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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Nem Respeitável Nem Desgraçado.



Quando William Blake e Walt Whitman se complementam:

Diz Blake:

Uma marca encontro em cada rosto
Marcas de fragilidade, marcas de desgosto.


Diz Whitman:


Creio que poderia transformar-me e viver com os animais. Eles são tão calmos e donos de si.

Detenho-me para contemplá-los sem parar.

Não se atarantam nem se queixam da própria sorte,

Não passam a noite em claro, remoendo suas culpas,

Nem me aborrecem falando das suas obrigações para com Deus.

Nenhum deles se mostra insatisfeito, nenhum deles se acha dominado pela mania de possuir coisas.

Nenhum deles fica de joelho diante de outro, nem diante da recordação de outros da mesma espécie que viveram há milhares de anos.

Nenhum deles é respeitável ou desgraçado em todo o amplo mundo.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sobre Tristeza e Solidão.


Por Rainer Maria Rilke, 
de cartas a um jovem (Franz Kappus) poeta.

Borgeby Gard, Flädie, Suécia, 12 de agosto de 1904.

Quero conversar de novo com o senhor por um momento, meu caro Kappus, embora não possa dizer quase nada que o ajude, quase nada útil.

O senhor teve muitas e grandes tristezas que passaram. E diz que mesmo esta passagem foi difícil e perturbadora. Mas, por favor, avalie se essas grandes tristezas não atravessaram o seu íntimo, se muita coisa no senhor não se transformou, se algum lugar, algum ponto do seu ser não se modificou enquanto o senhor estava triste.

Só são ruins e perigosas as tristezas que carregamos em meio às pessoas para dominá-las; como doenças que são tratadas de modo superficial e leviano, elas apenas recuam e, após uma pequena pausa, interrompem ainda mais terríveis. Essas tristezas se acumulam no íntimo e constituem a vida, constituem uma vida não vivida, desdenhada, perdida, de que se pode morrer.

Se nos fosse possível ver além do alcance do nosso saber, e ainda um pouco além da obra preparatória do nosso pressentimento, talvez suportássemos as nossas tristezas com mais confiança do que nossas alegrias. Pois elas são os instantes em que algo de novo penetrou em nós, algo desconhecido; nossos sentimentos se calam em um acanhamento tímido, tudo em nós recua, surge uma quietude, e o novo, que ninguém conhece, é encontrado bem ali no meio, em silêncio.

Acredito que quase todas as nossas tristezas são momentos de tensão, que sentimos como uma paralisia porque não ouvimos ecoar a vida dos nossos sentimentos que se tornaram estranhos para nós. Isso porque estamos sozinhos como o estranho que entrou em nossa casa, porque tudo o que era confiável e habitual nos foi retirado por um instante, porque estamos no meio de uma transição, em um ponto no qual podemos permanecer.

É por isso que a tristeza também passa: o novo em nós, o acréscimo, entrou em nosso coração, alcançou seu recanto mais íntimo e mesmo ali ele já não está mais - está no sangue. E não percebemos o que houve. Seria fácil nos fazer acreditar que nada aconteceu, no entanto nos transformamos, como uma casa se transforma quando chega um hóspede. 

Não somos capazes de dizer quem chegou, talvez nunca cheguemos a saber, mas vários sinais indicam que o futuro entra em nós dessa maneira, para se transformar em nós muito antes de acontecer.

Por isso é tão importante estar sozinho e atento quando se está triste: porque o instante aparentemente parado, sem nenhum acontecimento, no qual o nosso futuro entra em nós, está bem próximo da vida do que aquele outro ponto, ruidoso e acidental, em que ele acontece como vindo de fora. 

Quanto mais tranquilos, pacientes e receptivos formos quando estamos tristes, tanto mais profundo e mais mais firme o modo como o novo entra em nós, tanto mais fazemos por merecê-lo, tanto mais ele se torna o nosso destino. Assim, quando em um dia distante o novo "acontecer" (ou seja: sair de nós e aparecer para os outros), estaremos intimamente familiarizados com ele e nos sentiremos próximos. 

