Apenas mais um Blog.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Quem Viver Só Um Pouco Mais, Verá!


Que tal uma coleção de vídeos na internet, abordando didaticamente as mais diversas disciplinas educacionais, tais como matemática (da aritmética ao Cálculo), Física, Química, Biologia, etc...?

Isso é o que a Khan Academy, uma organização sem fins lucrativos já está proporcionando gratuitamente para os interessados de todo o mundo.

Não tenho dúvidas quanto ao extraordinário salto educacional que a expansão da Banda Larga aliada a esses recursos, vão proporcionar.

A divulgação da existência de programas como este, já pode começar a beneficiar mais alguns milhões de pessoas.

O vídeo no qual o autor da ideia, Salman Khan, comenta sobre o projeto (para ver o vídeo clicar no título acima), demonstra o seu alcance.

O novo sistema de ensino deverá ser adotado pelo sistema educacional americano.

Até o momento, 30 milhões de aulas já encontram-se disponíveis (inteiramente gratuitas) na internet (www.khanacademy.org), em 2000 videos além dos videos tutoriais.

Vale a pena conhecer (e divulgar), e assim antever a imensa mudança que já começa a ocorrer na pedagogia educacional. 

Uma verdadeira revolução na área educacional, a partir da democratização do acesso à educação.

Certamente, quando achamos que algo é difícil senão impossível de resolver, como elevar o nível educacional de todo um país a médio prazo, é porque só vislumbramos o modo tradicional de fazê-lo.

Que tal quando em todos os rincões do país, o acesso a essa fonte maravilhosa de conhecimentos estiver accessível?

Quem viver só um pouco mais, verá!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Disputas Olímpicas.



Segundo o Globo Online, de 2000 até 2007, 623 políticos brasileiros foram cassados por denúncias de corrupção.

Fiquei curioso de saber o ranking dos dez primeiros partidos nessa olimpíada de medalhas inglórias.

Pois bem, o partido que lidera o ranking é o Democratas (DEM) antigo PFL, com 69 cassados.

Aproveitando que estamos em época de Panamericano, pensei que seria ilustrativo fazer uma comparação com a classificação atual dos países participantes.

Nesse caso, os Estados Unidos - grande potência olímpica, encontra no DEM o seu correspondente de classificação, nessa outra olimpíada, a do descalabro.

O Brasil, brilhante segundo colocado, tem como par, o PMDB, cujo número de cassados foi de 66. Apenas três a menos que o DEM. Bom! É verdade que o PMDB  "comparece" com uma maior delegação.

Em terceiro lugar, por ironia, vem o PSDB fazendo correspondência com Cuba. O partido teve 58 políticos cassados, em uma pretensa equiparação com os medalhistas da valorosa Cuba. Nada mal, se considerarmos o tamanho da sua delegação, em relação a do PMDB.

Quem aparece em seguida, fazendo parte desse cobiçado G4?

O PP ocupa a honrosa quarta colocação, com 26 cassados. É como tivessem cassado toda a seleção de futebol do Brasil, os reservas, mais o seu técnico, o assistente e o preparador físico.  O PP é o Canadá dos partidos.

E fora do G4?

Em quinto está o PTB, com 24 cassados, é o mexicano dos partidos.

Em sexto o PDT, com 23 cassados, apenas uma comissão técnica a menos que o PP, tendo como país irmão, a Colômbia.

Esses dois, achei que um dia poderão ir para o G4. A questão é: Em lugar de quem?

Em sétimo está o PR com 17 cassados, e equivalente nessa olimpíada da corrupção, ao papel da Argentina no Panamericano. Convenhamos, a Argentina não foi muito bem!

Em oitavo lugar, está o PPS. Descubro aqui outra ironia, pois o PPS de Roberto Freire, encontra paridade classificatória com a Venezuela de Hugo Chaves.

Mas há quem fique curioso em saber. Quem finalmente está na zona de rebaixamento?

Em penúltimo lugar, rivalizando na corrupção com o potencial olímpico da República Dominicana, está o PT, que teve dez (10) políticos cassados. 

E na lanterninha, o Guatemala dos partidos, com apenas um (1) dos seus membros cassado, o PV. 

Que tal para a presidenta Dilma, e consequentemente para nós brasileiros, trocar a sua base de apoio pela oposição?

Acabaria com essa necessidade de ficar trocando seus ministros?

Teria assim quadros mais confiáveis para dali escolher seus auxiliares?

Que tal apelarmos para os números?

Pegue os partidos da base do governo desse ranking, e some o número de cassados de cada um. Eu considerei que o PR saiu da base do governo, e tive problemas em como fazer, com o PMDB.

