Agora é a vez de ler dessa mesma autora, "Sociedade Quântica". Apesar da dificuldade que os conceitos da Física Quântica oferecem aos que pretendem conhecê-los, há autores como ela, de comovente interêsse em torná-los assimiláveis aos leigos.
A propósito, dizia certa vez um dos Físicos Quânticos, que participou do filme "Quem Somos Nós" ("What the bleep do we know" ): "Quem disser que entende a física quântica, é porque não entendeu coisa nenhuma!"
Por isso, os interessados em conhecer um pouco sobre assuntos complexos, as vezes precisam do encorajamento dos seus mestres.Isso me reporta a uma história contada anos atrás, pelo Psicanalista Ivan Correa, na abertura anual dos trabalhos do Centro de Estudos Freudianos do Recife. Foram palavras dirigidas aos interessados em conhecer um pouco mais sobre a psicanálise.
A ilustração que ele fez visou demonstrar, que não importando o grau de compreensão inicial dos conceitos, ainda assim, era possível que disso resultasse algum proveito pessoal.
A história foi a seguinte:
Um alemão que passeava pelos campos do seu país, não percebeu ter cruzado a fronteira, e continuado a caminhar, agora por terras da Belgica.
Ele tudo observava com muito interêsse e admiração.
Vez por outra detinha-se em algo em particular, e se perdia em contemplação. Naquele momento, ele admirava a vastidão de imensos campos de trigo, cuja rica propriedade era tão grande, que parecia não ter fim.
Foi quando por ele passou um camponês, ao qual resolveu perguntar:
- A quem pertence tudo isso?
O camponês, que nada entendia de alemão, olhou para ele e respondeu em Dutsh:
- Não consigo lhe entender!
(Em alemão, o que seria "Ich verstehe nicht" ou "Ich kan nicht dich verstehen", soou em Dutsh algo como "Kanitzveristat.")
Prosseguindo, o alemão vislumbrou a magnífica paisagem de um porto, no qual vários navios atracados recebiam mercadorias para exportação. Outros fundeados à distância, aguardavam a sua vez. A movimentação dos guindastes e o fluxo contínuo de trabalhadores, deixou-o impressionado com aquelas cenas de punjante riqueza.
Quando por ele passaram alguns trabalhadores, perguntou maravilhado:
- A quem pertence tudo isso?
Outra vez, os trabalhadores que não entendiam alemão, responderam:
- "Kanitzveristat." ( Não consigo lhe entender!)
Finalmente, cansado de tanto andar, caminhava o alemão solitário pelas ruas de uma pequena cidade, quando deparou-se com uma multidão, em cortejo. Um grande coche fúnebre aproximava-se, e pensou ele, que só poderia tratar-se de alguém muito importante.
Perguntou então a alguém ao seu lado:
- De quem é esse cortejo fúnebre?
- "Kanitzveristat."
Foi quando o alemão pensativo, concluiu:
- Pois é! Tão tão rico esse "Kanitzveristat"! Mas eis que não importa quão rico alguém seja, o final de todos nós é mesmo a morte.
Será que também vou tirar um bom proveito
da leitura desse livro da
Danah Zohar?
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