revelam haver encontrado uma relação direta entre o desequilibrio de rendimentos de um país, e as doenças mentais.
Os Estados Unidos, apontado na pesquisa como um dos países onde é maior a desigualdade de rendimentos, apresenta o número mais elevado de doenças mentais.
Cabe ao Japão, país com menor desigualdade de rendimentos, o registro do menor número de casos.
Os países dos quais haviam dados que puderam assim serem utilizados nesse estudo, foram: Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, França, Holanda, Bélgica, Espanha, Itália, Alemanha e Japão.
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