Estava claro mas a luz era difusa,
não fazia frio nem calor!
Soprava uma brisa respeitosa,
e o silêncio era alegre e acolhedor.
Fastaram para os lados curiosos,
os animais alí presentes,
quando entrou José com a mulher parturiente.
As galinhas olharam de lado,
os carneiros um para o outro,
um cachorro balançou o rabo,
o galo cocoricou contente.
Foi tudo tão rápido quanto eloqüente.
A luz se fez de repente.
O amor feito gente acabara de chegar.
Em vez de ficar contente o pai se fez reverente,
e a mãe se pôs a chorar!
"Quanta dor e sofrimento vamos ter que enfrentar!
Uma criança dessas vai querer o mundo mudar.
Já agora o perseguem, o Rei o mandou matar.
Tentará ensinar as coisas para as pessoas do lugar.
Gente de toda parte vai curiosa lhe escutar,
mas entenderá diferente cada coisa que ele falar.
Paciente vai repetir, e até parábolas inventar.
Um professsor ele vai ser, ai que dor isso me dá.
Mas como a missão é divina, até isso ele vai suportar.
Tentará ensinar com exemplos, e alguém vai ter de captar.
Mas a face, que é no rosto! O outro lado ter que dar?!!!
Essa sim, vai ser difícil desse povo aceitar!
Não sabemos isso tudo como é que vai terminar.
...e se o "Poder Constituído" a ele errado interpretar?
Eita menino levado que a gente vai ter de criar!
Sei lá quantas agruras vamos ter de suportar...
E se ainda depois de tudo, uma religião quiserem inventar?
E muitas coisas que ele disse, resolverem ajeitar?
E o AMOR? Onde será que vai ficar?
Vai ver que será preciso ele voltar de novo outro dia!
Recomeçar do começo, outra vez tudo explicar... Ufahhh!
Desde já vou logo dizendo, se é para isso acontecer,
que passar por isso de novo, nem eu nem Maria vai
querer !
De outra vez, filhinho querido,
arranje outros pais pra você".
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