Apenas mais um Blog.

terça-feira, 29 de junho de 2010

FIFA à Moda da AVESTRUZ.

Quando no início do século XX os primeiros carros surgiram em São Paulo, assistiu-se a reação dos que contrários a esse tipo de progresso, achavam que aquilo não iria dar certo.

Afinal, para que pudessem circular, seria imprescindível que só  fossem para as ruas,  quando antecedidos por cavalos, a fim de evitar que os automotores pusessem em risco os pedestres.

A resistência às mudanças faz parte da índole humana! Temos medo do desconhecido, e preferimos continuar lidando com o que já estamos habituados.


Você consegue imaginar como será o mundo daqui a cinco séculos? Certamente será bem diferente do atual. As mudanças ocorrerão de repente? As mudanças que nos conduzem a esse mundo futuro, já estão em curso. 


Elas ocorrem em meio a muita resistência a que sejam aqui e ali, implementadas.

A humanidade resistiu às idéias de Copérnico, que mostravam um universo heliocêntrico. Galileu ao reafirmar as idéias de Copérnico, tinha entretanto uma arma infalível para convencer a humanidade. O telescópio. Ele convidou a que olhassem através dele, mas ninguém aceitou fazê-lo. 

Sempre que o avanço na ciência e na tecnologia demandam espaço para sua utilização, as reações às mudanças surgem da parte dos que alegam a necessidade de ter prudência. 

Alguém certa vez afirmou, que "prudência é o medo andando na ponta dos pés". Talvez haja um medo legítimo das pessoas, de que algumas mudanças hoje tornadas possíveis, em lugar de servirem ao homem, voltem-se contra ele, e a humanidade.

Novas discussões no campo da filosofia surgem a cada instante, e exemplos disso são aquelas sobre a clonagem humana, o uso do mapeamento genético  por empresas ao selecionar seus empregados, pesquisas com células tronco, e tantas outras aplicações que a cada dia tornam-se possíveis. 


As questões polêmicas demandam tempo para que possam ser amplamente debatidas, antes de serem aceitas e aplicadas.


Não deveria contudo haver necessidade de reflexões tão profundas, nem demoras excessivas, quando a mudança não trás sérias implicações éticas e morais.


Assim, grandes empresas já reformularam o seu modo de funcionamento, ao permitirem aos seus empregados desenvolverem em casa, o trabalho que antes só poderia ser feito in loco.


Claro que existem outras, impermeáveis aos avanços da tecnologia, que ainda ignoram estas e tantas outras possibilidades, avançando a duras penas, com passos de tartaruga.


Como disse Demenico De Massi, autor de o Ócio criativo, a justificativa para isso está no interesse pessoal de uma hierarquia que pretende manter os empregados por perto, para sobre eles possam exercer as suas necessidades de controle. 


Recentemente ganharam intensidade, os protestos contra a FIFA (Fédération Internationale de Football  Association), que embora não se recuse a usar novas tecnologias, o faz muito tímidamente.


Você sabia? Ao agitar as suas bandeirinha, os juizes de linha pressionam um botão, que faz reverberar o braço do juíz, chamando a sua atenção para a marcação.


Entretanto, lances que põe em dúvida a validade de um gol, tais como se a bola entrou ou não entrou, se o jogador estava ou não impedido. Se usou ou não a mão na hora do lance de gol, precisam permanecer obscuros, ainda que a realidade esteja à vista de todos, não somente nas imagens das TV´s, como dos telões presentes nos estádios da Copa.


Há resistência dos dirigentes atuais em fazer justiça aos prejudicados, ainda que tendo todos os recursos para fazê-lo. De fato, o pior cego, é o que não quer ver, embora haja quem diga o contrário.


Dizer que assim como no futebol é na vida, estendendo ao futebol as injustiças que ocorrem na vida, desconsidera a aplicação crescente das novas tecnologias ao cotidiano.


Cameras de vigilância instaladas em residências já permitiram aos donos a enormes distâncias, evitarem de ser roubados.


Dispositivos que detectam dinheiro falsificado, também são usados a favor dos que de outra maneira poderiam ser lesados.


