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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Não Consigo Lhe Entender!

Danah Zohar em outubro de 2007
Voltei a ler Danah Zohar (http://www.dzohar.com/), da qual já conhecia "O Ser Quântico".

Agora é a vez de ler dessa mesma autora, "Sociedade Quântica". Apesar da dificuldade que os conceitos da Física Quântica oferecem aos que pretendem conhecê-los, há autores como ela, de comovente interêsse em torná-los assimiláveis aos leigos.

A propósito, dizia certa vez um dos Físicos Quânticos, que participou do filme "Quem Somos Nós" ("What the bleep do we know" ): "Quem disser que entende a física quântica, é porque não entendeu coisa nenhuma!"

Por isso, os interessados em conhecer um pouco sobre assuntos complexos, as vezes precisam do encorajamento dos seus mestres.

Isso me reporta a uma história contada anos atrás, pelo Psicanalista Ivan Correa, na abertura anual dos trabalhos do Centro de Estudos Freudianos do Recife. Foram palavras dirigidas aos interessados em conhecer um pouco mais sobre a psicanálise.

A ilustração que ele fez visou demonstrar, que não importando o grau de compreensão inicial dos conceitos, ainda assim, era possível que disso resultasse algum proveito pessoal.

A história foi a seguinte:

Um alemão que passeava pelos campos do seu país, não percebeu ter cruzado a fronteira, e continuado a caminhar, agora por terras da Belgica.

Ele tudo observava com muito interêsse e admiração.

Vez por outra detinha-se em algo em particular, e se perdia em contemplação. Naquele momento, ele admirava a vastidão de imensos campos de trigo, cuja rica propriedade era tão grande, que parecia não ter fim.

Foi quando por ele passou um camponês, ao qual resolveu perguntar:

- A quem pertence tudo isso?

O camponês, que nada entendia de alemão, olhou para ele e respondeu em Dutsh:

- Não consigo lhe entender!

(Em alemão, o que seria "Ich verstehe nicht" ou "Ich kan nicht dich verstehen", soou em Dutsh algo como "Kanitzveristat.")

Prosseguindo, o alemão vislumbrou a magnífica paisagem de um porto, no qual vários navios atracados recebiam mercadorias para exportação. Outros fundeados à distância, aguardavam a sua vez. A movimentação dos guindastes e o fluxo contínuo de trabalhadores, deixou-o impressionado com aquelas cenas de punjante riqueza.

Quando por ele passaram alguns trabalhadores, perguntou maravilhado:

- A quem pertence tudo isso?

Outra vez, os trabalhadores que não entendiam alemão, responderam:

- "Kanitzveristat." ( Não consigo lhe entender!)

Finalmente, cansado de tanto andar, caminhava o alemão solitário pelas ruas de uma pequena cidade, quando deparou-se com uma multidão, em cortejo. Um grande coche fúnebre aproximava-se, e pensou ele, que só poderia tratar-se de alguém muito importante.

Perguntou então a alguém ao seu lado:

- De quem é esse cortejo fúnebre?

- "Kanitzveristat."

Foi quando o alemão pensativo, concluiu:

- Pois é! Tão tão rico esse "Kanitzveristat"! Mas eis que não importa quão rico alguém seja, o final de todos nós é mesmo a morte.

Será que também vou tirar um bom proveito

da leitura desse livro da

Danah Zohar?

Mundo Esquisito!

Sacerdotes Cristãos Brigam dentro da Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém.... enquanto isso, Chipanzé adota filhotes de Tigre na Flórida.




A crueza dos fatos nos ajuda a entender os grandes pensadores.



Dostoievski, em "Os Irmãos Karanazov", diz através de uma das suas personagens:


"Eu amo a humanidade, mas fico pensando comigo mesmo. Quanto mais eu amo a humanidade em geral, menos eu amo o homem em particular."


Penso porém, que esse sentimento talvez decorra do que disse Thomas de Kempis:


"Sempre que me misturo aos homens, fico menos humano."

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Palavras de Michael Moore.



Palavras de Michael Moore, em 5 de novembro de 2008.


Amigos,

Quem entre nós não está sem palavras? Chorando. Lágrimas de alegria.
Lágrimas de alívio. Um formidável grito de esperança de uma maioria esmagadora em tempos de profunda desesperança.
Em uma nação que foi fundada no genocídio e depois construida nas costas de escravos, este foi um momento inesperado, e chocante em sua simplicidade:

Barack Obama, um homem bom, um homem negro, disse que traria mudança para Washington, e a maioria do país gostou da idéia. Os racistas estiveram presentes na campanha e também na votação. Mas eles não são mais a maioria, e nós veremos a sua chama de ódio se extinguir no tempo que ainda temos para viver.