Sim. O PMDB está com o governo, mas também não está! Uma espécie de Coreia (dividida entre a do norte e a do sul), sendo que a Coreia não pode estar no Pan, e o PMDB sim. O PMDB sempre foi meio que "uma frente", por princípios. Assim, dividi-o ao meio, e não sei se assim fiz justiça, na hora de somar os cassados. Isso porém terminaria não influindo consideravelmente o resultado.

Finalmente, compare a soma acima, com o resultado do número de cassados dos partidos que hoje fazem oposição ao governo. 

O resultado foi o seguinte:

Partidos da oposição ao governo: 174 corruptos cassados.

Partidos da base aliada: 134 corruptos cassados.

Portanto estamos MUITO longe de termos o joio separado do trigo.

Melhor estudar a frio essa realidade, e privilegiar a razão em lugar das emoções

Quem sabe assim, como diria Mário Quintana, "...Farás das opiniões acaloradas, teu mais amável e sutil recreio."

terça-feira, 26 de julho de 2011

Onde As Crianças do Mundo Dormem.




27/05/2011

Onde as crianças do mundo dormem


James Mollison viajou ao redor do mundo e decidiu criar uma sério de fotografias mostrando os quartos infantis que foi enfim compilada em um livro, intitulado Onde as Crianças Dormem. Cada par de fotografias é acompanhada por uma legenda estendida que conta a história da criança. As diferenças entre cada espaço do sono é impressionante.


Mollison nasceu no Quênia em 1973 e cresceu na Inglaterra. Depois de estudar arte e design na Universidade de Oxford Brookes, e cinema e fotografia em Newport School of Art and Design, ele se mudou para a Itália para trabalhar no laboratório criativo da fábrica da Benetton.

O projeto tornou-se uma referência de pensamento crítico sobre a pobreza e a riqueza, sobre a relação das crianças com as suas posses -ou a falta delas-. O fotógrafo espera que seu trabalho ajude outras crianças a pensar sobre a desigualdade no mundo, para que, talvez, no futuro eles pensem como agir para diminuir esta diferença.


Lamine, 12 anos, vive no Senegal. As camas são básicas, apoiadas por alguns tijolos. Aos seis anos, todas as manhãs, os meninos começam a trabalhar na fazenda-escola onde aprendem a escavação, a colheita do milho e lavrar os campos com burros. Na parte da tarde, eles estudam o Alcorão. Em seu tempo livre, Lamine gosta de jogar futebol com seus amigos.


Tzvika, nove anos, vive em um bloco de apartamentos em Beitar Illit, um assentamento israelense na Cisjordânia. É um condomínio fechado de 36.000 Haredi. Televisões e jornais são proibidos de assentamento. A família média tem nove filhos, mas Tzvika tem apenas uma irmã e dois irmãos, com quem divide seu quarto. Ele é levado de carro para a escola onde o esporte é banido do currículo. Tzvika vai à biblioteca todos os dias e gosta de ler as escrituras sagradas. Ele também gosta de brincar com jogos religiosos em seu computador. Ele quer se tornar um rabino, e sua comida favorita é bife e batatas fritas.


Jamie, nove anos, vive com seus pais e irmão gêmeo e sua irmã em um apartamento na quinta Avenida em Nova Iorque. Jamie frequenta uma escola de prestígio e é um bom aluno. Em seu tempo livre, ele faz aulas de judô e natação. Quando crescer, quer se tornar um advogado como seu pai.


Indira, sete anos, vive com seus pais, irmão e irmã, perto de Kathmandu, no Nepal. Sua casa tem apenas um quarto, com uma cama e um colchão. Na hora de dormir, as crianças compartilham o colchão no chão. Indira trabalha na pedreira de granito local desde os três anos. A família é muito pobre para que todos tenham que trabalhar. Há 150 crianças que trabalham na pedreira. Indira trabalha seis horas por dia além de ajudar a mãe nos afazeres domésticos. Ela também freqüenta a escola, a 30 minutos a pé. Sua comida preferida é macarrão. Ela gostaria de ser bailarina quando crescer.


Kaya, quatro anos, mora com os pais em um pequeno apartamento em Tóquio, Japão. Seu quarto é forrado do chão ao teto com roupas e bonecas. A mãe de Kaya faz todos os seus vestidos e gostos -Kaya tem 30 vestidos e casacos, 30 pares de sapatos, perucas e um sem contar de brinquedos. Quando vai à escola fica chateada por ter que usar uniforme escolar. Suas comidas favoritas são a carne, batata, morango e pêssego. Ela quer ser cartunista quando crescer.



Douha, 10, mora com os pais e 11 irmãos em um campo de refugiados palestinos em Hebron, na Cisjordânia. Ela divide um quarto com outras cinco irmãs. Douha freqüenta uma escola, a 10 minutos a pé, e quer ser pediatra. Seu irmão, Mohammed, matou 23 civis em um ataque suicida contra os israelenses em 1996. Posteriormente, os militares israelenses destruíram a casa da família. Douha tem um cartaz de Maomé em sua parede.