Por que esconder a realidade e apostar na falta de convicção de um juiz de futebol, a pretexto de preservar as emoções? 


Quem deseja para si a emoção de ser pago com dinheiro falso?


Viva o uso sábio da tecnologia!   

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Brasil: Muito Bem no Ranking!


O consumo excessivo de bebidas alcoólicas no Brasil, de acordo com levantamentos associados à Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, já alcança quase 20% da população.  


Os resultados da pesquisa, cujos levantamentos foram feitos por telefone com uma amostra de 54 000 entrevistados, revelam que entre os homens o percentual dos que bebem excessivamente é de 28,8 %, e entre as mulheres 10,4%.

Comparando apenas os homens, as taxas brasileiras são maiores do que as do Chile (17%), Estados Unidos (15,7%) e Argentina (14%).

Considerando que em âmbito mundial o problema é responsável por mazelas mil, tais como o elevado absenteísmo do trabalho, gastos médicos elevados por parte das previdências públicas, acidentes de trânsito, violência, doenças e desagregação social, a OMS (Organização Mundial de Saúde) vai lançar uma campanha mundial de alerta aos efeitos nocivos do álcool.

Era de se esperar que a partir da calamidade apontada pelas estatísticas, as autoridades terminassem por esboçar  algum tipo de reação. 

Os índicadores de saúde mental e consumo de drogas em todo o mundo, só tendem a crescer.

O problema embora associado às desigualdades sociais (assim como também o é a violência, o consumo de drogas ilícitas e outros...), assume no Brasil, características culturais que favorecem o consumo. 

As pessoas, e principalmente as mais jovens, são levadas a beberem cada vez mais, achando isso normal, porque "todos" assim o fazem! 

Por isso é tão apropriado o pensamento do sábio Indiano Krishnamurti: "Estarmos adaptados a uma sociedade profundamente doente não é nenhum indicador de saúde."

Obs: clicando sobre o título há um link 
para matéria sobre o assundo, 
do UOL - Saúde e Ciência.


domingo, 20 de junho de 2010

Por Aqui é A S S I M !



Não sou tão fã do futebol, quanto a média dos brasileiros. Mas me incluo entre os que assistem o jogo, quando ele é mesmo muito bom.

Nesta Copa do Mundo porém, tem sido difícil "pinçar" bons jogos entre aqueles dessa chamada "etapa eliminatória". 

Talvez no máximo uns dois jogos foram bons, sendo um deles a primeira partida da Alemanha (Alemanha 4 X 0 Austrália) e o recente Camarões 1 X 2 Dinamarca, apontado por alguns comentaristas, como "uma grande pelada", só que no bom sentido. Afinal houve quem o considerasse o melhor jogo da Copa.

Definitivamente, a julgar pelas opiniões em geral, a nossa seleção não ficou bem na foto, depois de vencer por 2 X 1, o seu jogo inicial contra a Coréia do Norte. Era preciso MUITO MAIS

Entretanto, a rigor, somente a Argentina aparece destacada, logo a Argentina, mas não pelos seu primeiro resultado que foi pífio (1 X 0 contra a Nigéria), e sim pelos 4 X 1 contra a Coréia do Sul, na sua segunda partida.

Portanto, um melhor resultado do Brasil hoje contra a Costa do Marfim, nos equipararia em performance, aos argentinos!

Quanto aos demais "favoritos":

A Alemanha que impressionou bem na estréia, perdeu o jogo seguinte para a Sérvia (1X0).

A Espanha, precedida da confiança dos apostadores, perdeu logo na estréia por 1X0 para a Suiça.

A França, praticamente com o pé fora da Copa, além do mal desempenho, ainda enfrenta uma crise interna.

A Itália igual como sempre acontece, segue aos "trancos e barrancos" - perigosamente.... (no momento vai perdendo de 1 X 0 para a Nova Zelândia).

E o que dizer da Inglaterra? Um torcedor inglês não tão fleumático invadiu o vestiário, para dizer aos próprios jogadores, o que pensava deles. Não foram elogios! Ninguém tem tanto empenho para elogiar. Ainda mais com tanta ênfase.