É necessário que isso ocorra. É necessário - e dessa maneira se dá aos poucos a nossa evolução - que não experimentemos nada de estranho, mas apenas aquilo que nos pertence há muito tempo. Já foi preciso modificar tantos conceitos relativos ao movimento, e também se aprenderá gradativamente que vem de dentro dos homens aquilo a que damos o nome de destino, não se trata de algo que entra neles partindo de fora. 

Muitos destinos não foram absorvidos pelos homens, não foram transformados enquanto viviam neles, só por isso eles não foram identificados como algo que era proveniente dos próprios homens. O acontecimento aparecia como algo tão estranho, que eles, em seu espanto confuso, julgavam que ele teria surgido neles exatamente naquele instante, pois juravam nunca ter encontrado nada semelhante em si mesmos. Assim como, por muito tempo, os homens se enganaram a respeito do sol, eles ainda se enganam quanto ao movimento do porvir. O futuro permanece firme, caro senhor Kappus, mas nós nos movemos no espaço infinito.

Como isso não seria difícil para nós?

Voltando ao assunto da solidão, fica cada vez mais claro que no fundo ela não é nada que se possa escolher ou abandonar. Somos solitários. É possível iludir-se a esse respeito e agir como se não fôssemos. É tudo. Muito melhor, porém, é perceber que somos solitários, e partir exatamente daí. Com certeza acontecerá de sentirmos vertigens, pois todos os pontos em que nossos olhos costumavam descansar nos são tirados, não há mais nada próximo, e toda distância é uma distância infinita. 

Quem fosse retirado de seu quarto, quase sem preparação ou transição, e posto nas alturas de uma grande montanha, necessariamente sentiria algo semelhante: uma insegurança sem igual, um abandono ao inominável quase o aniquilariam. Ele pensaria estar caindo ou sendo arrastado pelos ares ou destroçado em mil pedaços. Seu cérebro precisaria inventar uma mentira enorme para captar e esclarecer a situação de seus sentidos.

É assim que se modificam, para quem se torna solitário, todas as distâncias, todas as medidas; dessas modificações, há muitas que ocorrem repentinamente. Como para aquele homem no pico da montanha, surgem então imaginações inabituais e sensações estranhas, que parecem ultrapassar a medida do que se pode suportar.

No entanto é necessário que vivamos também isso. Precisamos aceitar a nossa existência em todo o seu alcance; tudo, mesmo o inaudito, tem de ser possível nela. No fundo, é esta a única coragem que se exige de nós: sermos corajosos diante do que é mais estranho, mais maravilhoso e mais inexplicável entre tudo o que nos deparamos.

O fato de os homens terem sido covardes nesse sentido causou danos infinitos à vida; as experiências que são chamadas de "fenômenos", todo o suposto "mundo dos espíritos", a morte, todas as coisas tão familiares para nós foram tão excluídas da vida, por meio de uma atitude cotidiana defensiva, que os sentidos com os quais poderíamos apreendê-las se atrofiaram. Sem falar em Deus.

 Mas o medo do inexplicável não empobreceu apenas a existência individual, também as relações entre pessoas foram limitadas por ele, como que transferidas do leito de um rio de infinitas possibilidades para um local ermo da margem, onde nada acontece. Pois não é apenas a indolência que faz as relações humanas se repetirem de modo tão monótono e sem renovação de caso a caso, é a timidez diante de qualquer experiência nova, imprevista, para a qual não nos consideramos amadurecidos. 

Mas apenas quem está pronto para tudo, quem não exclui nada, nem mesmo o mais enigmático, viverá a relação com uma outra pessoa como algo vivo e irá até o fundo de sua própria existência.

Pois se pensamos a existência do indivíduo como um cômodo de dimensões maiores ou menores, revela-se que a maioria de nós só chega a conhecer um canto de seu quarto, um local perto da janela, uma faixa na qual se anda para lá e para cá. Contudo, é muito mais humana do que essa segurança aquela incerteza, cheia de perigos, que leva os prisioneiros dos contos de Poe a tatearem as formas de seus cárceres aterrorizantes e a não serem alheios aos horrores indizíveis de sua permanência ali.