Jasmine (Jazzy), quatro anos, vive em uma grande casa no Kentucky, EUA, com seus pais e três irmãos. Sua casa é na zona rural, rodeada por campos agrícolas. Seu quarto é cheio de coroas e faixas que ela ganhou em concursos de beleza. A garota já participou de mais de 100 competições. Seu tempo livre é todo ocupado com os ensaios. Jazzy gostaria de ser uma estrela do rock quando crescer.


A casa para este garoto e sua família é um colchão em um campo nos arredores de Roma, Itália. A família veio da Romênia de ônibus, depois de pedir dinheiro para pagar as passagens. Quando chegaram em Roma, acamparam em terras particulares, mas foram expulsos pela polícia. Eles não têm documentos de identidade, de forma que não conseguem um trabalho legal. Os pais do garoto limpam pára-brisas de carros nos semáforos. Ninguém de sua família foi um dia para a escola.


Dong, nove anos, vive na província de Yunnan, no sudoeste da China, com seus pais, irmã e avó. Ele divide um quarto com a irmã e os pais. A família tem uma propriedade que permite cultivar quantidade suficiente de seu próprio arroz e cana de açúcar. A escola de Dong fica a 20 minutos a pé. Ele gosta de escrever e cantar. Na maioria das noites, ele passa uma hora fazendo o seu dever de casa e uma hora assistindo televisão. Dong gostaria de ser policial.


Roathy, oito anos, vive nos arredores de Phnom Penh, Camboja. Sua casa fica em um depósito de lixo enorme. O colchão de Roathy é feito de pneus velhos. Cinco mil pessoas vivem e trabalham ali. Desde os seis anos, todas as manhãs, Roathy e centenas de outras crianças recebem um banho em um centro de caridade local, antes de começar a trabalhar, lutando por latas e garrafas de plástico, que são vendidos para uma empresa de reciclagem. Um pequeno lanche é muitas vezes a única refeição do dia.


Thais, 11, mora com os pais e a irmã no terceiro andar de um bloco de apartamentos no Rio de Janeiro, Brasil. Ela divide um quarto com a irmã. Vivem nas vizinhanças da Cidade de Deus, que costumava ser conhecida por sua rivalidade de gangues e uso de drogas. Thais é fã de Felipe Dylon, um cantor pop, e tem pôsteres dele em sua parede. Ela gostaria de ser modelo.


Nantio, 15, é membro da tribo Rendille no norte do Quênia. Ela tem dois irmãos e duas irmãs. Sua casa é uma pequena barraca feita de plástico. Há um fogo no centro, em torno do qual a família dorme. As tarefas de Nantio incluem cuidar de caprinos, cortar lenha e carregar água. Ela foi até a escola da aldeia por alguns anos, mas decidiu não continuar. Nantio está esperando o seu moran (guerreiro) para casar. Ela só tem um namorado no momento, mas não é incomum para uma mulher Rendille ter vários namorados antes do casamento.


Joey, 11, mora em Kentucky, EUA, com seus pais e irmã mais velha. Ele acompanha regularmente o seu pai em caçadas. Ele é dono de duas espingardas e uma besta, e fez sua primeira vítima -um cervo- quando tinha sete anos. Ele está esperando para usar sua besta durante a temporada de caça seguinte. Ele ama a vida ao ar livre e espera poder continuar a caçar na idade adulta. Sua família sempre come carne de caça. Joey não concorda que um animal deve ser morto só por esporte. Quando não está caçando, Joey freqüenta a escola e gosta de ver televisão com o seu lagarto de estimação, Lily.

Enviado por Railda Martinsmestre em educação, militante do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, psicóloga do Núcleo de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde da SMS de Goiânia, em 09 de abril de 2011.

sábado, 11 de junho de 2011

Sobre o Asilo a Battisti.


"Os que criticaram, sem conhecer os fatos, o ex-ministro Tarso Genro e Lula, por terem dado asilo político ao italiano Cesare Battisti, deviam ler um livro imperdível: Poteri forti (Fortes poderes, o escândalo do banco Ambrosiano) do arcebispo Marcinkus, que fugiu para os Estados Unidos, asilou-se e nunca saiu de lá."

Estas são palavras do comentarista político Sebastião Nery, que li na sua coluna do Diário de Pernambuco de hoje, ao comentar sobre o asilo político concedido pelo governo do presidente Lula, ao ativista e escritor Italiano.