Apesar desse panorama geral, há um enorme rigor na avaliação que se faz da seleção do Brasil e sobretudo do seu técnico. Circulam pela internet grosserias iguais as que são dirigidas por exemplo, ao próprio presidente Lula. 

Tem-se em relação ao desempenho da "Seleção", um grau de exigência que gostaria de ver  direcionado  à solução de graves questões sociais. Ela terminaria por apressar a elevação do nosso IDS (Indice de Desenvolvimento Social). 

Quanto a PAIXÃO, ela já se manifesta às vezes igual, tanto na política como no futebol.
Sacrifica-se a razão na primeira esquina, já que ela não presta para validar as opiniões.

Um excelente comentarista esportivo opinou depois de Brasil X Coréia do Norte, que deveria sair o Elano. Como não entendo bem de futebol, "fiquei na mesma"! Afinal, Elano não é aquele que deu o passe para o primeiro gol e ele próprio fez o segundo? Além do mais ele pareceu tão bem com a vida!

Gostaria porém de perguntar:

Quem você deseja que ganhe a Copa?

Certamente você deseja que seja a seleção que representa o seu País.

Tive porém uma idéia inusitada, e tenho algo a propor.

Certamente uma idéia que encontraria aprovação entre aqueles que um dia receberam o prêmio Nobel da paz, e demais pacifistas.

Eu quero convidar a todos, independente de nacionalidade, a unirem-se a torcida brasileira.

Sim! Eu convidaria a todos os povos, para deixando de lado suas preferência naturais, a torcerem pelo BRASIL.

Por que?

Por razões humanitárias.

Um homem baixinho, com ar de poucos amigos, avesso à imprensa, e muito competente no que faz, será trucidado se o Brasil não for o campeão.

Quanto a mim, seguirei torcendo pelo Brasil, e   pelo Dunga.

Há uma parte considerável da nossa imprensa esportiva, que faz por merecer o castigo, de ter que reconhecer o bom trabalho que ele faz à frente do time. 

Mas para isso o Brasil  terá que ser Hexa Campeão na Africa do Sul.

Por aqui é assim! 
Isso é da LEI.  :-)))

sábado, 19 de junho de 2010

Cada Cabeça, um Mundo!



A matéria a seguir, publicada no Blog do jornalista Juca Kfouri, é  de ILana Pinski, professora do Departamento de Psiquiatria da  Universidade Federal de São Paulo. 
É sobre o uso comercial da seleção brasileira de futebol por uma marca de cerveja.
Ao lê-lo, ( http://blogdojuca.uol.com.br/2010/06/imperdivel-3/ ), inteirei-me da existencia de uma grande divisão  de opiniões sobre a questão, por parte dos que alí comentaram.
Discutir questões de  natureza ética em uma sociedade contaminada pela falta dela, termina por me trazer os prazeres de um safari.
Fico porém com a sensatez do Pelé, que nunca aceitou fazer propaganda de bebidas alcoólicas, em uma época em já era possível ganhar muito dinheiro com esse tipo de marketing.