E no entanto nós não somos prisioneiros. Não há armadilhas ou emboscadas armadas em torno de nós, nada que nos devesse angustiar ou perturbar. Estamos lançados na vida como no elemento ao qual correspondemos melhor, além disso nos tornamos, por meio de uma adaptação de milhares de naos, tão semelhantes a essa vida que, por um mimetismo afortunado, se nos mantivermos quietos, quase não nos diferenciaremos daquilo que nos cerca.

Não temos motivo algum para desconfiar de nosso mundo, pois ele não está contra nós. Caso possua terrores, são nossos terrores; caso surjam abismos, esses abismos pertencem a nós; caso existam perigos, então precisamos aprender a amá-los.

Se orientamos a nossa vida segundo aquele princípio que nos aconselha a nos aferrarmos sempre ao que é difícil, o que agora nos parece ser muito estranho se tornará o que há de mais familiar e confiável.

Como poderíamos esquecer aqueles antigos mitos que se encontram nos primórdios de todos os povos, os mitos sobre os dragões que, no último momento transformam-se em princesas, que só esperam nos ver um dia belos e corajosos. Talvez todo terror não passe, em última instância, do desamparo que requer nossa ajuda.

Assim, não é preciso se assustar, meu caro Kappus, quando uma tristeza se ergue à sua frente, tão grande como o senhor nunca viu; quando uma inquietação passa por sobre as suas mãos e perpassa todas as suas ações, como a luz as sombras das nuvens. É preciso pensar que acontece algo com o senho, que a vida não o esqueceu, que ela segura sua mão e não o deixará cair. Por que o senhor pretende excluir de sua vida qualquer inquietude, qualquer dor, qualquer melancolia, sem saber o que essas circunstâncias realizam?

Por que perseguir a si mesmo com estas perguntas: de onde pode vir tudo isso e para onde vai? No entanto, o senhor sabe que está em meio a transições e não desejaria nada mais do que se transformar.

Se algum dos seus procedimentos for doentio, considere que a doença é um meio com o qual o organismo se liberta de corpos estranhos; por isso é apenas preciso ajudá-lo a estar doente, a assumir e ter sua doença por completo, pois é esse o seu curso natural.

Agora acontece tanta coisa em seu íntimo, meu caro Kappus. É preciso ter paciência como um doente e ter confiança como um convalescente, pois talvez o senhor seja ambas as coisas. Mais ainda: o senhor também é o médico que tem de tratar de si mesmo.
Mas em toda doença há muitos dias em que o médico não pode fazer nada além de esperar. E isso, mais do que qualquer outra coisa, que o senhor, por ser seu próprio médico, precisa fazer agora.

Não se observe demais. Não tire conclusões demasiado apressadas daquilo que lhe acontece; deixe simplesmente as coisas acontecerem. Senão facilmente chegará considerar com censuras (morais) o seu passado, que naturalmente tem participação em tudo aquilo que o senhor se depara agora. 

Mas, dos erros, desejos e nostalgias de seu tempo de menino, o que atua agora em sua pessoa não é o que o senhor tem na memória e reprova. As relações extraordinárias de uma infância solitária e desamparada são tão difíceis, tão complicadas, submetidas a tantas influências, e ao mesmo tempo tão desligadas de todas as circunstâncias reais da vida, que quando surge um vício não se deve dar a ele sem mais o nome de vício. 

Em geral, é preciso ter muito cuidado com os nomes; muitas vezes é o nome de um crime que destrói uma vida, e não a própria ação, pessoal e inominada, que talvez fosse uma necessidade muito determinada dessa vida e pusesse ser acolhida sem esforço por ela.

O dispêndio de energia só lhe parece tão grande  porque o senhor superestima a vitória; não é ela a "grandiosa" realização que o senhor pretende ter conseguido, embora tenha razão com relação a seu modo de sentir; o grandioso é o fato de haver algo ali que o senhor pôde colocar no lugar daquele engano, algo de verdadeiro e real.