Ele prossegue dizendo:

"A operação mãos limpas não teria havido se um punhado de bravos jovens, valentes e alucinados, das Brigadas Vermelhas e dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), não tivesse enfrentado o Estado Mafioso, naquela época totalmente dominado pela máfia.
O governo, desmoralizado, usava a máfia para eliminá-los. Eles reagiam, houve mortos de lado a lado e prisões dos principais líderes intelectuais, como o filósofo De Negri (hoje professor em Paris) e o escritor Cesare Battisti, depois asilado na França, e agora no Brasil pelo STF.
Eu morava lá e vi tudo, escrevi muito. Quando cheguei a Roma em 1990, como adido cultural, a luta ainda continuava, sangrenta, devastadora. Foram eles, os jovens rebeldes da década de 1970 e 1980, que começaram a salvar a Itália. Se não tivessem levantado de armas na mão, a aliança Democracia Cristã, Partido Socialista, Liberais e máfia estaria lá até hoje."

Infelizmente a parte desacreditada da nossa mídia, bastante ampla, em lugar de aprofundar o debate sobre questões públicas relevantes e, informar a população sobre a realidade dos fatos deixando que a partir da consciência assim formada ela tenha sua opinião, adota estratégia oposta.

Aposta na falta de senso crítico do cidadão, para convencê-lo das suas próprias posições.

Naturalmente que estão enganados quanto a manutenção da capacidade de manipular a sociedade, porque vivemos a era da comunicação, na qual os meios tradicionais de informação perderam a sua exclusividade, e consequentemente estão perdendo a sua força. 

Convenhamos, foi o Cesare Batista terrorista? Como repetidamente a ele se refere a mídia?
Sim! Ele foi.

Mas, pergunto:

Não foi também terrorista o ex-primeiro ministro Israelense e prêmio Nobel da Paz Menachem Begin? 
Ele na década de 40, foi o responsável pelo atentado a bomba do hotel King David em Jerusalém - morreram 91.

Também quando li a autobiografia do ex-presidente egípcio Muhammad Anwar al-Sadat, lembro dele ter ali confessado a sua participação no atentado que matou o então ministro da economia do Egito, considerado por nacionalistas rebeldes como ele, a serviço dos dominadores Ingleses. Também ao ex-presidente Egípcio   Anwar al-Sadat, viria a ser concedido o prêmio Nobel da Paz.

Em palestra que fez para estudantes americanos em universidade dos Estados Unidos, o escritor Uruguaio Eduardo Galeano os lembrou que até recentemente, outro  prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela, estava proibido de entrar naquele país, por figurar na lista de terroristas. Só muito recentemente foi "reabilitado".

Talvez por isso o Sebastião Nery acrescenta o seguinte comentário ao seu longo texto:

"Por que a Itália não devolveu Caciolla, o batedor de carteira do Banco Central, quando o Brasil pediu? As salomés de lá e de cá queriam entregar à máfia a cabeça de Battisti, que não conheço, nunca vi e nunca li.
Mas, por acompanhar de perto as lutas do último meio século da Itália, posso assegurar que a diferença entre Battisti e Dilma é que Dilma chegou ao poder e Battisti só chegou às livrarias. A luta política que os dois fizeram era a mesma. As organizações  a que pertenceram tinham os mesmos objetivos. O que os diferencia é que Dilma nunca participou de ação armada e Battisti sim. Se tivessem surgido as mesmas situações que Battisti enfrentou, as armas de Dilma não eram para matar passarinho."

E concluindo, seria interessante acrescentar o que também afirma Sebastião Nery em seu longo texto, sobre o atual primeiro ministro Italiano, Berlusconi: 

"Berlusconi é o feto podre que restou e um dia será extirpado. O ex-presidente da França, Jacques Chirac, corrupto com atestado público, a pedido de Berlusconi retirou o asilo político de Battisti e o Brasil lhe deu. Tarso Genro e Lula estavam certos. O problema foi e continua sendo político.
O primeiro - ministro fascista Berlusconi e o desfrutável presidente, o ex-comunista Giorgio Napolitano, esconderam-se quando o juiz Falcone foi assassinado e o procurador Pietro comandou a Operação Mãos Limpas. Agora ameaçam levar o Brasil à Corte Internacional de Haia. Uns pândegos."

Pândegos... Pândegos?  Tudo bem P â n d e g o s!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Hoje Não Choveu em Raincife, Mas alagou!


Conheço alguém com poder de síntese, que comentou: "Recife passou a semana no lava a jato". 

O caos seco dos dias "normais" já tem sido enlouquecedores.

O que dizer dizer dos dias de caos molhados?

O vídeo acima sugere a adequação dos transportes coletivos, à nossa realidade.


Lo que está sucediendo?

Recife não é uma cidade projetada. Está abaixo do nível do mar. As galerias para escoamento das águas estão em larga escala, entupidas. O piso das ruas, geralmente de asfalto, não resistem às chuvas, e esburacam. Obras viárias estruturais há vinte anos previstas, nunca saíram do papel. Muitos semáforos sob essas condições costumam parar de funcionar. Tudo isso consegue ser ainda mais agravado, quando coincide com o período de maré alta.