Houve outro importante “primeiro” na noite passada. Nunca antes em nossa história, um candidato declarado contra a guerra foi eleito presidente em tempos de guerra. Eu espero que o presidente eleito Obama relembre isso quando ele considerar expandir a guerra no Afganistão.
A fé que nós agora temos será perdida se ele esquecer a questão principal pela qual ele derrotou a companheira democrata nas primárias e, o grande herói de guerra na eleição geral: O povo da America está cansado da guerra. Farto e cansado. E a sua voz foi alta e clara ontem.

Foram 44 anos indesculpáveis desde que um democrata, disputando a presidência, recebeu 51% dos votos. Isso é porque a maior parte dos americanos realmente não tem gostado dos democratas. Eles os vêem como raramente tendo a determinação para executar o trabalho ou defender as causas dos trabalhadores que eles dizem apoiar.


Bom, aqui está a chance deles. Ela foi proporcionada aos trabalhadores, pelo voto público, na forma de um homem que não é um mercenário, nem um burocrata sempre preso à cadeira. Ele agora se tornará um deles, ou os levará a serem como ele? Nós torcemos pela segunda alternativa.

Mas hoje nós celebramos esse triunfo da decência sobre o ataque pessoal, da paz sobre a guerra, da inteligência sobre a crença de que Adão e Eva andaram sobre dinossauros a 6000 anos atrás. Como será ter um presidente inteligente?
A ciência, banida por oito anos, voltará. Imagine apoiar nossas maiores mentes enquanto elas buscam a cura de doenças, descobrem novas formas de energia, e trabalham para salvar o planeta. Belisque-me para eu saber que não estou sonhando.

Nós podemos, muito possivelmente, também ver tempos de refrescante abertura, iluminação e criatividade. A arte e os artistas não serão vistos como inimigos.
Talvez a arte seja explorada a fim de descobrir grandes verdades. Quando Franklin Delano Roosevelt foi eleito por maioria esmagadora em 1932, resultou no aparecimento de Woody Guthrie e John Steinbeck, Dorothea Lange e Orson Welles.


Ao longo de toda uma semana eu fui assediado pela mídia me perguntando, “Mike, o que você fará agora que Bush foi embora? Eles estão brincando? Como será trabalhar e criar em um ambiente que estimula e apoia o cinema, as artes e as invenções, e a liberdade de ser o que você pode ser? Olhem o florescer de milhares de flores! Nós entramos em uma nova era, e se eu pudesse repetir nossos primeiros pensamentos gerais dessa nova era, eles seriam: Tudo é possível.
Um afro-americano foi eleito Presidente dos Estados Unidos! Tudo é possível! Nós podemos resgatar a nossa economia das mãos dos ricos negligentes, e entregá-la de volta ao povo.



Tudo é possível! A cada cidadão pode ser assegurada assistência de saúde. Tudo é possível! Aqueles que tenham cometido crimes de guerra serão trazidos à justiça. Tudo é possível.


Nós realmente não temos muito tempo. Há um grande trabalho para fazer. Mas essa é a semana para todos nós nos regozijarmos nesse grande momento. Sejamos humildes.

Não tratrem os Republicanos do modo como eles trataram vocês nos últimos oito anos. Mostrem a eles a graça e a bondade que Barack Obama expressou durante toda a campanha.
Embora detratado por todos os meios, ele recusou rebaixar-se à sarjeta e atirar a lama de volta. Nós podemos seguir esse exemplo? Eu sei que será difícil.


Quero agradecer a todos os que deram o seu tempo e recursos para fazer esta vitória acontecer. Tem sido um longo caminho, e um dano enorme foi feito a esse grande país, sem sequer mencionar que muitos de vocês perderam os seus empregos, foram à bancarrota com as suas contas médicas, ou sofreram por um ente querido mandado para o Iraque.

Nós agora trabalharemos para reparar esse dano, e não será fácil.
Mas que modo de começar! Barack Hussein Obama, o quadragésimo Presidente dos Estados Unidos. Uau. Seriamente, Uau.


Fonte: Site de Michael Moore (http://www.michaelmoore.com/)

Tradução: JdoubleJ (JJJ)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Barak Obama: Mudança com Coesão Social.

Barak Obama à Frente da Coluna da Vitória em Berlim.
O artigo sobre a eleição de Obama que Você poderá ler clicando no título, é de autoria de Ricardo Ismael.
Ricardo, Cientista Político e professor da PUC do Rio, redirecionou-se profissionalmente a partir da profissão de Engenheiro Eletricista.
Um dia Ricardo acordou, e no melhor dos sentidos, "chutou o pau da barraca".
Digamos que foi fazer o que gostava ainda mais!
A decisão foi difícil, mas foi boa e como deu certo!
Parabéns Ricardo!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Vitória Brilhante, Belíssima Vitória.