Na “Folha de S.Paulo” da última segunda-feira:
TENDÊNCIAS/DEBATES
Guerreiros, álcool e adolescentes
ILANA PINSKY
O uso comercial de nossa seleção por uma marca de cerveja é forma sofisticada de estimular a dependência do álcool desde a juventude.
As indústrias de tabaco e de bebidas alcoólicas guardam semelhança em vários aspectos. Primeiramente, ambos os produtos infligem altíssimas consequências negativas sobre a saúde da população.
O consumo de tabaco ainda é a principal causa de morte potencialmente evitável em seres humanos.
Por outro lado, os custos atribuídos ao consumo de bebidas alcoólicas (segundo dados da Organização Mundial de Saúde) no total da saúde pública na América do Sul atingem a espantosa marca de 8% a 15% , enquanto que a taxa mundial é de apenas 4%.
Particularmente entre os mais jovens, há uma associação frequente do consumo nocivo de álcool com violência, acidentes automobilísticos, sexo desprotegido, faltas na escola e trabalho etc.
Outra semelhança é a longa história de associação dessas indústrias com esportes, que se tornou especialmente proeminente e integrada nas últimas décadas.
A publicidade de bebidas alcoólicas usando elementos do mundo esportivo mantém-se firme.
Lawrence Wenner, em estudo bastante conhecido, pergunta: “Como é que o consumo de álcool associado ao esporte não é percebido como uma ironia cultural? Como aconteceu que o fã de esportes passou a se sentir a vontade opinando sobre a performance dos atletas com uma cerveja na mão?”.
A resposta é que essa associação foi criada e alimentada por questões puramente mercadológicas, com a contribuição de inúmeras estratégias de marketing.
A distribuição do consumo de álcool no Brasil é altamente concentrada nos homens (78%) e na faixa etária dos 18 aos 29 anos de idade (40% versus as demais idades).
Dessa forma, é de interesse da indústria de bebidas apostar suas principais fichas na publicidade para homens jovens. E onde, melhor que nas transmissões esportivas, pode-se encontrar esse grupo de forma altamente concentrada?
A publicidade do álcool ligada aos esportes proporciona também desejável (embora de fato inexistente) relação com um estilo saudável, dinâmico e divertido de vida.
Mas outro fator altamente relevante é que eventos esportivos ligados a marcas de bebidas alcoólicas proporcionam a oportunidade de sedimentar a marca da bebida, associando-a com o nome do evento pela menção nos comentários esportivos, comerciais com músicas empolgantes e nos ambientes (como nos estádios, por exemplo).
Por essas e outras razões, a maior parte da exposição, não só dos jovens mas também das crianças e adolescentes, à publicidade de cerveja na TV ocorre nos esportes.
De fato, uma pesquisa brasileira recente realizada com apoio da Fapesp encontrou que 87% do merchandising e mais de 70% das propagandas da TV aberta de bebidas alcoólicas estavam nos intervalos ou durante programas esportivos.
Estamos a um dia da estreia do Brasil na Copa. Todos, crianças e adultos, estamos animados com a nossa seleção. Muitas escolas vão fechar durante os horários dos jogos do Brasil.
As crianças, particularmente os meninos, sabem os nomes dos jogadores de cor -o álbum de figurinhas da Copa é um sucesso.
Nós, pais, esperamos ansiosos a hora de assistir aos jogos com eles.
Cada vez que assistirem a um jogo (assim como aos programas de comentários esportivos), as crianças aprenderão que os jogadores da seleção brasileira, seus heróis, são guerreiros em batalha contra o resto do mundo e que isso tem ligação com uma marca de cerveja.
O uso comercial de nossa seleção por uma marca de cerveja não é liberdade de expressão, mas forma sofisticada de estimular a dependência do álcool desde a mais tenra juventude. Qual símbolo queremos associado ao nosso futebol?
ILANA PINSKY, professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é vice-presidente da Associação de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead).

domingo, 6 de junho de 2010

Conversa à Boca Miúda.


Existe um sentimento por parte dos Italianos esclarecidos, de que as melhores perspectivas para o futuro não estão aqui na Itália, e isso me foi dito por um Florentino.

Um Florentino empresário, que conhece o nosso país e que nos perguntou se morando no Brasil, não percebíamos a rapidez das mudanças que lá vem ocorrendo nos últimos dez anos. 

Elas eram na sua opinião significativas e indicadoras de que caminhávamos para nos tornar um país de primeiro mundo. 

A itália, me dizia ele, não tem obras! E como exemplo citou que a  A1, auto-estrada italiana que no seu traçado de norte ao sul corresponderia a nossa estrada BR 101, foi construida em 1955, para um fluxo diário de 10 000 carros! Trafegam hoje por ela 300 000 carros por dia. Há necessidade urgente de melhorá-la. Os planos para fazê-lo porém, segundo ele,  esbarram sempre em muitas dificuldades.

A taxa de desemprego na Itália continua elevada, e a grande quantidade de imigrantes já ameaça com uma futura descaracterização do país.

Penso, diz ele, que chegou a vez do Brasil. 

"Quero me aposentar no Brasil". Dizia ele esperançoso, ao mesmo tempo que admitia haver perdido o melhor momento de investir no Brasil. "A atual valorização do Real elimina as vantagens que haviam há 10 anos", diz ele.