Fortes chuvas coincidindo com a maré alta, foi o que aconteceu faz poucos dias.

Hoje porém, não caiu um único pingo de chuva, e não foi dia de maré alta. Tivemos ainda assim, um longo dia de caos aquático!

As barragens do interior  do estado, responsáveis pela contenção das águas que de outro modo provocariam inundações no Recife, estavam cheias.

A estiagem criou o momento propício para uma abertura programada das suas comportas, destinada a formar volume de espera para as chuvas que estão por vir.

Recife é cortado por dois rios, o Capibaribe e o Beberibe, que como é sabido, unem-se para formar o oceano Atlântico.

O aumento de volume das águas do Capibaribe, terminou por causar o transbordamento de alguns canais da cidade, e imensos transtôrnos no trânsito.

A cobertura pela mídia local da situação nas regiões ribeirinhas, a lembrança de parte da população das grandes cheias das  décadas de 60 e 70, e o pronunciamento tardio ainda que tranquilizador do Governo do estado, tornou a cidade mais nervosa de que uma bolsa de valores.

Um Shopping da zona norte da cidade foi obrigado a fechar, repartições liberaram seus funcionários a partir  das 15 ou 16 h, e cinemas cancelaram a exibição de filmes. 

Viveram todos um dia por demais estressante, e improdutivo.

E o período das chuvas está apenas começando!


Em termos de perspectivas eleitorais atuais:

Obama matou Bin Laden. 
Nosso prefeito o ressuscitou.


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Desconsagração.


A insônia levou-me, na madrugada de ontem, a presenciar algo que achei insólito.


Não bastasse o fato de que comparações são sempre odiosas, não consegui ver nenhum bom sentimento por trás de tanta sinceridade.


A atriz Suzy Rêgo no início de uma entrevista, ouviu o seguinte comentário do seu entrevistador: 


- Suzy, por acaso já te disseram que você às vezes  parece com a nossa presidenta Dilma?


Sua reação:


- (Risos)... Ahhhhh! Isso é uma desconsagração.


Penso que isso não é o que se deva dizer com alguém, não importando quem seja.


Não soou grosseiro?


Como resultado de suas observações sobre a vida neste mundo, Frank Zappa, guitarrista, compositor, produtor de gravação e diretor de cinema, certa vez comentou:


"Alguns cientistas acreditam que o hidrogênio, por ser tão abundante, é o elemento básico do universo. Eu questiono este pensamento. Existe mais estupidez do que hidrogênio. Estupidez é o elemento básico do universo."


Embora guardando a devida proporção, a grosseria também é uma estupidez.  

quarta-feira, 30 de março de 2011

ZÉ ALENCAR, A DIGNIDADE VENCEU O PRECONCEITO.


Bandeira a meio mastro na Esplanada dos Ministérios em Brasilia.


Em junho de 2002, quando o preconceito contra o candidato Lula e o ódio a seu partido, o PT, eram inoculados dioturnamente na opinião pública pelas trombetas da orquestra midiático-tucana, um empresário rico, bem-sucedido, aceitou transformar-se em antídoto ao veneno difamatório. 

Tornou-se vice na chapa do operário metalúrgico. Filho de Muriaé,  (MG), dono do maior complexo têxtil do país, a Coteminas, o então senador José Alencar, o Zé, como Lula passou a chamá-lo carinhosamente, sabia muito bem o que estava fazendo. 

A voz grave e pausada de quem conhece o manejo criterioso da pontuação oral  tornou-se aos poucos portadora de mensagens que muitos de seus pares, majoritariamente engajados então na candidatura de José Serra, estremeciam só de ouvir. 

Em parte, a esquerda petista também se surpreendeu; aos poucos, trocaria o preconceito pelo respeito afetuoso. "Nacionalismo não é xenofobia, é interesse pelo próprio  país", disparava em entrevista ao site da campanha "Lula Presidente", em julho de 2002. 

Podemos abdicar de nossas fronteiras econômicas?, questionava na mesma ocasião indagando sobre  a ALCA, agenda prestigiosa então, majoritariamente defendida pelo conservadorismo pró-Serra. 

"Mas e as fronteiras políticas?" argüia mineiramente "Vamos ter um só Presidente da República no mundo globalizado? Será que ele vai defender nossos interesses? Uma só moeda? Quem vai controlá-la? Uma só política monetária? Sabemos que não é assim", respondia então com o mesmo sorriso maroto que arrematava as interrogações provocativas. 

"Se não é assim continuamos a existir como país. Não podemos abdicar de nossas fronteiras e obrigações políticas". 

Por essas e por outras, Lula, na passagem para o segundo turno em outubro de 2002, num debate com delegações estrangeiras, brincou: " Às vezes eu preciso lembrar o Zé que é para ele ficar a minha direita, não a minha esquerda". José Alencar faleceu nesta 3º feira, em SP, aos 79 anos. 

