Como Nos Novos Tempos.
Ontem visitei alguém que pelo que eu sei, é a mais longeva da minha família.
Ela completará no próximo dia 28 de agosto, 100 anos e 5 meses.
Ao nos receber, fui logo perguntando:
- Como vai você?
E ela respondeu alegre, e com firmeza:
- Viva.
Até pouco tempo não era incomum encontrá-la em lugares públicos, passeando ao lado da filha.
Ainda hoje aceita convites para festividades, as quais costuma comparecer animadamente.
Por isso chamou minha atenção a notícia sobre a bisavó Galeza de 102 anos (clicar no título acima), e resolví postá-la.
Sobre o assunto, você também poderá visitar o site: http://www.betterhealthandliving.com/articles/secrets_of_the_worlds_oldest_people/ .
De qualquer forma, os longevos que conheço, não fizeram questão da longevidade. Não são abstêmios de comer carne como eu sou, nem se exercitam regularmente como faço. O que tenho em comum com eles, é achar que só vale a pena viver muito, se for para viver com qualidade - sob todos os aspectos.
O aumento da nossa expectativa de vida já se tornou notório, e não é mais um privilégio apenas dos que vivem nas longíncuas regiões isoladas de países orientais.
E não faz tanto tempo que em romances tais como os de Somerset Maugham, eram comuns as referências a um velho de 40 anos!
Faz sete anos que viajei à cidade de Fortaleza, localizada na ensolarada região nordeste do Brasil, onde almocei na casa de uma tia, cujo aniversário de 90 anos será logo mais em outubro. Naquela ocasião, aos 83 anos, lembro de quando ela comentou, alegremente:
- Só tem uma coisa que peço sempre a Deus: Não deixe nunca eu ficar velha.
Pois bem, passaram-se 7 anos, e ela ainda não ficou.
Por tudo isso é que fico pensando, o quanto hoje já não causaria espanto, ouvir as coisas que eu inventava, sobre os idosos da minha própria casa.
Faz uns 20 ou 25 anos, que quando alguém ao telefone me perguntava pela nossa querida Maria, então acima dos 90 anos, eu dizia:
- No momento ela subiu no coqueiro para tirar uns côcos.
Ou ainda,
- Saiu na minha moto, mas não deve demorar a voltar.
Hoje eu me pergunto: Que espanto isso causaria nos dias de hoje?
Esse é o tipo da brincadeira que já ficou sem graça!
Afinal, por que não?
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