Sem isso, mesmo a sua vitória teria sido apenas uma reação moral, sem um significado amplo, mas dessa maneira ela se tornou uma parcela da sua vida. Da sua vida, caro senhor Kappus, na qual penso fazendo tantos votos. Lembra-se de como essa vida aspirava desde a infância pelos "grandes"? Vejo como ela agora parte dos grandes para aspirar pelos maiores. É por isso que ela nunca deixa de ser difícil, mas também é por isso que nunca deixará de crescer.

Se ainda posso acrescentar algo, é o seguinte: não acredite que quem procura consolá-lo vive sem esforço, em meio às palavras simples e tranquilas que ás vezes lhe fazem bem. A vida dele em muita labuta e muita tristeza e permanece muito atrás dessas coisas. Se fosse de outra maneira, nunca teria encontrado aquelas palavras.

Seu, 

Rainer Maria Rilke.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Um Retrato.


Esta pintura do século I encontrada na desenterrada Pompéia, na casa que pertenceu a Terêncio Neo, foi inicialmente erroneamente considerada o retrato de Paquio Próculo e da sua mulher. Pesquisas posteriores indicaram porém que na realidade, trata-se mesmo de Terêncio Neo e mulher, que de origem humilde, ascenderam socialmente a partir do seu interesse pelo conhecimento, e amor a literatura.

Como seriam Paquio Próculo e a mulher dele?

Isso jamais saberemos. 

Sabemos contudo, como eram Terêncio Neo e a sua mulher!

A bela pintura, que até parece uma fotografia, me revelou um Terêncio que até parece um conterrâneo nordestino do longínquo Brasil, exceto pelos olhos!

Longínquo Brasil, porque além da separação geográfica, mais de 2000 anos o antecedem dos seus semelhantes  físicos locais.

Emoldurei a reprodução dessa pintura, e a tenho na parede de casa, pois ela me causa uma forte impressão.

O texto a seguir, sobre este quadro, é de Phillipe Ariès e George Duby, historiadores franceses, autores de História da Vida Privada:

"Com eles o gelo logo se rompe: para conhecê-los basta fitá-los nos olhos; eles mesmos nos olham assim. Em todas as suas épocas a arte do retrato não comporta semelhante troca de olhares.
Esse homem e essa mulher não são objetos, pois nos vêem; porém nada fazem para nos provocar, seduzir, convencer ou entremostrar alguma interioridade que não mais ousaríamos julgar. Percebeu menos nossa presença do que se ofereceu tranquilamente aos olhos do mundo: nossa presença é natural, e eles mesmos se acham naturais; são o que nós somos, e os olhares se trocam com igualdade por um valor comum.

Durante muito tempo essa humanidade greco-romana foi clássica: natural, atemporal, ampla. O pai de família e sua esposa não fazem pose nem mímica; a roupa de ambos não ostenta sinais sociais nem símbolos políticos - a roupa não faz a pessoa; o cenário é vazio: diante desse fundo neutro, o indivíduo é ele mesmo e seria o mesmo em qualquer lugar. Verdade, universalidade, humanidade. A mulher concentrou a elegância no penteado e não usa jóias.

Hoje em dia acreditamos na arbitrariedade dos costumes, no tempo da história e na finitude. Para despertar-nos do sonho humanista em que eles estão mergulhados basta um primeiro argumento, ainda exterior: esse homem e essa mulher eram ricos o bastante para mandar pintar o seu retrato. Também são indivíduos apenas na aparência; seu retrato, que poderíamos tomar por uma foto instantânea, como que por acaso fixou-lhes a identidade na faixa dos quarenta anos, em que se acabou de crescer e ainda não se começou a envelhecer. Não são seres de carne e osso, captados num momento qualquer de sua vida, mas os tipos individualizados de uma sociedade que quer ser ao mesmo tempo natural e ideal. O instante coincide com uma verdade sem idade, e o individuo é uma essência.