(Carta Maior; 4º feira, 30/03/2011)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Pernambuco Hoje.

Estaleiro Atlântico Sul em Suape.


Ao visitar o fértil vale do Cariri do Ceará durante o carnaval, me chamou atenção o desenvolvimento daquela região, e em particular, o do município de Juazeiro do Norte. 

Ao longo dos 5 km iniciais da estrada duplicada de 11 km que interliga esta cidade a cidade do Crato, há agora, em ambas as margens, imensos estabelecimentos comerciais. 

Agências de automóveis da Honda, Nissan, Mitsubishi, Toyota, Volkswagen (mais de uma) e Chevrolet, além de agências de motos de diferentes fabricantes, agências de tratores, lojas de móveis e um imenso "Atacadão" - pertencente ao grupo Carrefour.

O faturamento deste estabelecimento Atacadão, ultrapassou os R$ 3 500 000,00 por dia, tornando-o o segundo em vendas no país, atrás apenas de São Paulo.

Fiquei surpreso em saber que existe no Juazeiro, 300 fábricas de sapatos, sendo que 100 delas possuem estrutura de média para cima.

O fenômeno se afigura de fato nacional, e aponta na direção de que o país de fato vive um momento promissor no tocante ao seu desenvolvimento econômico.

Resolvi então postar algo sobre o que acontece em termos de desenvolvimento econômico aqui em Pernambuco.


Foi quando tomei conhecimento da matéria abaixo do jornalista da Folha de São Paulo Agnaldo Brito, que enviado pelo seu Jornal a SUAPE, em Pernambuco, relatou sobre o atual desenvolvimento econômico deste estado.

Ele revela o que está acontecendo na região nordeste como um todo, o que poderá possibilitar a longo prazo, numa considerável redução das desigualdades com as regiões mais ricas do país, pois o desenvolvimento do nordeste já está em curso e portanto já se tornou uma realidade.

Matéria da FOLHA DE SAO PAULO.
Por Agnaldo Brito
Enviado especial a SUAPE (PE)
Pernambuco vive sua revolução industrial.


O helicóptero decola do heliporto do Centro Administrativo de Suape. A 200 metros do chão, é possível ter a dimensão da revolução econômica que a injeção de R$ 46 bilhões em investimentos públicos e privados previstos até 2014 está promovendo em Pernambuco, a nova locomotiva do Nordeste.

Não é o único canto do Estado que avança ligeiro e que tem mudado não só a vida dos 8,7 milhões de pernambucanos, mas sobretudo permitido a volta dos retirantes que um dia caíram no mundo atrás de uma vida melhor.

No interior, duas obras gigantes (a transposição do rio São Francisco e a construção da Ferrovia Transnordestina) ajudam a desenhar uma nova paisagem na vida do morador do agreste e do sertão.

LITORAL

No litoral, onde pode-se observar a síntese da nova dinâmica econômica, o complexo industrial-portuário de Suape, erguido a 40 quilômetros ao sul do Recife, brota a velocidade impressionante.

"Cento e vinte empresas já estão instaladas, outras 30 estão em construção e mais 20 irão surgir até 2014", enumera Frederico Amâncio, vice-presidente de Suape. 

Do alto é possível avistar obras em todos os cantos dos 13,5 mil hectares do complexo.
Justo ali, onde há 380 anos invasores holandeses que acharam de tomar uma fatia do Brasil colônia indicaram como ponto mais propício à criação de um porto.

E foi nessa região, após romperem pequena porção da parede dos arrecifes que protege o litoral do Atlântico, que os holandeses criaram uma passagem para que os barcos de açúcar alcançassem os navios em alto-mar.

A visão dos invasores ganhou forma quase quatro séculos depois. Investimentos de mais de US$ 3 bilhões nos últimos dez anos criaram a infraestrutura básica para o atual ciclo de expansão do porto de Suape, e converteram a região no principal polo de atração de negócios do Nordeste brasileiro.

A APOSTA PRIVADA.

Agora, o PIB pernambucano demonstra vigor e o combustível é Suape. Em 2010, o PIB estadual foi de R$ 87 bilhões _expansão de 15,78% num só ano. Os velhos engenhos de cana e as usinas de açúcar e álcool pouco a pouco deixam de ser predominantes na matriz econômica de Pernambuco.

A aposta do poder público em Suape ao longo de 40 anos desde o plano original de 1960 começou a seduzir o capital privado. O complexo industrial-portuário, um modelo inédito no Brasil, está fazendo surgir um novo Estado industrial no país.

"Não tínhamos indústria de petróleo e gás, nem indústria naval ou automobilística. Agora há uma nova perspectiva para o Estado", diz Geraldo Júlio, presidente de Suape e secretário de Desenvolvimento Econômico.

