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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Tá Quente, ou Tá Frio?




Negar um pensamento estabelecido, contrariando ideias já arraigadas, tem lá uma característica desestabilizadora. O perigo de contrariar interêsses já manifestou-se por vezes na história da humanidade. Que o digam Copérnico e Galileo.


Em se tratando de meio ambiente, estabelecido está que o homem é mesmo o grande responsável pelo "aquecimento global".


Cientistas de renome corroboram para a aceitação dessa quase evidência, quando apontam para o derretimento das geleiras, o aumento da temperatura dos mares, e o crescimento médio da temperatura ao longo dos últimos anos no planeta, ao mesmo tempo que poluímos mais.


Realizou-se em Copenhage a COP 15, e o assunto ganhou espaço na mídia de todo o mundo, que cobra providências imediatas para "salvar o globo". 


Os ambientalistas engalfinham-se com a polícia, radicalizam os seus protestos e dão a noção de urgência da sua visão sobre o problema.


É quando surge um tranqüilo senhor que com serenidade e firmesa, diz com base em 30 anos de experiência na área da metereologia:
"Não há "aquecimento global". Há "resfriamento global".


Dr Luis Carlos Molion, carioca há quinze anos morando em Maceió, representante do Serviço de Metereologia de Alagoas. Phd em metereologia pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.


Eu recomendo você conhecer a sua entrevista no Canal Livre da Band, apresentado no domingo 10 de janeiro de 2010, às 23h 30.  Para tal, visite "Os fatos e mitos da mudança climática" em: http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp


Perguntado se estariam errados os que em Copenhage defenderam posição oposta a sua, o Dr Molion respondeu com muita propriedade, que não houve discussões científicas em Copenhage. O que lá aconteceu, foram países culpando uns aos outros por eventuais responsabilidades nas mudanças climáticas, e exigindo reparações.


Sobre o aumento médio da temperatura no globo, argumentou: termômetros na sibéria, considerados na coleta de dados para obtenção da média, desde a queda da chamada "cortina de ferro", deixaram de ser considerados. Em conseqüência observaram-se a partir de então valores médios de temperatura maiores, sem que isso representasse aumento real das temperaturas do globo.


E quanto ao derretimento das geleiras? Afinal essas todos nós já vimos na TV! Pois na opinião do Dr Molion, elas não ocorrem na Antártica. Ocorrem apenas no Polo Ártico, e essa não é a primeira vez. Ocorreram também em 1921, quando várias expedições se deslocaram até lá, para presenciarem.


Trata-se de um fenômeno que resulta da elevação da temperatura do mar no hemisfério sul da ordem de 14 graus acima do habitual, por razões desconhecidas. Esse aumento na temperatura, cria uma corrente marinha se deslocando para o polo norte. No Polo Norte,  um aumento da temperatura de apenas cerca de meio grau Centígrado nas suas águas, temina por derreter o gelo na parte inferior dos icebergs. O efeito para os observadores que contemplam a ponta dos icebergs, que representam apenas um terço do total, é que eles estão derretendo devido a um aumento da temperatura ambiente. Na realidade, o que está derretendo é o gelo da sua parte inferior, devido a um aumento de temperatura da água!


Segundo o Dr Molion, o homem não tem controle sobre a temperatura da terra. A influência sobre essa temperatura, é proveniente do Sol e dos mares. Estes abrangem como sabemos, cerca de dois terços da superfície terrestre.


O globo já viveu período glacial, seguido de aquecimento, sem que nem sequer o homem estivesse presente.


A propósito, o Dr Molion lembrou em sua entrevista, que de 1946 até 1976, falava-se insistentemente, em "esfriamento global"! Eu e talvez você, talvez também lembre disso. Infelizmente, que a partir de então, o globo esperimentou de fato um ligeiro aquecimento, que voltou a reverter, quando atualmente constata-se um esfriamento das águas do Oceano Pacífico.


A expectativa é de que o atual período de esfriamento, demore uns vinte anos. Essa antevisão, baseia-se em séries históricas, cujos registros foram feitos ao longo de décadas.


Após externar as suas constatações, o Dr Molion fez ao encerrar a sua entrevista, duas afirmações que considerei oportunas:


A primeira, foi a de que do ponto de vista pessoal, ele era a favor de "aquecimentos globais", porque esses não costumam trazer malefícios à humanidade, ao contrário do que ocorre por ocasião de "resfriamentos globais". Infelizmente porém, o momento aponta em direção ao indesejado resfriamento.


A segunda afirmação, foi a de que embora o CO2 que despejamos na atmosfera não seja responsável pelo "aquecimento global", nem tampouco o metano expelido pelos ruminantes, cujo gás é 25 vezes mais forte que o CO2, devemos continuar com os nossos cuidados ambientais. 


Naturalmente para que possamos preservar a nossa qualidade de vida e não por acreditar que assim estaremos influenciando o nosso clima.


A idéia de "esfriamento global" portanto, me parece estimulante para um grande debate sobre a questão ambiental.

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