Eça de Queirós com a sua filha primogênita Maria.
Eça de Queirós provavelmente terá sabido que o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588 – 1679) certa vez disse: “Eu e o medo nascemos juntos”. Ele referia-se ao medo sentido por sua mãe, diante de uma ameaça de invasão da Inglaterra, pela poderosa esquadra espanhola comandada por Felipe II. Esse medo materno terminaria por abreviar a gestação de Hobbes, que nasceu prematuro de apenas sete meses.
Eça de Queirós poderá, embora nunca tenha escrito, algum dia ter pensado assim: “Eu e a rejeição nascemos juntos”. Mais do que a rejeição sofrida da parte da sua mãe, foi a que lhe coube também do seu pai e do restante da sua família. Na Portugal do século XIX, a conveniência de disfarçar a existência dos nascidos ilegitimamente, levava a atitudes então consideradas “normais” mas que atualmente são inteiramente descabidas e reprováveis. Porém o que fizeram ao Eça, àquele menino, até naquele Portugal extrapolava os padrões da época. Pelo menos o seu avô paterno teve um papel diferenciado com relação ao neto. Assumiu-o, providenciando uma casa bem longe e uma mulher para dele “tomar conta”. Mas indo direto ao ponto, como pode o pai de Eça de Queirós ser brasileiro? O avô paterno de Eça de Queirós era desembargador e foi enviado ao Brasil, na época do Brasil colônia, para ser Juiz aqui onde eu moro – Pernambuco. Ele trouxe consigo uma camponesa com a qual já vivia em Portugal, e com a qual tivera alguns filhos. Aqui no Brasil ele casou com ela, e nasceu o pai de Eça de Queirós, provavelmente no Recife. O pai de Eça viveu aqui no Brasil até 1820, quando voltou para Portugal com sua família, onde muitos anos depois viria a tornar-se o pai solteiro de Eça de Queirós, cuja mãe era também solteira.
As surpresas porém ainda não terminaram. Sabe aquela mulher que foi designada para cuidar do bebê? . Ela era pernambucana, filha natural de uma criada do avô de Eça. Fora levada junto com a família quando do seu retorno para Portugal. A autora da biografia não demonstrou sequer desconfiar! Quanto a mim, sou levado a pensar que ela bem que poderá ter sido uma meia tia do Eça de Queirós.
Outra vez lá vou eu escrevendo demais...
Eça de Queirós poderá, embora nunca tenha escrito, algum dia ter pensado assim: “Eu e a rejeição nascemos juntos”. Mais do que a rejeição sofrida da parte da sua mãe, foi a que lhe coube também do seu pai e do restante da sua família. Na Portugal do século XIX, a conveniência de disfarçar a existência dos nascidos ilegitimamente, levava a atitudes então consideradas “normais” mas que atualmente são inteiramente descabidas e reprováveis. Porém o que fizeram ao Eça, àquele menino, até naquele Portugal extrapolava os padrões da época. Pelo menos o seu avô paterno teve um papel diferenciado com relação ao neto. Assumiu-o, providenciando uma casa bem longe e uma mulher para dele “tomar conta”. Mas indo direto ao ponto, como pode o pai de Eça de Queirós ser brasileiro? O avô paterno de Eça de Queirós era desembargador e foi enviado ao Brasil, na época do Brasil colônia, para ser Juiz aqui onde eu moro – Pernambuco. Ele trouxe consigo uma camponesa com a qual já vivia em Portugal, e com a qual tivera alguns filhos. Aqui no Brasil ele casou com ela, e nasceu o pai de Eça de Queirós, provavelmente no Recife. O pai de Eça viveu aqui no Brasil até 1820, quando voltou para Portugal com sua família, onde muitos anos depois viria a tornar-se o pai solteiro de Eça de Queirós, cuja mãe era também solteira.
As surpresas porém ainda não terminaram. Sabe aquela mulher que foi designada para cuidar do bebê? . Ela era pernambucana, filha natural de uma criada do avô de Eça. Fora levada junto com a família quando do seu retorno para Portugal. A autora da biografia não demonstrou sequer desconfiar! Quanto a mim, sou levado a pensar que ela bem que poderá ter sido uma meia tia do Eça de Queirós.
Outra vez lá vou eu escrevendo demais...
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