Comparo a chegada de Obama à Casa Branca, com Neil Armstrong pisando a lua pela primeira vez.
Um grande passo para um homem, um grande passo para a humanidade.
Yuri Gagarin disse que lá de cima, "A terra é azul".
Hoje ela tornou-se incolor.
A cada quebra de um preconceito, vejo a humanidade a caminho do seu tamanho ideal.
Que tenha sido pela vontade de Deus.

domingo, 2 de novembro de 2008

Do Jeito que Lobato Disse?

Tela Sobre as Eleições Presidenciais nos Estados Unidos, em Exposição em Paris, de Autoria de Yan Pei - Ming.




Pesquisa da Reuters de hoje, a dois dias da eleição indica que


é provável o cumprimento da profecia de
Monteiro Lobato:

um negro se elegerá presidente dos


Estados Unidos da America.


Sobre o assunto, ver a postagem de 14 de maio de 2008.




Obama tem segundo essa pesquisa, 6 pontos à frente de McCain.


Obama estaria com 50% e MacCain com 44%, sendo a margem de erro de 2,9 pontos.


O apoio de Obama entre o eleitorado negro é de 95% (se todos me conhecessem, eu poderia dizer sem risco de ser mal entendido, que ainda tem neguinho que não tá votando em Obama!) e entre os hispânicos (os americanos pensam que os brasileiros também são hispânicos) ele tem o apoio de 65%.


Considerando a expectativa favorável ao nome do candidato, não só na America como no restante do mundo, até parece que ele poderia ganhar por uma diferênça bem maior que apenas 6 pontos percentuais.

Fonte: (Da Pesquisa) - Reuters.

sábado, 1 de novembro de 2008

Sobre a Morte (03/03)


A revista Super Interessante do mês de novembro, edição 258, trás à página 31, um artigo intitulado: "Ciência, uma questão de fé". Trata-se de uma referência aos experimentos que estão sendo realizados na fronteira entre a França e a Suiça, utilizando o gigantesco acelerador de Hádrons (LHC), de 27 quilômetros de circunferência, e que custou cerca de 3 bilhões de Euros.




Apenas para se ter uma idéia, com todo esse dinheiro daria para os americanos sustentarem a guerra no Iraque, durante um dia e meio. Talvez nem isso! Quem sabe, até as dez horas da manhã, do segundo dia.





O objetivo dos cientistas envolvidos no projeto, é encontrar algo que jamais viram, mas que há uma grande indicação de que existe.





Eles buscam encontrar uma partícula chamada bóson de Higggs, também conhecida por partícula de Deus. Ela é responsável "por fazer as coisas ter massa - graças a ele você é uma coisa sólida, e não um fantasma feito de luz".





A fé dos cientistas não é totalmente cega, porque o bóson de Higgs faz parte das equações matemáticas usadas para explicar o funcionamento do universo, e sem a sua presença as contas não dariam certo. Por isso é de se supor que ela seja real.





Há um exemplo ainda mais contundente, do quanto a Ciência pode (de certo modo) ser considerada uma questão de fé. É que existem hoje no mundo, cientistas interessados em provar científicamente, que a consciência sobrevive a morte do cérebro.




Esse é o caso do Dr Sam Parnia, que divide o seu tempo entre hospitais do Reino Unido, e a Cornell University em Nova York. Ele é fundador do Grupo de Investigação da Consciência na Universidade de Southampton e presidente da Horizon Research Foundation. Ele também conduz o estudo científico considerado inovador, em parceria com vários centros médicos dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, que buscam descobrir através da ciência, o que acontece quando morremos.




O Dr Sam Parnia é o autor do livro "O que acontece quando morremos - Um estudo sobre a vida após morte". Se você acha que porque lí o livro agora estou sabendo de todos esses segredos, lhe digo que não. Para tal, seria preciso que o autor tivesse obtido resultados conclusivos, e os tivesse alí divulgado. As pesquisas estão em andamento faz 12 anos, mas ainda não é possível provar nada.





A idéia desse projeto surgiu das chamadas Experiências de Quase Morte (EQM), vividas por pessoas que passaram por momentos críticos em que foi tentada com sucesso, a sua ressussitação.




Muitas dessas pessoas contam ter visto tudo que aconteceu durante os procedimentos realizados no seu corpo, como se estivessem de fora, dele não fazendo parte, mas vendo e ouvindo tudo o que alí se passava. É comum a narrativa de verem um tunel, sentirem presença de seres luminosos, e com eles poderem se comunicar sem palavras. A experiência é descrita em geral, como extremamente agradável, inesquecível e transformadora da vida dos que por ela passaram.




