Acompanhando a repercussão da morte de Michael Jackson, e sobretudo a súbita transformação das atitudes do mundo em relação a ele, ocorreu-me uma frase que embora não totalmente pertinente, pode ser adaptada ao caso.
Certa vez, alguém disse: "Se você quiser ser criticado, case. Se você quiser ser elogiado, morra."
Que tal adaptá-la aqui, para: "Se você quiser ser criticado, viva. Se você quiser ser elogiado, morra."
São muitos os caminhos que expoem o comum dos mortais às mais duras críticas.
A palavra crítica aqui, até ameniza o que realmente acontece, pois naturalmente não me refiro à crítica artística.
Penso na maledicência que há no ser humano, a qual levou o filósofo alemão Schopenhauer a desacreditar nos homens e a chamá-los de bípedes.
Ela leva as pessoas em geral a destilarem muitos venenos.
Os caminhos que mais sujeitam alguém à condenação da sociedade, são aqueles que não se coadunam ao formato que ela impõe.
Sabe disso melhor quem um dia foi de encontro a uma ordem constituída, ou até mesmo apenas divorciou-se.
As vezes é só após a morte de alguém, que os outros conseguem vê-lo por inteiro, e aí podem até sentir compaixão.
Eu só queria ainda lembrar, dois dos melhores comentários que ouví nesses dias, sobre o MJ.
O primeiro foi o da sua cozinheira brasileira, que vive faz 40 anos nos Estados Unidos, quando disse:
"A alegria dele não podia aparecer, porque a dor que ele sentia não deixava".
O outro comentário, ou melhor seria dizer declaração, veio do momento final da cerimônia no Staple Stadium, quando a sua filha mais velha, em prantos declarou: "Você foi o melhor pai que eu poderia imaginar. Eu amo você."
Convido você a visitar o site Belga que na minha opinião teve uma idéia genial, para homenagear Michael Jackson: http://www.eternalmoonwalk.com/
Concluindo, depois de tudo, alguém disse no Twitter:
"Sobre a cerimônia, a minha tia Amália até comentou: "Que cerimônia mais bonita. Dava até gosto de morrer".
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