O marido e a mulher detém os atributos menos contestáveis e mais pessoais de sua superioridade social; não a bolsa ou a espada, atributos da riqueza e do poder, mas um livro, tabuinhas de escrever e um estilete. Esse ideal de cultura é natural: o livro e o estilete visivelmente são para eles instrumentos familiares, que o casal não ostenta. Coisa bastante rara na arte antiga, que não aprecia os gestos familiares, o homem expectante apóia o queixo no livro (em forma de rolo), e a mulher pensativa leva o estilete aos lábios: procura um verso, pois a poesia também é uma arte das damas. Um Michelangelo há de gostar dos gestos "autísticos" (seu Moisés distraidamente acaricia a própria barba); revelam nele a sombra de uma dúvida ou de um sonho. Mas aqui ninguém sonha: eles meditam e estão seguros de si, pois o gesto autístico prova a intimidade da cultura; não há privilegiados, têm livros porque os apreciam. A sutileza e a naturalidade dessas belas mentiras constituem a grandeza do mundo greco-romano que vamos visitar. Burgueses ou senhores? Elegantes. Se a amizade e o luto tem os seus direitos, então tenho a permissão de dedicar as páginas seguintes à memória de Michel Foucault, um homem tão forte que com ele sentia-se o prazer que se experimenta junto a uma montanha. Perda de uma fonte de energia."

It is a strange courage
You give me, ancient star.
Shine alone in the sunrise
Toward which you lend no part.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Escrever é Livre Escrever...


"Se pensar é livre pensar, é só pensar..."(Millor Fernandes); escrever também é simples: "Escrever é livre escrever, é só escrever..."

...E mais simples ainda do que escrever, é sem dúvida transcrever! 

Que tal compartilhar algumas ideias de Jorge Wagensberg?

Em ambos os casos, quer quando escrevemos ou apenas transcrevemos, comunicamos! E segundo o próprio Wagensberger:

"A informação é a mudança do estado mental que um acontecimento proporciona depois de ocorrer."

Quem é Jorge Wagensberg?

É um Espanhol nascido em 1948, professor da universidade de Barcelona, onde dirige um grupo de pesquisa na área da biofísica. Desde 1981 é  Professor de teoria dos processos irreversíveis. Foi também o idealizador e fundador do museu de ciência de Barcelona. 

Diz J.W. :

(...E as duas primeiras citações, parecem apropriadas para o primeiro dia de um Ano Novo.)

"A mente se nutre de mudanças." 

"Um plano é necessário ainda que seja apenas para ser alterado." 


E prosseguindo:

"Quanto mais adaptação, menos adaptabilidade."

"O velho dilema sobre o que nasceu antes, o ovo ou a galinha, faz tempo que tem solução: foi o ovo, embora, claro, não fosse de galinha."

"Viver envelhece."
(No tocante a obviedade, a frase é do gênero daquela outra atribuída à Cabala do Dinheiro: "Fui rico fui pobre. Rico é melhor.")

"Existem tantas divisões cognitivas no mundo, quanto mentes."
(Essa nos lembra uma outra citação segundo à qual, "As faces diferem menos do que as mentes.")

"Observar é recriar o olhar."

"Fundamentalismo dar-se quando a margem de interpretação tende a zero."

"O crente está mais interessado no que já sabe, do que não sabe."

O idealista está mais interessado no que não sabe, do que no que já sabe."

"A abolição da escravidão nunca foi um sonho de crentes, mas sim um esboço de idealistas."

"Tudo o que começa acaba ou se transforma." 

"É fácil ver uma árvore caída, difícil é vê-la cair."

"Adivinhar o futuro é a segunda profissão mais antiga da História."
(Todos nós sentimos vontade de adivinhar ainda que um pouco! Ainda bem que as vezes erramos...)

"A esperança de todo ser vivo é continuar vivo."


E para concluir, repasso-lhe um pensamento para qualquer dia do ano:

"Cripsis é o efeito de ver sem ser visto - Persiana."

Aposematismo é o efeito de ser visto sem ver nada - Refletores."

"Para comer e não ser comida, uma pessoa pode lançar mão tanto da cripsis - a arte de desaparecer -, como também do aposematismo - a arte de se destacar."

(Uma ideia que se coaduna com os nossos instintos de preservação: "A esperança de todo ser vivo é continuar vivo.")

Tenham todos um Feliz 2013!


O Sexto Sentido.

Uma Volta ao Mundo, Dançando!