Lendo as explicações do Dr Parnia sobre as suas pesquisas, podemos compreender as dificuldades por ele encontradas. Qual o efeito nessas descrições, de uma série de fatores que as possam ter influenciado? Efeitos de anestésicos (naqueles que estivessem sob efeito de anestesia), deficiência de oxigenação, presença de excesso de gás carbonico no organismo ...




Seria mesmo possível alguém ter uma experiência de como seria após a morte sem ter realmente morrido?





Você poderá acompanhar os resultados mais recentes dessas pesquisas, no site http://www.horizonresearch.org/. De acordo com o Dr Parnia, lá você "vai ver quem são os colaboradores desse trabalho, os lugares acrescentados ao estudo e outras notícias importantes, além de acompanhar qualquer outro descobrimento".





Imagine o alcance do resultado final dessas pesquisas!




Assim como no Acelerador de Hádrons, tudo pode acontecer!
Nos subterrâneos da fronteira da França com a Suiça, os cientistas poderão achar o bóson de Higgs, e o regozijo será indescritível.




Por outro lado, se concluirem pela não existência da partícula, será como o maracanã após a final da Copa do Mundo de 50, com o Uruguai nos vencendo por 2 X 1. O Brasil havia feito o primeiro gol, e jogava pelo empate. Já havia até comemorado o campeonato!




Do mesmo modo, dos centros médicos de todo mundo, poderá vir o resultado sobre os estudos das Experiências de Quase Morte.




Os que pela fé, intuição, ou vontade incontrolável, acreditam na vida no além, haverão de diante dessa confirmação, bradar: "Eu não disse ?"




Do outro lado, acredito que em número muito menor, como eram os uruguaios naquele dia no maracanã, estarão os "100% Razão". Se for constatado que sem cérebro não há mente, consciência nem memória, dirão entediados: "Eu já sabia".




As vezes eu penso sobre o que nos leva a sentir uma pontinha de vontade, de deixar tudo como está. Descobrir o sexo da criança somente na hora do parto, proporciona 9 meses de movimentação, expectativa e palpites, contra apenas uns quatro ou cinco meses, quando um aparelhinho de ultrasonografia já se liquida com uma mal aproveitada incerteza!




Outro exemplo trago ainda do futebol. Com os recursos atuais da tecnologia, é possível por na bola um chip, e acabar de vez com as dúvidas sobre se a bola entrou ou não entrou, se saiu ou não saiu. Também já seria possível parar um jogo para esclarecer lances duvidosos, reprisando-os em uma tela de plasma ou LCD, até mesmo em alta deinição.




Por enquanto continua a resistência por parte da Federação Internacional de Futebol, de utilizar esses recursos. É mais ou menos naquela linha de desejar que as coisas fiquem um pouco mais como estão. Seria esse esporte o mesmo sem as dúvidas que ficam na cabeça dos torcedores, as imperfeiçoes das marcações, dos xingamentos ao juiz, e das discussões intermináveis entre torcedores após o jogo?




Que as experiências sobre o pós-morte, prossigam sem muita pressa. Acessaremos hesitantes o site da Horizon Research, temerosos de ler os últimos resultados das pesquisas. Sabemos o quanto TODOS ainda que inconscientemente, anseiam por desvendar esse mistério.




Recordo da descrição que lí certa vez, sobre um homem muito odiado, que aguardava em uma cela, o momento da sua execução. Por sinal, chamou a atenção dos carcereiros, o quanto ele aproveitou muito mal os seus últimos momentos na prisão. Nem parecia que mais alguns minutos, e estaria morto. Chegada a hora, ele foi conduzido à presença do carrasco que o esperava no patíbulo. Uma multidão enfurecida o insultava durante a sua passagem. E então, um pouquinho só antes de morrer, olhando para toda aquela multidão enfurecida, ele disse:
"Em um instante eu saberei sobre o grande segredo da morte, e vocês continuarão em total ignorância sobre ele".




Pois é. Foram xingá-lo!!!




À véspera do dia em que celebra-se "Finados", nos caberia a reflexão:



"Para onde irei quando morrer?

Que serei eu quando lá chegar?

Voltarei ao mundo dos vivos?

Desaparecerei para sempre"?




Fiquemos com o sábio pensamento de Wladimir Nabokov:




"A vida é uma grande surpresa. Não vejo por que a morte não possa nos surpreender ainda mais".

O Sexto Sentido.

Uma Volta ao Mundo, Dançando!