ACIMA DO NORDESTE.

A forte expansão econômica elevou a renda per capita do Estado a quase R$ 10 mil, acima da média do Nordeste, de R$ 7.488, mas ainda inferior à renda nacional, de R$ 15.990.

A criminalidade caiu 25% em quatro anos, mas ainda é de 40 homicídios por 100 mil habitantes, quatro vezes mais que no Estado de São Paulo, e superior à média nacional, de 24,5 por 100 mil.




Investimento público cresce 2,5 vezes em 4 anos.

Os investimentos públicos do Estado de Pernambuco cresceram 2,5 vezes nos últimos quatro anos.

A expansão do gasto público, com forte apoio do governo federal, é parte da explicação do impressionante crescimento pernambucano.

No quadriênio de 2003 a 2006, o governo local investiu em média R$ 680 milhões em obras de infraestrutura. No período de 2007 a 2010, o governo estadual conseguiu elevar esses aportes à média de R$ 1,7 bilhão de investimentos ao ano.

Só no ano passado, o Estado autorizou gastos de R$ 2,7 bilhões.

Pernambuco tem recorrido a financiamentos para sustentar essa expansão, mas afirma que isso não tem elevado o nível de endividamento. A explicação está na elevação das receitas correntes.

"A redução de custeio e o aumento da arrecadação de ICMS fizeram o endividamento do Estado cair de 82% para 63% da receita corrente líquida", diz Geraldo Júlio, secretário de Desenvolvimento de Pernambuco.

Hoje, a receita total de Pernambuco é de R$ 14 bilhões, impulsionada pela arrecadação de ICMS que cresceu 18,2% em 2010.

EFEITO POLÍTICO.

Essa gestão tem dado resultado eleitorais. A força do governador Eduardo Campos (PSB) pôde ser medida na eleição do ano passado. Campos foi reeleito em primeiro turno com uma votação inédita no país: 82,8% dos votos válidos, um recorde.

Setor privado forma polos industriais.


A expansão industrial de Pernambuco deve entrar agora na segunda fase: a atração de fornecedores dos projetos-âncoras.



Um dos maiores empreendimentos no Estado, o EAS (Estaleiro Atlântico Sul) negocia a instalação, em Suape, de fornecedores de equipamentos para a montagem de navios-plataforma e navios-sonda usados na perfuração de campos de petróleo.

"Alguns grandes fornecedores internacionais já vieram aqui para observar se o polo naval oferece escala de produção.

Acho que, em breve, vamos ver alguns desses fornecedores chegando", diz José Roberto de Moraes, diretor de operações da empresa.

O EAS, associação entre a Queiroz Galvão, a Camargo Corrêa, a PJMR e a sul-coreana Samsung, conseguiu uma carteira que vale hoje US$ 8,1 bilhões.

São 22 navios-petroleiros, sete navios-sonda e o casco da P-55 (plataforma que irá operar no campo de Roncador, na bacia de Campos, no Rio), um pacote todo atrelado aos pedidos de uma só empresa, a Petrobras.

Para o EAS, atrair fornecedores para ampliar o polo naval de Suape pode ajudar o próprio estaleiro a melhorar a performance de construção das embarcações. O plano do estaleiro é reduzir o tempo em que um casco de navio permanece no dique seco.

Hoje, eles demoram até seis meses na instalação. O plano é reduzir o tempo para dois meses. Para isso, o estaleiro terá de montar navios a partir de megablocos. O primeiro petroleiro, o João Cândido (em fase de acabamento), foi montado a partir da junção de 240 blocos.

O Zumbi dos Palmares, atualmente em montagem, será construído a partir de 150 blocos. O terceiro, ainda não batizado, será feito com 30 blocos gigantes, cada um montado fora do dique. A meta do estaleiro é montar um petroleiro unindo apenas 22 partes.

DE VENTO EM POPA.

Se as perspectivas para atração de fornecedores do estaleiro são boas, as chances de a Impsa (Indústrias Metalúrgicas Pescarmona) criar o primeiro grande cluster em Suape são maiores ainda. A companhia argentina entrou no negócio de energia eólica há cinco anos. A atividade já responde por 60% das receitas.

O sucesso nos leilões de energia eólica no Brasil garantiu à companhia uma carteira de pedidos de R$ 3 bilhões em aerogeradores.

"A empresa está instalada em Suape há dois anos e já negocia a vinda de pelo menos dois produtores de torres para os aerogeradores e duas empresas de pás (as hélices do gerador)", diz o gerente comercial da empresa, Paulo Ferreira.

Distante cerca de três quilômetros da Impsa, a Petrobras monta uma mega refinaria que terá capacidade de processar 250 mil barris de petróleo por dia. Ao lado da refinaria também é construída uma petroquímica.