E no seu modo vibrante e muitas vezes engraçado de comentar, explicou que estava no Rio de Janeiro durante a Copa do mundo de 94. Foi quando aprendeu a apesar de ser italiano, a torcer pelo Brasil nas finais de Copa do mundo. Ao assistir a vibração dos brasileiros pelo futebol, concluiu: "Esse povo merece".

Apesar da sua visão entusiasmada com relação ao Brasil, penso no quanto ainda temos que avançar, para alcançar a Itália, um país consolidado!

O que pensar sobre as nossas desigualdades, a qualidade do nosso ensino público, da nossa saúde pública e sobretudo do aparentemente insolúvel problema da violência?

O que eu penso, é que se nenhum dos tantos governos que tivemos jamais os resolveu, não significa que jamais serão resolvidos. 

Há um ditado popular que aqui é pertinente: "Roma não se fez em um dia".

“Os Miseráveis”, de Victor Hugo, é um romance que se situa nos finais do século XVIII até  meados do século XIX. A Paris bela e rica de hoje, não foi sempre assim.

O Brasil de hoje precisa MUITO melhorar.

Desejo que entre nós prevaleça a decência, para que se faça realidade o que hoje começa a ser vaticinado não só por alguns de nós, como até por europeus bem informados.

O Brasil tem um potencial extraordinário, e os países do chamado primeiro mundo há muito despertaram para o papel que ele está prestes a desempenhar entre as nações mais desenvolvidas do mundo.

O que pude constatar é que isso já é conversa "a boca miúda".

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Uma Questão de Talento?


Estampa de camisetas à venda aos turistas na Itália.

Famosos pela sua civilidade, os policiais Ingleses que até pouco tempo nem armamentos usavam, Jean Charles à parte, até que poderiam mesmo ser considerados a polícia dos céus.

Comida francesa? Manjar dos deuses! Tão pouca quanto boa!

Banqueiros Belgas?
Tenho pouca experiência para uma melhor avaliação, mas é formidável a reputação que têm no mercado financeiro.

Dançarinos? Pensar em espanhóis é quase imaginá-los de castanholas! Até nos vem a vontade de dançar. Tornou-se há muito um esteriótipo. 

Italianos como "good lovers"? Tudo parece ter começado com Romeu. Não? E quem não gostaria de preservar tal tradição?

Por fim, os alemães.
Quem teria organizado o partido comunista?
Só podem ter sido os alemães!
Além do mais, lembram da Copa de 2006?

Cada macaco porém, no seu galho!

Difícil é conseguir o desenvolvimento generalizado de todos talentos.

Há desastres à vista na troca de atribuições.

O ponto onde quero chegar?

Por mais desastroso que se possa antever os franceses como policiais, Ingleses como cozinheiros, espanhóis como banqueiros, Belgas como dançarinos e alemães como "lovers", nada se compara com as consequencias de Italianos responsáveis pela organização.  

Mas seríamos nós brasileiros mais aptos à organização do que eles?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Pompéia

Um dos afrescos melhor preservado de Pompéia.

O GPS ao nos conduzir pelos caminhos mais rápidos, às vezes nos leva a trafegar por partes não turísticas das cidades, e Pompéia de repente pareceu nos transportar às cidades típicas do interior nordestino do Brasil.
Minutos depois porém, a paisagem européia normalizou-se e chegamos ao hotel Piccolo Sogno, no centro da cidade e a apenas 10 minutos de caminhada para as ruínas de Pompéia. 

O ponto alto da nossa estada começaria no dia seguinte, com a abertura dos portões para a visita às ruínas, e terminaria dez horas depois, quando os visitantes mais interessados já se sentiam todos, arruinados pelo cansaço.

A caminhada pela velha e também arruinada Pompéia, começou pelo lado onde mantém-se o seu anfiteatro e alojamento dos gladiadores. Ao seu lado o Large Palaestra construído pelo Imperador Augusto, para proporcionar local apropriado à prática de esportes pela juventude, que a época andava muito dispersa.

