Existe um sentimento por parte dos Italianos esclarecidos, de que as melhores perspectivas para o futuro não estão aqui na Itália, e isso me foi dito por um Florentino.
Um Florentino empresário, que conhece o nosso país e que nos perguntou se morando no Brasil, não percebíamos a rapidez das mudanças que lá vem ocorrendo nos últimos dez anos.
Elas eram na sua opinião significativas e indicadoras de que caminhávamos para nos tornar um país de primeiro mundo.
A itália, me dizia ele, não tem obras! E como exemplo citou que a A1, auto-estrada italiana que no seu traçado de norte ao sul corresponderia a nossa estrada BR 101, foi construida em 1955, para um fluxo diário de 10 000 carros! Trafegam hoje por ela 300 000 carros por dia. Há necessidade urgente de melhorá-la. Os planos para fazê-lo porém, segundo ele, esbarram sempre em muitas dificuldades.
A taxa de desemprego na Itália continua elevada, e a grande quantidade de imigrantes já ameaça com uma futura descaracterização do país.
Penso, diz ele, que chegou a vez do Brasil.
"Quero me aposentar no Brasil". Dizia ele esperançoso, ao mesmo tempo que admitia haver perdido o melhor momento de investir no Brasil. "A atual valorização do Real elimina as vantagens que haviam há 10 anos", diz ele.
E no seu modo vibrante e muitas vezes engraçado de comentar, explicou que estava no Rio de Janeiro durante a Copa do mundo de 94. Foi quando aprendeu a apesar de ser italiano, a torcer pelo Brasil nas finais de Copa do mundo. Ao assistir a vibração dos brasileiros pelo futebol, concluiu: "Esse povo merece".
Apesar da sua visão entusiasmada com relação ao Brasil, penso no quanto ainda temos que avançar, para alcançar a Itália, um país consolidado!
O que pensar sobre as nossas desigualdades, a qualidade do nosso ensino público, da nossa saúde pública e sobretudo do aparentemente insolúvel problema da violência?
O que eu penso, é que se nenhum dos tantos governos que tivemos jamais os resolveu, não significa que jamais serão resolvidos.
Há um ditado popular que aqui é pertinente: "Roma não se fez em um dia".
“Os Miseráveis”, de Victor Hugo, é um romance que se situa nos finais do século XVIII até meados do século XIX. A Paris bela e rica de hoje, não foi sempre assim.
O Brasil de hoje precisa MUITO melhorar.
Desejo que entre nós prevaleça a decência, para que se faça realidade o que hoje começa a ser vaticinado não só por alguns de nós, como até por europeus bem informados.
O Brasil tem um potencial extraordinário, e os países do chamado primeiro mundo há muito despertaram para o papel que ele está prestes a desempenhar entre as nações mais desenvolvidas do mundo.
O que pude constatar é que isso já é conversa "a boca miúda".
Um comentário:
Devido ao desempenho do nosso presidente (ou seria da media) no esterior, a impressao que teem do Brazil e outra, pois infelizmente nao estao cientes do que se passa dentro do Brazil ou com o brazieliro.
Mas e verdade que se nemhum presidente ainda fez esses melhoramentos na saude, educacao e a lista cresce, nao quer dizer que um dia alguem nao o fara. Acho mesmo que o Brazil tem tudo para ser um pais de primeiro mundo, so nao tem ainda um governo mais decente que pense no futuro do pais e do povo ao invez de so em si proprio.
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