A estatal não quis falar sobre o projeto, mas a expectativa em Pernambuco é que a produção de matérias-primas petroquímicas viabilize um polo têxtil na região, com indústrias para fabricação da fibra, do tecido e, quem sabe, confecções.

Outra promessa é a formação de um novo polo automotivo no Nordeste, com a instalação da Fiat até 2014, segundo previsão da própria montadora.

A unidade terá capacidade para 200 mil veículos e a previsão é a de que, por isso, constitua um novo parque de autopeças.


'Pagamos até passagem aérea para candidato a vaga'.


Preencher vagas anda mais e mais difícil para as empresas instaladas no Complexo Industrial-Portuário de Suape. Uma guerra entre as empresas corre solta na região. A busca por profissionais é tamanha que há empresa oferecendo até passagem aérea só para trazer um candidato a vaga.

"Não há mais cordialidade entre os departamentos de recursos humanos. Estamos vivendo uma guerra por profissionais. Pagamos até passagem aérea para trazer um candidato a vaga para uma entrevista", diz Clóvis Gomes, 44, gerente de RH da Impsa.

A empresa busca 178 funcionários para a fábrica de turbinas hidrelétricas, uma nova unidade que será construída em Suape para montar as turbinas da usina Belo Monte, no rio Xingu (PA).

A Impsa não é a única empresa com problemas. O EAS (Estaleiro Atlântico Sul) precisa contratar 1.200 pessoas até junho.

Essa oferta abundante de vagas reduziu o desemprego na RMR (Região Metropolitana do Recife) nos últimos anos.

O nível de desemprego medido pelo IBGE caiu de 14,3% em dezembro de 2006 para 8,1% em dezembro do ano passado.

O ritmo da geração de novas vagas acelerou-se em 2010, ano em que só a construção civil cresceu 25%.

CARTEIRA ASSINADA.

Apenas em 2010, o Estado de Pernambuco criou 113 mil empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Entre esses empregos está o de Camila Ribeiro, 31. Formada em filosofia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), ela é uma das três mulheres que ingressaram na área operacional do Terminal de Contêineres em Suape.
Ela pilota um equipamento de US$ 1,6 milhão.

José Maria de França, 38. Sem emprego, França foi trabalhar em Manaus. O novo ciclo econômico da terra natal o fez retornar para o Recife. Técnico mecânico, ele trabalha na unidade de produção de aerogeradores em Suape. A fábrica da argentina Impsa conquistou o mercado de energia eólico e é o hoje o principal fornecedor desse tipo de equipamento no país. 

"Nada como voltar para casa e principalmente trabalhar na minha profissão", conta 
Izaque José dos Santos, 33. Sertanejo de Gameleira (PE) --cidade distante 100 quilômetros do Recife--, Santos começou a cortar cana aos sete anos. Na entressafra, limpava pés de coco. A chegada do Estaleiro Atlântico Sul mudou sua vida. Como ajudante da área de suprimento de materiais, Santos passou a dirigir um caminhão, virou encarregado e hoje é supervisor de logística do almoxarifado do maior estaleiro do Brasil.



Eduardo Calheiros, 33. Formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco, Calheiros viveu em São Paulo de 2002 a 2008. Especializou-se em engenharia aeronáutica durante o tempo em que trabalhou na Embraer. O surgimento de um novo parque industrial em Suape o levou de volta a Pernambuco. Agora, Calheiros não projeta partes de aviões, mas partes de um novo aerogerador desenvolvido no país.

Mário Azevedo, 41. Natural de Garanhuns, interior de Pernambuco, Azevedo foi longe antes de voltar. Ele viveu nove anos no Japão, onde se especializou em solda de navios. Quando soube da criação do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, previu o retorno com a família. "A saudade era grande demais", diz. Conseguiu trabalhar em seu ofício na sua terra natal.

Daniela Leão, 36 anos. Há quatro anos no terminal de contêineres, a recifense Daniela é mais um exemplo de que o ambiente portuário está deixando de ser um espaço exclusivo para homens. Formada em administração de empresas e com especialização em logística, Daniela cuida da divisão comercial do terminal. É ela a responsável por negociar os contratos com os grandes clientes.

Ezequiel Francisco Xavier, 29. Ajudante de cozinha do refeitório do canteiro de obras da Refinaria Abreu e Lima, Xavier foi durante anos um jovem homem do mangue, um catador de caranguejo. Extrovertido com seus pares, gosta de contar histórias do cotidiano do Engenho Massangana, localidade onde viveu o então infanto Joaquim Nabuco. A maior diversão é catar caranguejo para aperitivar uma boa cachaça. Há quatro meses ganhou o primeiro registro na carteira profissional.

Parece ficção! Não?
No entanto essa é a nossa nova realidade!


O Sexto Sentido.

Uma Volta ao Mundo, Dançando!