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terça-feira, 1 de junho de 2010

Pompéia

Um dos afrescos melhor preservado de Pompéia.

O GPS ao nos conduzir pelos caminhos mais rápidos, às vezes nos leva a trafegar por partes não turísticas das cidades, e Pompéia de repente pareceu nos transportar às cidades típicas do interior nordestino do Brasil.
Minutos depois porém, a paisagem européia normalizou-se e chegamos ao hotel Piccolo Sogno, no centro da cidade e a apenas 10 minutos de caminhada para as ruínas de Pompéia. 

O ponto alto da nossa estada começaria no dia seguinte, com a abertura dos portões para a visita às ruínas, e terminaria dez horas depois, quando os visitantes mais interessados já se sentiam todos, arruinados pelo cansaço.

A caminhada pela velha e também arruinada Pompéia, começou pelo lado onde mantém-se o seu anfiteatro e alojamento dos gladiadores. Ao seu lado o Large Palaestra construído pelo Imperador Augusto, para proporcionar local apropriado à prática de esportes pela juventude, que a época andava muito dispersa.

Embora funcionasse como um gymnasium para jovens, sabe-se que tinha também uma outra finalidade. Augusto pretendeu  ali reunir os jovens em associações e desenvolver, digamos, um marketing imperial junto aos jovens ainda politicamente inexperientes.


Augusto foi mesmo um danado!


Perto dalí, casas grandiosas, com belos jardins, ao longo da principal rua de Pompéia, a Via dell’Abbundanza.  Tudo isso indica que essa era uma parte menos populosa da cidade, onde moravam famílias mais ricas.

A Via dell’Abbundanza, percorre um longo trecho da cidade, e ao longo da qual nos deparamos com inúmeros pontos de interesse.

Antes um pouco de entrarmos nessa rua, pudemos ver um vinhedo reconstruído no seu local original, obedecendo aos critérios de plantio recomendados em registros históricos da antiguidade, inclusive quanto as distâncias a serem observadas.

Logo no início dessa via, está a imensa casa que pertenceu, a uma mulher ao que tudo indica muito rica, chamada Julia Felix. Uma casa na qual havia até termas! Não longe dalí, quase vizinhos, diz-se que morou o senador Romano que teria sido o primeiro a apunhalar Cesar, o qual juntamente com Brutus terminou exilado, tendo lá morrido. 


As várias imensas e ricas moradias que ali se localizam, inclusive a do casal Paquius Proculus e sua esposa, possuem muitos afrescos, alguns incrivelmente conservados pelas cinzas vulcânicas que impediram a penetração da umidade.

Paquius Proculus e sua esposa, cuja casa era de muito bom gosto, chegaram até nós menos pelos seus feitos ou mal feitos, e sim pela bela e fiel pintura de si mesmos que em boa hora encomendaram a um artista.

Enquanto percorremos além dessas casas as muitas tavernas, uma lavanderia e padarias no local existentes, avistávamos aqui e ali,  a uma certa distância, o vulcão Vesúvio. 


De tão quieto seria difícil imaginar que em momento de zanga, no dia 24 de agosto de 79 d.C. , destruiu tão belo lugar, matando seus 20 000 moradores. 


Como se não bastasse sepultou a cidade sob muitos metros de entulhos, por cerca de 1700 anos. 

De onde melhor se vê o Vesúvio, é da área onde encontram-se os templos. Ele está por trás do templo de Júpiter. Esta área, onde encontra-se o Forum, revela toda a magnificência que teve a cidade.

A propósito, os Romanos ricos tinham vilas fora dos muros da cidade, apreciada pelo seu clima e pela qualidade dos seus vinhos.


 Na Vila dos Mistérios, um desses sítios deve ter pertencido a alguém muito rico e importante. É o que se pode deduzir pelas dimensões das edificações e da área arredor da construção principal, no centro da qual, está uma grande adega subterrânea.

Um detalhe curioso tem haver com as ruas da cidade. Em distâncias regulares, conjuntos de três grandes pedras espaçadas e colocadas em alinhamento, unem as calçadas opostas, propiciando aos seus moradores passarem de um lado para o outro da rua sem nela pisarem.

O motivo, é que as ruas eram muito sujas!

E por falar em sujeira, lembrei de dizer que vimos uma Terma Romana muitissimamente bem conservada, ao ponto de podermos apreciar a forma como a água era para ali trazida, conduzida já dentro do prédio por entre duas paredes.

Ví tudo, penso eu!

Terminou que só me escapou de ir, ao bordel. Há lugares que são temporariamente interditados aos visitantes para restauro, e eis que o chamado também chamado lupanar, foi um desses.

Recomendo a leitura dos inúmeros sites sobre Pompéia, na certeza de que a cidade desperta um interesse universal. Isso é observável pela quantidade de turistas e estudantes das mais diversas partes do mundo.

Entretanto, os jardins reconstituídos de Pompéia, com enormes árvores e ciprestes, junto com as flores, por ser primavera, exalam um perfume que precisamos esperar mais um pouco, para vê-los exalar dos nossos computadores.

Visitemos Pompéia antes que o Vesúvio se avexe de novo!

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