Embora funcionasse como um gymnasium para jovens, sabe-se que tinha também uma outra finalidade. Augusto pretendeu  ali reunir os jovens em associações e desenvolver, digamos, um marketing imperial junto aos jovens ainda politicamente inexperientes.


Augusto foi mesmo um danado!


Perto dalí, casas grandiosas, com belos jardins, ao longo da principal rua de Pompéia, a Via dell’Abbundanza.  Tudo isso indica que essa era uma parte menos populosa da cidade, onde moravam famílias mais ricas.

A Via dell’Abbundanza, percorre um longo trecho da cidade, e ao longo da qual nos deparamos com inúmeros pontos de interesse.

Antes um pouco de entrarmos nessa rua, pudemos ver um vinhedo reconstruído no seu local original, obedecendo aos critérios de plantio recomendados em registros históricos da antiguidade, inclusive quanto as distâncias a serem observadas.

Logo no início dessa via, está a imensa casa que pertenceu, a uma mulher ao que tudo indica muito rica, chamada Julia Felix. Uma casa na qual havia até termas! Não longe dalí, quase vizinhos, diz-se que morou o senador Romano que teria sido o primeiro a apunhalar Cesar, o qual juntamente com Brutus terminou exilado, tendo lá morrido. 


As várias imensas e ricas moradias que ali se localizam, inclusive a do casal Paquius Proculus e sua esposa, possuem muitos afrescos, alguns incrivelmente conservados pelas cinzas vulcânicas que impediram a penetração da umidade.

Paquius Proculus e sua esposa, cuja casa era de muito bom gosto, chegaram até nós menos pelos seus feitos ou mal feitos, e sim pela bela e fiel pintura de si mesmos que em boa hora encomendaram a um artista.

Enquanto percorremos além dessas casas as muitas tavernas, uma lavanderia e padarias no local existentes, avistávamos aqui e ali,  a uma certa distância, o vulcão Vesúvio. 


De tão quieto seria difícil imaginar que em momento de zanga, no dia 24 de agosto de 79 d.C. , destruiu tão belo lugar, matando seus 20 000 moradores. 


Como se não bastasse sepultou a cidade sob muitos metros de entulhos, por cerca de 1700 anos. 

De onde melhor se vê o Vesúvio, é da área onde encontram-se os templos. Ele está por trás do templo de Júpiter. Esta área, onde encontra-se o Forum, revela toda a magnificência que teve a cidade.

A propósito, os Romanos ricos tinham vilas fora dos muros da cidade, apreciada pelo seu clima e pela qualidade dos seus vinhos.


 Na Vila dos Mistérios, um desses sítios deve ter pertencido a alguém muito rico e importante. É o que se pode deduzir pelas dimensões das edificações e da área arredor da construção principal, no centro da qual, está uma grande adega subterrânea.

Um detalhe curioso tem haver com as ruas da cidade. Em distâncias regulares, conjuntos de três grandes pedras espaçadas e colocadas em alinhamento, unem as calçadas opostas, propiciando aos seus moradores passarem de um lado para o outro da rua sem nela pisarem.

O motivo, é que as ruas eram muito sujas!

E por falar em sujeira, lembrei de dizer que vimos uma Terma Romana muitissimamente bem conservada, ao ponto de podermos apreciar a forma como a água era para ali trazida, conduzida já dentro do prédio por entre duas paredes.

Ví tudo, penso eu!

Terminou que só me escapou de ir, ao bordel. Há lugares que são temporariamente interditados aos visitantes para restauro, e eis que o chamado também chamado lupanar, foi um desses.

Recomendo a leitura dos inúmeros sites sobre Pompéia, na certeza de que a cidade desperta um interesse universal. Isso é observável pela quantidade de turistas e estudantes das mais diversas partes do mundo.

Entretanto, os jardins reconstituídos de Pompéia, com enormes árvores e ciprestes, junto com as flores, por ser primavera, exalam um perfume que precisamos esperar mais um pouco, para vê-los exalar dos nossos computadores.

Visitemos Pompéia antes que o Vesúvio se avexe de novo!

O Sexto Sentido.

Uma Volta ao Mundo, Dançando!