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sábado, 6 de março de 2010

Quase lá!

Durante a Feira Internacional do livro na Alemanha, versão 2009, uma grande novidade foi a ênfase sobre a expansão do livro eletrônico. 
O livro tal como hoje o conhecemos e a eles nos habituamos e até nos afeiçoamos, está com os seus dias contados.
Veja só o gráfico abaixo:

                                         A Fonte é a Revista Superinteressante de março/2010.

O Kindle, na foto acima, lançado pela Amazon, tem sido o primeiro dos "e-books" a satisfazer o requisito básico de proporcionar conforto (aos olhos) durante a leitura. Finge muito bem que é um livro, mas nele ainda não é possível passar a página.  

Já o IPAD, da Apple, que será lançado ainda este mês nos Estados Unidos, permite passarmos a página em lugar de apertar um botão.
E ele é muito mais que apenas um e-book. Entretanto, sua tela de LCD, não oferece o mesmo conforto para leitura que o Kindle, de acordo com os especialistas que o testaram. 

Quando alguém conseguir reunir em um só as vantagens do Kindle e do IPAD, diz-se que será o fim do livro.

Naturalmente que não há barreiras para os avanços tecnológicos que estão por acontecer nessa área.
Quem sabe teremos logo mais, e-books dos quais os saudosistas (eu serei um deles) possam sentir o cheiro do papel, acompanhar o amarelamento das páginas com o tempo,  quem sabe até o seu esfacelamento, o atrair das traças, e até mesmo os acidentes que possam vincar uma página, rasgá-la, ou sujar de chá, café ou chocolate...
E além de tudo isso, o que mais você possa imaginar. :-)))
Claro que esses custarão mais caro!

No mais, a matéria da Revista Superinteressante deste mês (Texto de Alexandre Versignassi), faz um interessante comentário. Em 1427, a biblioteca da Universidade de Cambridge tinha apenas 122 livros. Claro que manuscritos, e caríssimos. Três décadas depois, a Bíblia de Gutemberg "chegava à ruas". Hoje, a biblioteca daquela Universidde tem 7 milhões de livros, em 150 Km de prateleiras. Todos estes livros cabem em quatro discos rígidos de 500 gigabytes cada ( dois HD´s de 1 terabytes cada, ou um HD de 2 terabytes).

O Kindle, pesa 400g e nele cabe uma biblioteca de 1500 livros, que poderão ser baixados via 3G, de um acervo de 20000 obras disponíveis na loja Amazon.

Digamos que reler uma biblioteca assim fosse possível a uma média de um livro por dia, e seriam aproximadamente 4 anos, até que você precisasse "baixar outros 1500! :-)))

Nos países desenvolvidos a média de livros lidos em um ano é de seis livros por habitante. No entanto no Brasil, a média é de dois livros por habitante.
Sendo assim, no nosso país a capacidade de armazenamento atual de um Kindle atenderia a necessidade dos leitores durante 750 anos, contra apenas dois séculos e meio para leitores dos países desenvolvidos.

A propósito, não mais duvido da capacidade de leitura de alguns, a partir daquela história de alguém que maravilhado com a imensa biblioteca de um amigo, perguntou-lhe:
- Você realmente já leu todos esses livros?
Ao que ele respondeu:
- Não. Eu os escrevi. :-)))

Bom! ficarei por aqui, porque estou de saída para um dos meus lugares preferidos: A Livraria Cultura.
Mas e amanhã? Quando não mais houver a Livraria Cultura?
Claro que ela sempre existirá!

O acesso a ela porém será virtual, e continuaremos a poder ir até lá, só que sem precisar sair de casa!
E vai ser bom!

Como diria Sir Winston Churchill:
"Sou otimista, porque não vejo vantagem em ser pessimista".

2 comentários:

Anônimo disse...

"Hoje, a biblioteca daquela Universidde tem 7 milhões de livros, em 150 Km de prateleiras. Todos estes livros cabem em quatro discos rígidos de 500 gigabytes cada ( dois HD´s de 1 terabytes cada, ou um HD de 2 terabytes)." Todos esses números ainda me deixam tonta porque a incredulidade não mais se justifica. Não sei te dizer porque mas sinto um pouco de medo de tanto e tão rápido progresso. Me vem sempre a sensação de que teremos um preço muito grande a pagar. Será que isso é velhice? rsrsrsrsrs

Anônimo disse...

Oi, o comentário acima foi meu. Esqueci de assinar.
Abços,
Fátima Viana

O Sexto Sentido.

Uma Volta ao Mundo, Dançando!